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🌎RADAR GLOBAL: Apple e Amazon desapontam expectativas

Amazon desacelera, cadeias globais impactam a Apple e Mastercard recupera volumes pré-pandêmicos

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MACRO

Mercados globais amanhecem negativos (EUA -0,5% e Europa -0,8%) após as gigantes Apple e Amazon reportarem receitas abaixo do esperado em virtude dos problemas com a cadeia de produção, escassez global de chips e altos custos de mão-de-obra, ocasionando um sentimento negativo nos investidores. Ainda nos EUA, dados do PIB (+2%) mostraram o menor crescimento desde o final da recessão de 2020, abaixo dos +2,8% das projeções. Na Zona do Euro, inflação e PIB vieram acima do esperado, sugerindo que uma alta na taxa de juros pelo Banco Central Europeu pode estar no radar, mesmo após decisão de manter a política monetária atual. Na China (+0,9%), o mercado encerrou em alta, impulsionado por novos pagamentos de cupons de dívida da Evergrande. Por fim, no universo das criptos, o Ethereum (+2,7%) amanhece em campo positivo após atingir sua máxima histórica acima dos US$ 4,4 mil no pregão de ontem.

Coronavírus: O número de casos e fatalidades globais causadas registram o primeiro aumento dos últimos 2 meses, impulsionados por infecções na Europa (+18% na última semana), superando a contenção do vírus em outras regiões. Segundo o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da organização mundial da saúdes, estes dados servem para lembrar que a pandemia está longe do fim.

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EMPRESAS

Amazon (AMZO34) desacelera suas vendas online e desaponta nos resultados: A Amazon reportou resultados abaixo do esperado para o mercado, com uma receita de US$110bi, inferior aos US$111bi das projeções; o lucro por ação foi de US$6,12, muito aquém dos US$13,2 estimados pelo mercado. A Amazon está sofrendo com a desaceleração do crescimento das vendas à medida que os consumidores voltam às lojas físicas e a empresa enfrenta os desafios da cadeia de suprimentos. Por outro lado, o segmento de nuvem segue sendo um dos motores do crescimento da companhia, totalizando US$ 16,11bi em receitas, com um crescimento de +38,9% vs. trimestre anterior. Para o quarto trimestre, a Amazon prevê vendas entre US$ 130 bilhões e US$ 140 bilhões, representando um crescimento entre 4% e 12%.

Apple reporta dificuldades com a cadeia de produção e decepciona em receitas: Em sua divulgação de resultados, a Apple (AAPL34) apresentou uma receita de US$83,3bi, levemente abaixo dos US$84,6bi esperados pelo mercado, devido às restrições de fornecimento, impulsionadas pela escassez de chips em toda a indústria; seu lucro por ação foi de US$1,23, em linha com as expectativas do mercado. Em contrapartida, a Apple está atualmente em meio a um crescimento massivo, à medida que as vendas de iPhones, iPads e Macs explodiram durante a pandemia, corroborando para um crescimento de receitas total na casa dos 33% ano contra ano. Além disso, o segmento de serviços da companhia cresceu 26% ao ano e, atingiu cerca 745 milhões de assinaturas pagas, incluindo todas as modalidades de subscrição que empresa. A empresa não forneceu projeções para o próximo trimestre.

Starbucks (SBUB34) com resultado sólido, mas enfrenta problemas com a pandemia: Enquanto luta contra os custos crescentes e o impacto contínuo da pandemia, a Starbucks divulgou resultados e sua receita trimestral de US$8,14bi, em linha com os US$8,20bi esperados pelo mercado, já que o ressurgimento do Covid-19 na China enfraqueceu as vendas, mas seu lucro por ação foi de US$1,00, acima dos US$0,99 esperados. As vendas globais nas mesmas lojas aumentaram +17%, perdendo as estimativas de 18,3% e as vendas nas mesmas lojas nos EUA aumentaram 22% no trimestre e 11% em uma base de dois anos. Além disso, a empresa forneceu um guidance de crescimento de apenas 10% em seu LPA para o próximo ano fiscal, decepcionando os 15% projetados por Wall Street e gerando um sentimento negativo por parte dos investidores. Em termos de receita, a empresa espera atingir entre US$ 32,5bi e US$ 33bi no próximo ano e adicionar 2 mil novas lojas globalmente.

Mastercard (MSCD34) apresenta bons resultados: A Mastercard divulgou bons resultados ao mercado, com um lucro por ação de US$2,37, acima dos US$2,18 projetados; e receita foi de US$4,98bi, em linha com os US$4,94bi do consenso. O desempenho da Mastercard foi impulsionado por gastos domésticos saudáveis e crescimento sólido nos gastos internacionais, que recentemente retornaram aos níveis pré-pandêmicos. A companhia também pretende aumentar esforços em serviços de criptomoeda e serviços bancários abertos por meio da aquisição da CipherTrace e da aquisição planejada da Aiia. No mês passado, a Mastercard anunciou que também estava lançando um programa BNPL (buy now pay later) nos Estados Unidos, que está programado para ser lançado em outros mercados no futuro.

ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Melhora na crise dos semicondutores nos EUA: O gráfico acima mostra que a média dos últimos 3 meses do volume de chips a serem entregues se encontra na máxima histórica, sugerindo que a crise dos semicondutores poderá melhorar nos próximos trimestres. Por outro lado, no gráfico a direita, temos o nível de capacidade sendo utilizado pela produção de chips, que atualmente se encontra perto de 100% para diversas subindústrias, logo, um aumento significativo de oferta ainda é um dos desafios do setor até que novas fábricas sejam construídas e empresas consigam aumentar suas linhas de produção. Segundo o Goldman Sachs, a melhora na escassez de semicondutores nos EUA deverá ser catalisada pelos seguintes fatores: i) aumento de produção no 4º trimestre vs. 3º trimestre ao passo que países asiáticos conseguem conter o avanço da variante delta, ii) melhora na oferta de mão de obra no país em consequência do fim do seguro de desemprego emergencial em setembro, que deverá induzir o retorno de 2-3 milhões de trabalhadores ao mercado de trabalho até meados de 2022, iii) redução no congestionamento de portos nos EUA após períodos comemorativos de fim de ano, levando a uma normalização do fluxo de importações/exportações durante o primeiro semestre do ano que vem. Embora os gráficos sugiram um cenário mais positivo, indústrias altamente afetadas, como a automotiva, deverão continuar com estoques de veículos depletados até o segundo semestre de 2022.

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