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Tesla dobra aposta na China – 🌎RADAR GLOBAL

Alibaba desaponta, produção da Tesla na China e aposta da Meta

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MACRO

Mercados globais amanhecem mistos (EUA -0,8% e Europa +1,8%) enquanto investidores ainda avaliam riscos e consequências do avanço das tropas russas no território ucraniano. Nesta quinta-feira, líderes ocidentais anunciaram novas sanções sobre bancos do país e novas restrições sobre companhias e indivíduos russos. Na China, o índice de Hang Seng (-0,6%) encerra em campo negativo, acompanhando a volatilidade global e, também devido a temporada de resultados. O Alibaba reportou o seu menor crescimento de receitas desde 2014. Por fim, commodities também amanhecem mistas: ouro (-0,8%) e o petróleo (+0,3%).

Coronavírus: A Moderna (M1RN34) afirma que a pandemia do Covid-19 está mudando para uma fase endêmica em partes do mundo, registrando regiões com alguma estabilidade. Em todo o mundo, os casos caíram 21% e o número de novas fatalidades caiu 8% em relação a semana anterior, segundo a Organização Mundial da Saúde.

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EMPRESAS

Ações do Alibaba caem após relatar crescimento de receita mais lento de todos os tempos: O Alibaba (BABA34) reportou seus resultados nessa última quinta-feira com uma receita de ¥ 242,6bi vs. ¥ 246,4 projetados pelo mercado; o LPA (lucro por ação) foi de ¥ 16,87 vs. ¥ 16,18, levemente acima do esperado pelos analistas. O crescimento de 10% da receita é a taxa de crescimento trimestral mais lenta da empresa desde sua listagem nos Estados Unidos em 2014. A empresa vem enfrentando ventos contrários macroeconômicos na China, que pesaram nos negócios da gigante do comércio eletrônico. As vendas no varejo chinês permaneceram lentas no quarto trimestre do ano, com um crescimento de +6,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, além da concorrência acirrada no espaço de e-commerce da China.

Em seu negócio de comércio na China, a receita proveniente do CRM, recursos que a empresa obtém de serviços como marketing que vende para comerciantes em suas plataformas de e-commerce Taobao e Tmall chegou a ¥ 100,0bi, uma queda de -1% em relação ao ano anterior. Durante o trimestre de dezembro, a China teve seu festival anual de compras do Dia dos Solteiros. A receita de computação em nuvem para o trimestre de dezembro foi de ¥ 19,5bi, um aumento de +20% em relação ao ano anterior, porém mais lento que o crescimento de +33% visto no trimestre de setembro. Dois fatores vêm pesando sobre os resultados dos negócios na nuvem. A ByteDance, proprietária do TikTok, continuou a retirar suas operações no exterior dos produtos de nuvem do Alibaba, enquanto a repressão regulatória da China em setores como jogos e educação, também pesam nos resultados. Olhando para o futuro, em novembro, a gigante chinesa afirmou que o crescimento da receita para o ano fiscal de 2022 seria de +20% a +23%, em comparação com os +27% que os analistas projetavam. O valor da empresa, que chegou a US$ 860 bilhões em seu pico, já caiu para US$ 291 bilhões, uma queda de -66%.

Expansão da Tesla (TSLA34) na China: A Tesla (TSLA34) tem o objetivo de expandir sua fábrica em Xangai em março, com seu plano de mais que dobrar sua produção no país. À medida que a demanda por automóveis cresce no país e em outros mercados, a companhia pretende desenvolver uma fábrica com capacidade de produzir até 2 milhões de carros por ano, sendo o principal centro de distribuição da montadora. Dentro de seus planos, com a execução bem sucedida da construção e a disponibilidade de peças necessárias, a companhia pretende gerar cerca de 1 milhão de veículos ainda em 2022, ultrapassando os mais de 400 mil produzidos em todo o ano de 2021.

A montadora de carros elétricos afirmou que sua receita na China alcançou o total de US$ 13,8 bilhões em 2021, mais que dobrando em relação ao ano anterior. Em adição, a Tesla também busca ampliar a produção de peças em Xangai, demandando mais trabalhadores locais para suprir a demanda. Com o projeto de aumentar sua fabricação em cerca de 22 mil carros semanalmente nos próximos meses, a gigante dos automóveis busca se consolidar no país e suprir a aquecida demanda.  

Meta (FBOK34) cria mundo virtual por voz: O CEO Mark Zuckerberg da Meta Plataforms, antigo Facebook, trabalha em pesquisas de inteligência artificial com o objetivo de gerir a realidade virtual por meio de comandos de voz. A companhia, que já vem intensificando seus projetos de metaverso desde 2021, agora planeja melhorar a forma com que as pessoas se comunicam virtualmente com assistentes de voz e na tradução de idiomas. Zuckerberg acredita que o novo universo virtual será uma nova realidade de trabalho e lazer, além da internet móvel. A companhia já havia anunciado em setembro sua intenção de investir US$ 10 bilhões no desenvolvimento do metaverso e percebemos a tomada se suas medidas desde então.

O CEO realizou uma demonstração de conceito AI, onde ele apareceu como um avatar 3D em uma ilha e dava comandos por meio de sua fala, criando praias e adicionando nuvens no ambiente. Ele afirma que a tecnologia poderá criar mundos diferenciados para explorar e compartilhar experiências com sua voz, além de também estar trabalhando em um tradutor de fala universal que gera tradução instantânea para todos os idiomas

ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Após um recorde, 2022 deve continuar apresentando atividade robusta em M&A: O gráfico acima, do Goldman Sachs, mostra que o ano de 2022 começou com força em termos de fusões e aquisições, mantendo o forte ritmo de 2021. Mais de US$ 500 bilhões em negócios já foram anunciados na América do Norte e na Europa. No ano passado houve mais de US$ 4,2tri em atividades de M&A estabelecendo um novo recorde para volumes gerais de transações. O setor de tecnologia representa 36% da atividade até agora neste ano, e outros 19% foram gerados pelo setor de Saúde. Embora esse impulso na atividade geral de fusões e aquisições possa diminuir um pouco em 2022 devido a financiamentos menos favoráveis e condições macro um pouco incertas, o banco espera que o cenário permaneça movimentado, uma vez que boas oportunidades para as empresas possam surgir em meio a esse cenário. Do lado estratégico, o Goldman espera que as empresas continuem agressivas na busca de crescimento de longo prazo.

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