🌎RADAR GLOBAL: Chips proprietários

MACRO

Bolsas internacionais amanhecem negativas (EUA -0,1% e Europa -0,7%) ao passo que preocupações com a variante delta se intensificam e dados econômicos indicam desaceleração do crescimento nos EUA. O Goldman Sachs reduziu sua previsão para o PIB americano de +6,2% para +5,7% em 2021. Na Europa, a inflação mais alta do que o esperado causa volatilidade nos mercados, podendo induzir o banco central europeu a reduzir estímulos econômicos. O Bitcoin (-1,2%) amanhece em baixa, dando sequência a forte queda de ontem (-11%) após El Salvador apresentar problemas técnicos ao implementar a criptomoeda como uma de suas moedas oficiais.

Coronavírus: 3ª dose da Pfizer deve começar a ser administrada nos EUA a partir de 20 de setembro de acordo com Dr. Fauci e deve ser o 1º imunizante a ter autorização oficial para a dose de reforço. A vacina da Moderna, no entanto, ainda deve demorar mais a receber aval do FDA por conta da necessidade de mais dados.

EMPRESAS

Chips proprietários: Estamos presenciando uma mudança radical no ecossistema de processadores de alta-tecnologia. Cada vez mais empresas têm priorizado internalizar a etapa de design e arquitetura dos semicondutores. Um dos anúncios mais notáveis ocorreu em novembro de 2020, quando a Apple abandonou os chips Intel x86 e passou a utilizar sua tecnologia proprietária M1, hoje presente em seus iPads e Macbooks.

Hoje, o movimento se alastrou para outras gigantes, como a Tesla, Google, Amazon, Facebook e Baidu, uma vez que, ao internalizar a etapa de arquitetura, estas empresas podem implementar elementos de uso específico para a sua tecnologia, melhorando a eficiência de seus produtos finais, como veiculos autônomos ou smartphones. A tendência, no entanto, ainda não se alastrou para a custosa etapa de manufatura, ainda dominada globalmente pela TSMC (TSMC34), que produz 90%+ dos chips de alta-tecnologia do planeta e deve ser demandada ainda mais pelas Big Tech para a fabricação de seus chips proprietários de última geração.

Hyundai na contramão: Enquanto as maiores empresas de veículos do mundo apostam na eletrificação como a solução do futuro, a gigante sul-coreana acaba de apresentar a sua nova estratégia de automóveis alimentados por células de hidrogênio. Durante a conferência online Hydrogen Wave, a manufatureira anunciou que todos os seus modelos possuirão uma versão movida a hidrogênio até 2028. O maior desafio será alcançar a competitividade dos preços, uma vez que, apesar de também custosos, os EVs ainda são mais baratos que os de hdirogênio.

A empresa espera que, em 2030, os preços já sejam competitivos vs. elétricos e mostrou detalhes de seu modelo de luxo Vision FK, que terá autonomia de 600km, mas ainda não informou sua data de lançamento. Olhando para frente: A Hyundai tem meta de tornar-se carbono-neutra em 2045, estima que 30% das vendas totais de veículos sejam zero-emissão em 2030 e, em 2040, que EVs e movidos a hidrogênio representem 80% das novas vendas.

Transporte global: A Amazon (AMZO34) visa se tornar uma espécie de correios global, transportando todos os tipos de encomenda para todas as localizações do mundo. Para atingir seu objetivo, no primeiro trimestre deste ano, a empresa reportou um aumento de investimentos em infraestrutura na casa de 80% vs. ano anterior, ampliando a capacidade de sua rede logística em 50% ano contra ano. Com a atual expansão, a companhia tornou-se capaz de entregar cerca de 72% de seus pacotes, representando um aumento de 25% vs. 2019.

Números internacionais impressionam: Desde o início do segmento de logística, a empresa entregou mais de 10 bilhões de pacotes, adquiriu cerca de 70 mil veículos e pouco mais de 70 aviões, operando diretamente do seu hub avaliado em US$ 1,5bi, localizado em Kentucky e inaugurado em agosto deste ano. Traçando um comparativo, esta infraestrutura começa a se aproximar a da UPS, uma de suas potenciais rivais, que conta com aproximadamente 119 mil veículos e cerca de 277 aviões, de acordo com o Statista. No futuro, a Amazon planeja não só entregar todos os seus pacotes, mas também realizar serviços de logística terceirizados, como já é feito atualmente no Reino Unido. De acordo com a Imarc, apenas a indústria logística na América do Norte é avaliada em US$ 1,35tri, sendo um mercado bem atrativo até mesmo para a gigante americana.

ANÁLISES

Espaço, o novo destino turístico: Ao iniciar a cobertura da Virgin Galactic com recomendação de compra, o banco de investimentos Jefferies, identificou significante demanda por viagens espaciais. A pesquisa realizada pelos analistas da companhia constatou que 37% dos respondentes gostariam de viajar ao espaço, sendo que 20% deste grupo estaria disposto a realizar a atividade mais de uma vez. Além disso, 22% dos participantes acham válido pagar mais de US$ 250 mil pela passagem e 10% mais de US$ 500mil. Em geral, 30% dos participantes da pesquisa estariam dispostos a investir mais de 5% do seu patrimônio total para adquirir uma experiência espacial. Como resultado do levantamento, o banco afirma ter identificado um mercado potencial de US$ 120bi ao longo dos próximos anos.

Gostou do conteúdo? Compartilhe nosso link de cadastro e nos avalie abaixo:

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

Clique aqui