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Resumo Diário de Política 09/05/2019

Leitura crítica das principais notícias do dia sobre política, com resultados de apurações em Brasília e pesquisas do time de Análise Política, antes da abertura do mercado.

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Mais um dia de poucas notícias e o destaque é a participação Paulo Guedes na comissão especial da previdência. O ministro adotou tom técnico e defendeu o projeto de reforma da previdência por mais de oito horas na comissão especial da Câmara. Dessa vez, teve ajuda dos governistas, mas repetiu embate acalorado com a oposição, como visto na CCJ (http://bit.ly/2VNUy8x, https://glo.bo/2VTQ3cv e http://bit.ly/2VZJzJi). Com a negociação praticamente acertada em pontos com BPC e aposentadoria rural, a oposição mirou as críticas no sistema de capitalização, que pode passar a ter contribuição patronal (http://bit.ly/2VSlxzI). O ministro da Economia volta hoje ao Congresso para falar na Comissão Mista de Orçamento (CMO) sobre a regra de ouro.

Políticos de centro pedem mais que os dois ministérios que Bolsonaro decidiu recriar para entregar aos aliados. O governo lembra que além dos ministérios, oferece emendas extraorçamentárias aos parlamentares que ajudarem a aprovar a reforma. Seriam R$ 20 milhões aos líderes e R$ 10 milhões aos parlamentares (http://bit.ly/2VSnQmm e http://bit.ly/2VTpp3l). A grita é natural, mas o problema de como dividir poder é menor que o problema anterior, que era a quase inexistência de articulação política. Após ataques de Olavo de Carvalho, Santos Cruz retoma o contato com parlamentares em busca de votos para previdência (http://bit.ly/2VRiNCF)

Reunião de governadores com Bolsonaro, o presidente da Câmara e do Senado e líderes partidários não rendeu muita coisa. Os executivos dos estados trouxeram uma lista de prioridades, que foi rechaçada. O governo só entrega alívio financeiro para os estados após a aprovação da previdência (http://bit.ly/2VROWd7). A julgar pelo histórico das ações de governadores na relação com Brasília, o governo está certo. 

Curtas: TRF2 revoga os habeas curpus de Michel Temer e Coronel Lima. A expectativa é que o ex-presidente se apresente hoje à justiça (https://glo.bo/2VTQ3Jx); decreto que libera porte de armas abrange mais categorias do que havia sido acordado com o Congresso, que questiona a decisão de Bolsonaro (http://bit.ly/2VUtGnc; https://glo.bo/2VLqM4j; https://glo.bo/2VRickp). É um afago na base eleitoral às custas de uma quebra de acordo com o Congresso.

Bastidores de Brasília

Líderes do Centrão continuam desconfiados da estratégia do governo de desmembrar ministérios e afirmar, nos bastidores, que está disposto a cedê-los a políticos. Os parlamentares estão receosos de ficarem com a pecha de “velha política” que dobrou o presidente Bolsonaro.

A partir de uma visão pragmática, acham que seria melhor que o Planalto concedesse indicações técnicas em secretarias, evitando desgaste, mas com resultado semelhante em distribuição de recursos.

No MDB da Câmara, há resistências à possibilidade do senador Fernando Bezerra assumir um cargo. Usam como argumento o fato de seu filho, o ex-ministro Fernando Coelho Filho, ser deputado pelo DEM. Sua possível indicação, porém, poderia agradar a caciques antigos do MDB.

A agenda deste 9 de maio

A comissão especial da reforma da Previdência realiza audiência pública com dois economistas favoráveis à PEC –Paulo Taffner e Pedro Fernando Nery– e dois contrários –Eduardo Fagnani e Eduardo Moreira. Na Câmara, às 9h30.

As comissões das medidas provisórias 870 (reforma administrativa) e 871 (combate a fraudes no INSS) retomam os trabalhos às 9h e 10h, respectivamente, e podem votar relatórios. A chance, porém, é pequena devido ao baixo quórum que deve ser registrado no Congresso.

O presidente Jair Bolsonaro recebe, às 15h, os ministros Paulo Guedes (Economia), Marcos Montes (substituto da Agricultura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e André Luiz de Almeida (AGU), junto do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD) e do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Depois, às 16h30, se reúne com o seu vice, general Hamilton Mourão. No fim da tarde, às 17h30, recebe o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e mais autoridades.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, almoça no quartel general do Exército, às 12h. Depois, recebe o empresário Luciano Hang, dono da Havan, às 15h30. Em seguida, às 16h, recebe o ex-governador Paulo Hartung e o facilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, André Guimarães.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, recebe o senador Wellington Fagundes (PR) e o presidente do grupo Multiterminais, Richard Klein, às 11h. Em seguida, recebe o chefe de gabinete da presidência Petrobras, Roberto Ardengue, às 13h.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, toma café da manhã com o ministro da Secretaria de Governo, Santos Cruz, e deputados, às 9h. Às 11h, Guedes vai à Câmara para audiência na Comissão Mista de Orçamento. Pela tarde, às 15h, reúne-se com o presidente Bolsonaro e governadores do Nordeste.

  • Hoje é o 129º dia do governo de Jair Bolsonaro.
  • Faz 78 dias que Jair Bolsonaro entregou projeto da previdência à Câmara.
  • A Câmara teve três sessões que contam como prazo para comissão especial da previdência.
  • Placar Valor/Atlas – Favor (100); Apoio parcial (112); Indefinidos (157); Contra (144).
  • Placar Estadão – Favor (72); Apoio parcial (123); Indefinidos (201); Contra (117).

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