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Eleições EUA 2020: Especial Geórgia

O segundo turno da eleições para senador de Geórgia devem definir que partido controla o Senado dos EUA. No texto abaixo, explicamos por que a definição é importante para os mercados e quem está na liderança.

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Das 35 vagas no Senado que estavam em disputa na eleição geral dos Estados Unidos, 33 foram definidas e duas foram para segundo turno, ambas na Geórgia. No momento, os republicanos têm 50 vagas asseguradas para a próxima legislatura e democratas 48. Ou seja, a definição de qual partido deve manter controle da Casa depende do segundo turno entre Kelly Loeffler (R) e Raphael Warnock (D) e David Perdue (R) e Jon Ossoff (D), que será oficialmente realizado no dia 5 de janeiro, apesar de eleitores já estarem votando antecipadamente. 

Vale lembrar que nos EUA o vice-presidente tem poder de minerva, ou seja, no caso de empates, é ele quem define votações. Portanto, se os democratas obtiverem as duas vagas em disputa na Geórgia, Kamala Harris poderia resolver votações a favor dos democratas, o que seria considerado uma maioria técnica. Porém, se os republicanos vencerem uma ou duas das disputas no estado, consolidariam sua maioria no Senado. 

Lições das eleições presidenciais

A Geórgia é um estado tradicionalmente conservador que não votava por um candidato democrata à presidência desde 1992, porém, escolheu Joe Biden como seu candidato em 2020, passando a ser considerado um swing state mais uma vez. Ressaltamos que a diferença entre Biden e Trump foi de apenas 12.670 votos, ou 0.2%, o que indica uma clara divisão do eleitorado.

Vale salientar também, que, em linha geral, Joe Biden teve desempenho marginalmente melhor que os candidatos democratas a senador. Segundo pesquisa do Public Opinion Strategy, 9% do eleitorado americano votou por um candidato a presidente e um ou mais candidatos a senador ou deputado de outro partido.

Qual o melhor cenário para mercados? 

Um Congresso dividido, lembrando que democratas tem maioria na Câmara, dificultaria o andamento de pautas mais arrojadas do Executivo. Em vista disso, mercados tendem a se favorecer com uma vitória republicana no Senado.

De todo modo, ressaltamos que mesmo na hipótese de uma maioria democrata, o governo Biden deve enfrentar dificuldades para aprovar propostas mais polêmicas, diante do fato de uma parcela relevante de senadores, mesmo sendo democratas, figurarem como representantes de estados onde eleitores conservadores têm maior peso. Esse cenário torna mais provável o voto contrário a propostas de certos temas, como regulações ambientais e revisão de impostos.

O que dizem as pesquisas? 

As pesquisas apontam para um cenário apertado, com leve vantagem democrata. Vale lembrar, no entanto, de que democratas precisam vencer as duas disputas para obter a maioria técnica, e republicanos já conseguiriam maioria com uma vitória. Portanto, o cenário permanece favorável para o partido de Donald Trump. 

 *Eleição especial sendo realizada após aposentadoria do senador Johny Isakson. O vencedor da disputa ocupará a vaga até o fim do mandato de Isakson, em janeiro de 2023.

Na semana antes da eleição, o agregador das pesquisas do estado do Real Clear Politics (RCP) apontava a uma vantagem de 1 p.p. para Donald Trump, enquanto o agregador Five Thirty Eight (538) dava vantagem de 1,4 p.p. para Joe Biden. Lembramos que Biden venceu por 0.2%, ou seja, as pesquisas finais do estado tiveram erro de cerca de 1 p.p. A divergência se deve às diferentes metodologias das pesquisas: enquanto o RCP faz uma média simples, o 538 procura corrigir a média pelo viés dos institutos.

No lado das pesquisas do Senado, a média das pesquisa do RCP mostrava vantagem de 0,7 p.p. para o candidato democrata, Jon Osoff, mas o resultado foi favorável para David Purdue por 1.8 p.p.. Não havia médias para a eleição especial porque havia mais de um candidato republicano na disputa.

Considerando a relevância das disputas na Geórgia para a composição final do Senado, tanto o partido democrata quanto o republicano têm investido tempo e recursos para obter doações para seus candidatos. Segundo as plataformas de arrecadação ActBlue e WinRed, afiliadas ao partido democrata e ao partido republicano, respectivamente, os candidatos arrecadaram USD 167 milhões desde a eleição geral (3 de novembro).

Vale destacar, no entanto, que a informação acima não inclui recursos contribuídos por grandes doadores ou organizações privadas. Esse dados ainda não foram publicados, mas, por razões legais, os candidatos devem divulgar quanto arrecadaram no dia 24 de dezembro. Segundo o Los Angeles Times, uma vez que esses dados forem computados, os republicanos devem ser os mais beneficiados. O jornal destaca que Perdue gastou USD 118 milhões em anúncios, contra USD 76 milhões de Ossoff, e Loeffler gastou USD 126 milhões contra USD 81 milhões de Warnock.

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