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🌎RADAR GLOBAL: Resultados da ExxonMobil e Chevron

Petrolíferas reportam, recompras bilionárias e Amazon elétrica

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,4% e Europa +0,6%) após os 3 principais índices americanos (Nasdaq Composite, S&P 500 e Dow Jones Industrial Average) concluírem outubro em máximas históricas, impulsionados pela forte temporada de resultados. Nos EUA, investidores aguardam a próxima reunião do FOMC, que irá decidir sobre o possível início da retirada dos estímulos econômicos e comentar sobre a inflação, atualmente no valor mais alto dos últimos 30 anos. Na China (-0,4%), o mercado encerra em baixa após reguladores divulgarem uma lista de novas responsabilidades para as empresas de tecnologia, incluindo áreas como governança e segurança de dados (Tencent -2,4%, Alibaba -2,15%, Meituan -0,82%). Além disso, o país divulgou o seu PMI de manufatura, que apresentou leve contração (49,2 vs. 49,7 esperados), indicando que o setor tem sido afetado pelos altos preços das commodities e pelo racionamento de energia. O petróleo (+0,6%), amanhece em alta ao passo que investidores aguardam a nova reunião da OPEC+, na quinta-feira, sobre o futuro da produção da commodity.

Coronavírus: O estado de São Paulo anunciou que 87% de sua população adulta está vacinada com ambas as doses da vacina contra a Covid-10, superando países desenvolvidos como Alemanha (75%) e EUA (68%). Em termos gerais, o Brasil, atualmente possui 53% de seus habitantes vacinados com as duas doses da vacina, sendo este um número que ainda gera preocupação para os especialistas, dado que muitas pessoas que tomaram a primeira dose não voltaram para a segunda.

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EMPRESAS

Exxon Mobil (EXXO34) surpreende em lucros: Em seus resultados, a Exxon reportou o maior lucro no terceiro trimestre visto em anos, refletindo em seus resultados uma melhora na demanda, preços mais altos de commodities e operações simplificadas. A empresa ganhou US$1,58 por ação durante o período, maior cifra desde 2014, levemente acima dos US$1,56 do consenso, todavia sua receita totalizou US$73,79bi, abaixo dos US$76,3bi esperados. A surpresa nos lucros ocorreu também após a implementação de medidas agressivas de corte de custos da empresa durante a pandemia. Olhando para o futuro, a companhia planeja anunciar o seu primeiro aumento de dividendos em mais de dois anos e, a partir de 2022, iniciará um programa de recompra de ações de até US$ 10bi.

Chevron (CHVX34) registra a maior geração de caixa livre da história: A Chevron demonstrou, em seus resultados, que gerou o maior fluxo de caixa livre já registrado durante o terceiro trimestre, com o aumento dos preços das commodities e a redução dos custos operacionais impulsionando as operações. A gigante do petróleo superou as estimativas de receita e lucro para o período, ganhando US$2,96 por ação, muito além dos US$2,21 esperados e uma receita de US$44,7bi, maior do que os US$40,6bi esperados pelo mercado. Os resultados de sexta-feira marcam uma forte recuperação da Chevron e das empresas de energia em geral, depois que a pandemia de coronavírus e a paralisação econômica mundial minaram a demanda por produtos de petróleo. A produção líquida equivalente de petróleo da Chevron aumentou 7% ano contra ano para 3,03 milhões de barris por dia.

Carros elétricos, uma aposta certa? A Amazon anunciou nesta sexta-feira uma participação acionária considerável de 20% na Rivian Automotive. A startup desenvolve veículos elétricos, incluindo as vans de entrega comercial da gigante do varejo. No início do mês passado, a Rivian apresentou seu prospecto de IPO e afirmou que planeja realizá-lo na Nasdaq, sob o símbolo “RIVN”, em novembro. O processo revelou novos detalhes sobre a proximidade entre Rivian e Amazon, incluindo direitos exclusivos da gigante varejista sobre os veículos elétricos de entrega da Rivian por pelo menos quatro anos, e o direito de preferência depois disso. A Amazon encomendou 100.000 veículos até 2030 e pretende possuir 10.000 novos veículos elétricos da startup nas estradas já no próximo ano. A Ford Motors também detém uma participação superior a 5% na Rivian.

Coinbase, mais popular que o TikTok: A recente alta da criptomoeda Shiba Inu (SHIB) pode ter contribuído para o aumento dos downloads do aplicativo da Coinbase, que, na semana passada, foi mais baixado do que o Instagram, Youtube e TikTok na loja de aplicativos da Apple. O volume de transações da criptomoeda foi tão robusto na quarta-feira que acabou derrubando, momentaneamente, a bolsa de criptomoedas. Além disso, a Shiba Inu (SHIB) atingiu uma capitalização de mercado superior a US$ 7bi e se tornou a 9ª maior criptomoeda, ultrapassando a Dogecoin (Doge) que também foi alavancada por comentários do bilionário Elon Musk. A Coinbase incluiu o nome da criptomoeda em seu aplicativo para se beneficiar da crescente popularidade do ativo.

ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Autorizações de recompras atingem a máxima: O gráfico acima demonstra a forte retomada de planos de recompras de ações em 2021, lideradas principalmente pelo setor de tecnologia (30% do total acumulado no ano) e financeiro (24% do total). O forte aumento ocorreu logo após restrições governamentais impostas em 2020, que impediram as empresas de realizar recompras em consequência dos auxílios governamentais distribuídos para alguns setores. Em 2021, as autorizações de recompras somam US$ 932 bilhões no acumulado do ano, valor mais alto já registrado, mas, em termos de capitalização de mercado, está em patamar médio. Esta notícia é positiva para os investidores, uma vez que as recompras são uma forma alternativa de entregar valor para os acionistas das empresas. Esta medida acaba reduzindo as ações em circulação, o que pode acabar levando a uma apreciação das mesmas, em consequência de uma menor oferta e demanda constante. Além disso, caso a empresa venha a cancelar estas ações recompradas, os múltiplos podem sofrer melhora e os acionistas receberão uma parcela maior dos dividendos futuros.

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