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Resumo Diário de Política 23/10/2019: O Senado aprovou em 2º turno o texto-base da reforma da Previdência

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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O Senado aprovou em 2º turno o texto-base da reforma da Previdência por 60 votos a 19 (http://bit.ly/2P70rKa, http://bit.ly/33V26GN e https://glo.bo/35Y8KxS). A votação, porém, foi encerrada em meio aos destaques. O que causava mais receio na equipe econômica do governo Bolsonaro era um do PT que tratava sobre regras para trabalhadores em situação de periculosidade, cujo impacto foi estimado pelo Ministério da Economia em R$ 23,2 bilhões (http://bit.ly/2oTvKNX). Foi justamente esse destaque que travou a sessão de ontem e fez com que Davi Alcolumbre adiasse o fim da votação para hoje (23).

Vamos aos fatos: a sessão de ontem foi interrompida após uma questão de ordem feita pelo líder do MDB, Eduardo Braga, questionando se já haveria ou não um dispositivo na Constituição que tratasse sobre o tema da emenda do PT. Só que, segundo integrantes do Senado, Braga já saberia a resposta: sim, há um dispositivo, mas essa regra não é cumprida, o que causa judicialização em alguns casos. Enquanto isso, senadores se manifestavam –nos microfones e fora deles– a favor do destaque do PT, e, portanto, para mudar o texto. O governo sentia que poderia ser derrotado. Braga deu, então, uma mostra de força e “ajudou” o governo. Graças a esse questionamento, Davi Alcolumbre ganhou um motivo para cancelar a votação em curso e adiá-la para hoje.

A sessão de hoje será retomada a partir das 9h com o destaque do PT e um da Rede (com impacto fiscal de R$ 53 bilhões, segundo a equipe econômica). Antes disso, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, se reúne com o senador Paulo Paim, autor da emenda destacada pelo PT. O governo concorda com a proposta de Paim de elaborar um projeto de lei complementar que regulamente esses casos, mas insiste em manter na PEC o dispostivo que o petista tenta retirar.

Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro desistiu do cargo de embaixador do Brasil em Washington, depois de dias negando esse destino. Em pronunciamento na Câmara (assista aqui à íntegra: http://bit.ly/2ByPf0P _O que chama a atenção no vídeo publicado pelo deputado é o título “Eduardo Bolsonaro fica no Brasil”, ao melhor estilo “Dia do Fico”_), Eduardo disse que “fica no Brasil para defender os princípios conservadores, para fazer do tsunami que foi a eleição de 2018 uma onda permanente” (http://bit.ly/31Cdrds). No fim da noite de segunda (início da manhã no Japão), seu pai, Jair Bolsonaro, havia dito que seria mais estratégico que ele ficasse no Brasil do que que fosse a Washington (http://bit.ly/2BBu5PK).

A crise no PSL se arrefeceu, mas ainda rende reportagens na imprensa. Ontem, Bolsonaro disse que a ala do presidente do partido, Luciano Bivar, atropela o restante e que essas disputas públicas precisam ter um fim (http://bit.ly/2MEUa6M). Também ontem, *houve uma nova guerra de listas* (https://glo.bo/31HzyyR), mas Eduardo Bolsonaro foi mantido na liderança do partido.

Curtas: Câmara aprova acordo de uso comercial da base de Alcântara (http://bit.ly/32AvZMi). Centrais sindicais de petroleiros anunciam greve a partir de sábado (http://bit.ly/2ByOyoh). Presidente em exercício, o general Mourão disse que governo avaliará se decretar estado de emergência ambiental por causa do vazamento de óleo que afeta o litoral nordestino (http://bit.ly/31E3rjV). Haddad diz que como cidadão gostaria de ver Lula candidato novamente (http://bit.ly/2N47HDP);

Internacional: Presidente do Chile pede perdão e anuncia agenda de reformas, entre elas previdenciária, de saúde, do salário mínimo e de regras de energia (http://bit.ly/2o8X2PQ). Partido de Justin Trudeau perde assentos no Canadá e primeiro-ministro deve se aliar à esquerda (http://bit.ly/2BCvYeR). Polícia encontra 39 corpos em caminhão no Reino Unido (https://glo.bo/2Jg3POY).

Bastidores de Brasília

O PDT busca se aproximar do DEM cada vez mais. Na semana passada, Ciro Gomes fez um elogio direto ao DEM em entrevista (http://bit.ly/33MyRpF), atribuindo ao partido um papel “muito importante de obrigar Bolsonaro a atuar dentro do regime democrático”. O gesto é mais um elemento dessa tentativa. Na próxima quarta (30), há a expectativa de uma nova reunião dos partidos.

Eles já se reuniram há algumas semanas e discutiram alianças em Salvador e Rio de Janeiro. Outras cidades estão no radar. Na próxima semana, a ideia é reunir Rodrigo Maia, Carlos Lupi, Ciro Gomes e ACM Neto. O PDT quer ter o DEM ao seu lado para a candidatura de Ciro em 2022.

Hoje é o 296º dia do governo Jair Bolsonaro.
A reforma da Previdência está há 76 dias no Senado.
Faltam 348 dias para as eleições municipais.
Faltam 378 dias para as eleições nos EUA.

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