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🌎Mundo em 60s: Impostos globais, EUA vs. China e estímulos na Europa

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Tivemos uma semana positiva para os mercados globais após um setembro conturbado para os principais índices de ações. A resolução de alguns riscos de curto-prazo, como um possível calote da dívida americana ajudaram a melhorar o humor (S&P 500 +1,1%). Na China (+1,3%) os índices de atividade econômica voltaram para território neutro em setembro, recuperando-se de um agosto contracionista, em função das restrições de sua política zero-COVID.

Setores: Mais uma semana de destaque para as empresas de óleo & gás (+4,8%) ao passo que os preços da commodity seguem em alta de ~65% em 2021. Mais pressão altista foi adicionada após Departamento de Energia americano afirmar que não irá se desfazer de suas reservas estratégicas para conter os preços. Relatório recente do Bank of America estima a commodity em US$ 100 até meados de 2022 pela 1ª vez desde 2014 caso o hemisfério norte enfrente um inverno mais frio.


As 5 histórias da semana

1. Impostos globais se aproximam

De acordo com documento da OECD, mais de 136 países representando ~90% do PIB global alcançaram um acordo de taxação mínima global para empresas multinacionais a partir de 2023. Estima-se que aproximadamente US$ 275bi sejam recolhidos anualmente e redistribuídos proporcionalmente aos países nos quais suas receitas são geradas.

Os afetados: 1) Multinacionais com faturamento anual superior a US$ 23,2bi/ano e margens de lucro superiores a 10% devolverão, sob forma de imposto, 1/4 dos lucros que ultrapassarem esta margem mínima e 2) Companhias que faturarem mais que US$ 870 milhões terão um imposto sobre lucro mínimo de 15%.

Os motivos: O acordo multilateral ocorre após anos de negociações fracassadas, mas ganhou força após os planos do gov. Biden em aumentar os impostos locais sobre suas corporações e evitar a fuga de capital para paraísos fiscais.

2. Mais Putin na Europa

O preço do gás europeu, após disparar mais de 60% em apenas 2 dias, voltou a recuar após presidente russo, Vladimir Putin, afirmar que o país estaria pronto para ajudar a estabilizar o mercado global de energia e que deve enviar à Europa mais gás do que o contratado neste ano. De acordo com oficiais europeus, uma das maiores causas para os baixos estoques de gás natural no continente foi um fluxo proveniente da Rússia menor do que o esperado.

Ainda assim, os riscos de inflação permanecem ao passo que os preços do petróleo mantêm-se altos e choques nas cadeias logísticas se intensificam. A volatilidade do mercado de energia deve permanecer alta enquanto "afirmações de autoridades adicionam pressão tanto altista quanto baixista", para Manser, analista da ICIS.

3. Plano B de estímulos emergenciais

O Banco Central Europeu está planejando um novo programa de compras de ativos (injeção de liquidez) para prevenir uma nova crise após a retirada dos estímulos emergenciais, que deve acontecer de forma gradual durante 2022. As discussões são confidenciais e o tamanho do pacote ainda não foi revelado, mas servirá para substituir as aquisições mensais de US$ 23bi/mês do programa atual, o PEPP, que deverá injetar US$ 2tri na economia desde março de 2020 até o seu fim em 2022.

Os riscos de um fim dos programas de estímulos recaem principalmente sobre os países que enfrentam crises econômicas mais severas no relativo aos demais membros do bloco, como a Itália, que ficou ainda mais exposta após contrair dívidas em função dos suportes fiscais e monetários.

4. Retomada das negociações EUA vs. China

Após acordo bilateral entre Trump e Xi Jinping, a China comprometeu-se em aumentar as suas importações agrícolas, energéticas e industriais dos EUA em US$ 200bi acima dos níveis de 2017. No entanto, os chineses permanecem a praticamente 50% de distância da meta acumulada entre 2020 e 2021.

Nos próximos dias, espera-se que oficiais americanos reunam-se com chineses para negociar os termos ou o cumprimento dos acordos. Após meses de tensões reduzidas entre EUA e China, estas negociações podem trazer novos riscos e volatilidade para o mercado nos próximos meses em função da possibilidade de uma nova Guerra Comercial. Apesar disso, o governo afirmou que "não pretende escalar as tensões comerciais entre os países".

5. Diminui o risco de shutdown nos EUA

O senado americano aprovou o aumento temporário do teto de gastos nos EUA em US$ 480bi, aliviando preocupações sobre um possível calote na dívida americana ao menos até o início de dezembro de 2021. Comentamos recentemente que um calote é improvável, uma vez que nunca aconteceu na história, no entanto, teria o potencial de jogar o país em uma grave recessão, de acordo com a Secretária do Tesouro Janet Yellen.

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