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🌎 RADAR GLOBAL: Starlink, a internet global

Musk provedor de internet, Instagram Fan Club Stories e escassez de chips

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MACRO

Mercados globais amanhecem levemente positivos (EUA 0% e Europa +0,2%) enquanto investidores aguardam dados de auxílio desemprego e atividade industrial americanos, indicando se a retomada econômica permanece forte. O S&P 500 fechou ontem em alta histórica pela 34ª vez no ano. O petróleo sobe +1,8% em antecipação da reunião entre membros da OPEC+, que determinará a produção futura da commodity.

Coronavírus: Dado o alto contágio da nova variante do coronavírus, o governo australiano decidiu decretar lockdown em Sidney pela 1ª vez em um ano. Apenas 5% da população australiana já recebeu as duas doses.

EMPRESAS

Internet global: Elon Musk anunciou que o seu projeto ambicioso Starlink deverá oferecer cobertura de internet para o mundo todo, exceto zonas polares, ainda em agosto. A tecnologia consiste em milhares de satélites circulando na órbita terrestre numa altura mais baixa que o usual, com o objetivo de oferecer uma internet mais rápida e com menor latência. O intuito inicial do projeto era fornecer acesso à internet para áreas remotas, como zonas rurais e navios no meio do oceano, porém na medida em que o projeto ganha tração, já se falam em outras muitas aplicações, até mesmo fornecer internet em voos. 

Quanto à viabilidade do projeto: O maior desafio de Musk será transformar o programa em um modelo de negócios viável, visto que estimativas apontam para um investimento total entre US$ 20bi e US$ 30bi. De acordo com o CEO, "não será impossível tornar o projeto sustentável, mas o objetivo inicial consiste em não ir à falência". Atualmente, o Starlink já conta com 70 mil usuários pagando uma mensalidade de US$ 99; A projeção de Musk é que este número poderá saltar para 500 mil em apenas 12 meses. 

Instagram para assinantes: O Instagram está desenvolvendo sua nova funcionalidade Fan Club Stories, que permitirá que influencers publiquem stories exclusivos para seus seguidores mediante pagamento de uma inscrição dos usuários. A novidade ainda não foi lançada, mas é uma das estratégias da empresa para aumentar a sua monetização. Nas palavras de Zuckerberg: “precisamos ser uma plataforma de ajuda aos criadores de conteúdo para que possam exercer seu trabalho”.

Uma tendência entre as plataformas: A busca por monetização via assinantes tem sido uma pauta comum entre diferentes aplicativos que buscam modelos de faturamento similares aos encontrados no OnlyFans e Patreon. Na semana passada, o Twitter lançou o super follow, que também disponibiliza conteúdos exclusivos para usuários premium. Além disso, nesta semana, o Facebook estreou um serviço de assinatura de boletins informativos a fim de atrair escritores influentes para sua plataforma.

Falta de chips: A Ford está reduzindo significativamente sua produção de veículos nos EUA em julho devido à escassez de semicondutores. A montadora planeja paralisar ou reduzir a produção em 8 fábricas, incluindo 6 nos EUA. Além disso, nas próximas duas semanas, os dois novos modelos de picape e SUV serão paralisados pela falta de outros componentes.

O tamanho do impacto: A Ford estima uma redução de 50% de sua produção de veículos no 2º trimestre de 2021, acumulando perdas de US$ 2,5bi e cerca de 1,1 milhão de unidades neste ano devido à escassez. A atual falta semicondutores deve custar à indústria automotiva global US$ 110bi em receita em 2021, de acordo com a consultoria AlixPartners. Neste cenário, cerca de US$ 50bi da proposta trilionária de infraestrutura de Biden estão reservados para a indústria americana de chips.

ANÁLISES

Fonte: UBS

Popularização elétrica: O UBS vem fazendo levantamentos globais desde 2016 a respeito de carros elétricos (EV), nos quais os participantes respondem se considerariam comprar um veículo elétrico ou não. A evolução do número de respondentes afirmando que possivelmente comprariam um EV é substancial nos países analisados. Entre 2016 e 2021, os números saltaram 15% na Alemanha, 20% no Reino Unido, 15% nos EUA, 13% na China, 26% na Coreia e 14% no Japão. Essa mudança de opinião acompanha os avanços tecnológicos, que não só tornaram carros elétricos mais atrativos, como também mais acessíveis. 

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