🌎 Mundo em 60s: Dividendos importam

Bolsas: Semana positiva para as principais bolsas globais. Tecnologia (Nasdaq +3,5% na semana e +7,1% no ano) volta a chamar atenção após discurso do Federal Reserve finalmente acalmar os mercados de juros nos EUA (+2,2% na semana); as compras de ativos (US$ 120bi/mês) devem continuar trazendo liquidez e elevando os índices para novos recordes.

Setores:  Na ponta negativa, petrolíferas (-4,1%) estendem a queda com países da OPEP sinalizando redução nos cortes de produção mesmo em meio a uma demanda incerta. Os setores que sofreram mais com a rotação voltaram a se recuperar, liderando a alta; tecnologia (+3,7%), comunicação (+2,5%) e consumo discricionário (+2,9%).

Dividendos importam

Quando um investidor compra ações, há 2 maneiras de se fazer dinheiro: i) com ganhos de capital, ou seja, o preço sobe ou ii) com pagamento de dividendos, quando a empresa distribui parte de seus lucros aos acionistas.

Atualmente, vivemos num cenário de juros estruturalmente mais baixos, portanto, investidores que procuram retornos maiores se veem obrigados a buscar ativos de risco e, por vezes, buscam ações que paguem dividendos acima dessas baixas taxas soberanas. No Mundo em 60s de hoje, discutiremos a importância e o poder dos dividendos nos retornos de longo-prazo de um portfólio, não apenas incorporando ganhos, como também limitando os efeitos de crises e inflação.

1. Lucros são relativos, dividendos são absolutos

Quando uma empresa reporta seus lucros, os números muitas vezes passam por ajustes que eventualmente podem ser manipulados pelo que o mercado chama de “criatividade contábil”. Dividendos são um rendimento real, distribuídos periodicamente em moeda real e caem diretamente conta corrente do cliente.

2. Foco em geração de caixa

Companhias com longo histórico de pagamento de dividendos estão sempre preocupadas em como gerar caixa para distribuir para seus acionistas, colocando seus investidores como prioridade nº 1. Essa qualidade reduz riscos de mau uso do capital, bem como aumenta a estabilidade e o crescimento sustentável de lucros da companhia.

3. Melhores retornos

No longo prazo, a estratégia de se investir em boas pagadoras de dividendos gerou mais retornos que a média do mercado. Dividindo o S&P 500 em grupos de ações, a fração das pagadoras de dividendos entregou retornos de +8,8% a.a. ao passo que o índice amplo entregou +7,3% e as não-pagadoras apenas +1,7%.

Além disso, quanto mais o tempo passa, maior é a participação dos dividendos no retorno da carteira. Em empresas do S&P 500, por exemplo, analisando diferentes janelas móveis de retorno desde 1940, fica visível a importância dos dividendos para as estratégias de longo-prazo.

4. O poder dos juros compostos

Quando extrapolamos ainda mais a linha do tempo, voltando para 1928, a diferença só aumenta. Na prática, se você tivesse investido US$ 100 no S&P 500 em 1928 você teria US$ 780 mil ao final de 2020 caso seus dividendos tivessem sido reinvestidos. E sem dividendos? Apenas US$ 23 mil.

E quando perguntaram a Buffett de onde vinha sua riqueza:

"Minha riqueza veio de uma combinação de ter nascido na América, de alguns genes de sorte e dos juros compostos"

Warren Buffett, 90 anos de idade e US$ 100 bilhões de patrimônio

Neste contexto, acreditamos que buscar ações que pagam dividendos é parte essencial de uma estratégia de retornos vencedores e sustentáveis no longo-prazo. Estas empresas podem ser acessadas de diversas formas, seja investindo diretamente nelas (Carteira XP Dividendos e Carteira BDRs Dividendos), bem como via ETFs (DIVO11, BBSD11) ou via fundos que buscam estes ativos.

#ProvaRápida – BDRs pagam dividendos?

a) Sim
b) Não
c) Nenhuma das anteriores

Resposta: a) Sim, entenda.

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