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🌎RADAR GLOBAL: Aposta do Alibaba

Alibaba autônomo, óculos da Xiaomi e táxi-robô da Baidu

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem mistas (EUA +0,1% e Europa -0,3%) enquanto investidores digerem dados da inflação americana, que vieram inferiores ao esperado. Na Europa, a produção industrial superou expectativas e cresceu 7,7% a.a. vs. 6,3% projetado pelo consenso. Na China (-1,0%), o mercado encerra com leve queda devido a preocupações regulatórias direcionadas à indústria de casinos, Wynn Macau (-29%), Sands China (-33%) e Galaxy Entertainment (-20%) figuram entre as ações mais afetadas. O petróleo (+1,4%) continua sua apreciação ao passo que a tempestade tropical Nicholas passa pela região do Golfo do México.

Coronavírus: Governo do Reino Unido anuncia o plano de outono-inverno para enfrentar a crise, detalhando uma série de políticas destinadas a evitar a necessidade de mais bloqueios. Isso ocorre logo depois que as autoridades britânicas aprovaram os reforços da vacina para pessoas vulneráveis ​​e com mais de 50 anos de idade, seis meses após a segunda dose. Segundo Boris Johnson, mais de 80% das pessoas com mais de 16 anos já foram totalmente vacinadas.

EMPRESAS

Em busca da direção autônoma: O Alibaba liderou uma rodada de investimentos de mais de US$ 300 milhões na startup de direção autônoma chinesa DeepRoute.ai. A empresa fabrica sistemas de direção para veículos autônomos que envolvem hardware e software e já opera uma frota de táxis autônomos de 70 veículos, a qual deseja expandir para 160 veículos. O Alibaba já é um investidor em outra startup de carros de direção autônoma chinesa chamada AutoX e está apoiando a fabricante de veículos elétricos Xpeng, rival chinesa da Tesla. O envolvimento da companhia com o tema ressalta as ambições dos gigantes da tecnologia da China de se firmarem na área de carros sem motorista.

Corrida autônoma: Para assumir a liderança no setor, muitas montadoras e empresas de tecnologia estão investindo bilhões de dólares em direção autônoma, dado que muitos a veem como o “futuro da mobilidade”. A joint venture de veículos elétricos Jidu Auto, 55% controlada pela Baidu, pretende investir US$ 7,7 bilhões nos próximos 5 anos para construir e vender veículos elétricos com direção autônoma. Enquanto isso, a Didi (Dona da 99) criou uma subsidiária dedicada à direção autônoma em 2020, a qual arrecadou cerca de US$ 800 milhões de investidores e fez uma parceria com a Volvo para fornecimento dos automóveis. Além das gigantes, as startups chinesas Pony.ai e WeRide (que pertence à Nissan), também estão desenvolvendo caminhões e vans autônomos, respectivamente.

Desafiando os gigantes: A Xiaomi está desafiando o Facebook ao lançar seus próprios óculos inteligentes (smart glasses). O dispositivo será capaz de tirar fotos, exibir mensagens, notificações, fazer ligações, fornecer navegação e traduzir texto em tempo real. Além disso, os óculos também possuem uma luz indicadora que mostra quando a câmera de 5 megapixels está em uso. Como o Facebook, a Xiaomi também coloca ênfase na leveza do dispositivo, que possui 51 gramas, mas ainda sim é um pouco mais pesado do que o Ray-Ban do Facebook.

Muito além de smartphones… A novidade vem para indicar que a Xiaomi quer ser considerada um player no setor de realidade artificial, mas empresa ainda não pretende colocar os óculos à venda. O anúncio vem após o lançamento dos smart glasses do Facebook em parceria com a Ray-Ban e também após o evento da Apple – California Streaming, que anuncia as novas funcionalidades de seus produtos e lança o iPhone 13.

Táxi-robô do Baidu: A empresa chinesa está conduzindo testes de seu modelo de táxi autônomo, o Apollo Go robotaxi, em Shanghai, dando continuidade à sua expansão no país. Os veículos da companhia atualmente possuem o nível 4 de autonomia, permitindo que operem sem motorista em regiões delimitadas, porém, até então, os testes estão sendo conduzidos com a presença de motoristas para cumprir com questões regulatórias. O serviço está disponível de 9:30 da manhã às 23 horas, através de 150 estações instaladas ao redor do distrito de Jianding.

Ao longo dos próximos 2 ou 3 anos, a empresa planeja operar 3 mil veículos, presentes em 30 cidades do território chinês. Para atingir o ambicioso objetivo, uma parceria foi estabelecida com a BAIC Group, uma montadora de veículos chinesa, com o intuito de produzir mil veículos adicionais nos próximos 2 anos. Além do Baidu, outras empresas também trabalham no desenvolvimento de carros autônomos e esta indústria, em formação, poderá alcançar um valor de US$ 1,82bi até 2027, de acordo com a Fortune Business Insights.

ANÁLISES

Fonte: MSCI

Prejuízo em prol da prosperidade? O gráfico acima, do MSCI, apresenta a queda na capitalização de mercado das empresas de tecnologia chinesas, que já soma mais de US$ 1tri desde o pico em fevereiro. As pressões regulatórias seguem escalando no país, e atualmente, além do setor de tecnologia também englobam os setores de educação, games e até mesmo empresas de carona. Como resultado de toda esta intervenção governamental, o mercado chinês vem passando por momentos de alta volatilidade. Por outro lado, de acordo com o Goldman Sachs, o movimento regulatório chinês terá um efeito limitado no longo prazo e não deverá prejudicar crescimento econômico do país. Em entrevista à Bloomberg, estrategistas do banco comentaram que as regulações não possuem a intenção de prejudicar estruturalmente o lucro das empresas e que, no momento, preferem setores alinhados com o plano de desenvolvimento nacional do país como o de tecnologia voltada ao aprimoramento de setores tradicionais e energias renováveis.

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