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Uber deve desinvestir na Didi – 🌎RADAR GLOBAL

Vendas de ativos do Uber, perspectivas para ADRs chinesas e projeções da Lowe's

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,6% e Europa +1,2%) enquanto investidores digerem a decisão do Federal Reserve sobre dobrar o ritmo do tapering e a sinalização de 3 aumentos da taxa de juros americana em 2022. Na Europa, o foco vai para as reuniões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra que poderão também sinalizar uma postura mais hawkish (contracionista), em linha com a do Fed. Na China (+0,6%) o mercado encerra em alta, puxado pelas empresas altamente endividadas do setor imobiliário, em meio a expectativas de que o acesso ao crédito poderá ser facilitado no país, com uma possível redução na taxa dos empréstimos pela primeira vez desde abril de 2020. Por fim, o ouro (+0,5%) amanhece em campo positivo com a desvalorização do dólar americano frente a outras moedas de países desenvolvidos.

Coranavírus: Anthony Fauci, conselheiro médico chefe da casa branca, afirmou que doses adicionais das vacinas existentes no momento funcionam contra a nova variante Ômicron e não necessitam de nenhum ajuste ou modificação específica para combater a nova cepa. Segundo o médico, 3 doses da vacina da Pfizer aumentam em 75% a proteção contra casos sintomáticos de COVID-19 causados pela nova variante. Em contrapartida, pessoas não vacinadas possuem uma chance 8x maior de serem hospitalizadas e são 14x mais suscetíveis ao óbito.

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EMPRESAS

Uber planeja vender Didi: O Uber (U1BE34) anunciou nesta terça-feira que pretende vender ativos não estratégicos, incluindo sua participação na Didi Global. O CEO da empresa descreveu o mercado chinês como difícil e com pouca transparência. A companhia saiu da China em 2016, após perder mais US$ 1 billhão devido à guerra de preços com a Didi, vendendo suas operações no país para a empresa chinesa em troca de 12,8% da companhia.  

O Uber tinha cerca de US$ 13,1 bilhões em investimentos em outras empresas no final do semestre, sendo US$ 4,1 bilhões na Didi. Sua participação na companhia chinesa gerou um prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões nos resultados do 3º trimestre. Os investidores ficaram preocupados com a Uber mantendo esses investimentos, o que poderia indicar ao mercado que as participações em outras empresas são mais atraentes que colocar capital em suas operações próprias. Portanto, o anúncio da pretensão de venda foi visto com bons olhos e as ações da Uber subiram +4,3% após as declarações do CEO na última terça feira. 

Falando em ações chinesas: Responsável por gerir mais de US$ 260 bilhões em seus fundos de investimento, o TCW Group trouxe pespectivas pessimistas para ações offshore chinesas. Para seu estrategista, "as empresas chinesas listadas em Wall Street provavelmente serão excluídas dos mercados de capitais dos Estados Unidos nos próximos 3 anos, à medida que as tensões entre Pequim e Washington persistem", dado o atual nível de desconfiança entre os governos dos EUA e da China, e com o relacionamento bilateral improvável de melhorar tão cedo. Caso isso aconteça, a maioria das empresas chinesas listadas nas bolsas dos Estados Unidos retornariam para as bolsas de Hong Kong, Xangai ou Shenzhen.

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos finalizou neste mês as regras para implementar uma lei que permitiria ao regulador do mercado proibir as empresas estrangeiras listadas no país de negociar ações se seus auditores não cumprirem os pedidos de informações dos reguladores americanos. Vale lembrar que menos de seis meses depois de abrir o capital, a gigante chinesa Didi disse que vai começar a sair da Bolsa de Valores de Nova Iorque e planeja listar as ações em Hong Kong. Além da Didi, muitas das principais empresas de internet da China listadas nos Estados Unidos já realizaram listagens duplas em Hong Kong. Alguns nomes de destaque incluem Alibaba (BABA34), JD.com (JDCO34), Baidu (BIDU34), NetEase (NETE34) e Weibo (W1BO34).

Reformas em casa devem reduzir em 2022: A Lowe’s (LOWC34), concorrente da Home Depot (HOME34), e uma das principais lojas americanas de material de construção e reformas, desapontou os investidores com as suas perspectivas de faturamento para o ano que vem. A companhia afirmou que o período pandêmico estimulou a demanda por produtos em 2021 e 2022 devido ao aumento do volume de reformas e projetos de decorações na modalidade "faça você mesmo", uma vez que os consumidores passaram mais tempo em suas casas. Em contrapartida, com o final da pandemia, esta tendência deverá desacelerar. O diretor Dave Denton reconheceu que a Lowe's deverá passar por uma “retração modesta em 2022” quando comparado a um ano de alta demanda e vendas alimentadas também por estímulos governamentais.

De acordo com as projeções da empresa as vendas podem cair até -3% em 2022 em comparação ao ano fiscal de 2021. As vendas devem variar entre US$ 94 bilhões e US$ 97 bilhões para o ano seguinte, ficando abaixo das estimativas dos analistas de US$ 97,6 bilhões, de acordo com a Refinitiv. A empresa espera lucrar entre US$ 12,25 e US$13,00 por ação em 2022, já os analistas esperavam que a Lowe’s lucrasse US$ 12,93/ação.

  

  

ANÁLISE

Fonte: J.P. Morgan

Vendas de veículos elétricos disparam em 2021: O gráfico acima, do J.P. Morgan, mostra um crescimento significativo na demanda global de veículos elétricos (EVs), com números acumulados das vendas do ano de 2021 (janeiro-outubro) sugerindo um crescimento anual de +150%, isso mostra que a eletrificação tem sido uma megatendência na indústria automobilística, com forte atividade de regulamentos e incentivos que aceleram a demanda por veículos mais limpos. Enquanto a União Europeia está mostrando ganhos robustos nas vendas de EV impulsionados por regulamentações, a China tem exibido um crescimento muito mais forte neste ano impulsionado pelo surgimento e crescimento de novas marcas e modelos, liderados especialmente pela Tesla (TSLA34) e SAIC.

A China também será um dos grandes fornecedores impulsionados pela forte demand. O Goldman Sachs projeta +45% de crescimento em 2022 e +50% CAGR (crescimento anualizado) entre 2020-2025, além disso nesse mesmo período deve ocorrer uma grande transição de fósseis para EVs impulsionada por: 1) redução contínua de custos (bateria) por meio da melhoria da densidade de energia, escala e rendimentos de produção crescentes e 2) crescimento rápido de compradores individuais e conteúdo / funcionalidade atraente do Smart EV.

   

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