XP Expert

🌎Mundo em 60s: Colapso do minério, risco da Evergrande

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

Bolsas: Índices desenvolvidos apresentaram leve queda na semana (S&P 500 -0,3%, Nasdaq 100 -0,6%, Eurostoxx 600 -0,9%) enquanto investidores ainda buscam os próximos catalisadores para a renovação das máximas históricas ou de uma possível correção. Ventos em proa: 1) inflação mais fraca nos EUA dá espaço para um tapering mais agressivo, 2) a duração da recente alta da bolsa americana sem uma correção de 5% já é 3x maior que a média vista desde a 2ª Guerra e 3) expectativas de mais impostos e regulações nos EUA. Ventos em popa: 1) Consumo americano robusto e gastos no cartão 15% acima de níveis pré-pandêmicos e 2) Início da temporada de resultados em 3 semanas (lucro S&P 500 esp. +38% a/a).

Setores: Materiais básicos (-3,1%) e industrial (-1,3%) figuram entre as maiores quedas na semana por conta do colapso nos preços do minério de ferro, refletindo a política chinesa de cortes na produção de aço. Do lado oposto, empresas petrolíferas (+3,5%) seguem beneficiando-se da alta da commodity em função da recuperação da demanda, bem como dos impactos negativos do Furacão Ida na oferta do Golfo do México.


As 5 histórias da semana

1. O colapso do minério de ferro

Para reduzir as emissões de CO2 antes das Olimpíadas de Inverno e manipular o preço crescente das commodities metálicas, o governo chinês ordenou cortes de produção de alumínio para o setor siderúrgico. As consequências já são visíveis: O minério de ferro despencou mais de 50% e cruzou o patamar dos US$ 100/ton, prejudicando o desempenho das principais extratoras globais, dentre elas a Vale e a BHP. Para o UBS, a correção foi mais rápida do que o esperado e o banco cortou em 12% o preço-alvo médio do minério em 2022 para US$ 89/ton, uma vez que a redução na demanda chinesa coincide com inventários nos portos 10% maiores no ano contra ano.

2. Aumenta o risco na China

Temores no setor imobiliário chinês: A Evergrande, construtora chinesa, sendo uma das empresas mais endividadas do mundo com um saldo devedor de US$ 300bi, vem passando por problemas de liquidez e causando incertezas no mercado imobiliário chinês. Bancos chineses foram alertados sobre a possível falta de caixa por parte da companhia para cobrir os juros das dívidas com vencimento em 20 de setembro.

Apenas neste ano, a Evergrande recebeu 3 reduções em sua pontuação de crédito, sendo a mais recente na terça-feira, dia 9 de setembro, pela Fitch Ratings de CCC+ para CC, classificando as dívidas da empresa como altamente especulativas. Como resultado, as perdas na ação da empresa se intensificaram e já acumulam uma queda de 81,4% desde o início de 2021.

Em resumo, as construtoras chinesas são responsáveis por grande parte do mercado de crédito do país, aproximadamente 80 companhias possuem dívidas em torno de US$ 200bi, logo, uma potencial falência da maior construtora local poderia causar um temor ainda maior, contaminando outros setores como o financeiro. Outro ponto de atenção do governo é em relação ao preço das propriedades chinesas, visto que esta indústria setor compõe ~28% do PIB do país, logo, manter preços estáveis se torna um ponto crucial para o governo. Em conversa no Coffee & Stocks, Gabriela Santos, estrategista global do J.P. Morgan, afirmou que o governo chinês deverá deixar os investidores sofrerem algumas perdas, com o intuito de reduzir as expectativas dos mesmos de que o governo sempre “irá pagar a conta” do alto endividamento das empresas, mas que em algum momento as autoridades podem intervir para evitar um problema econômico sistêmico.

Fonte: Bloomberg

3. "Cash is trash" - Ray Dalio

Co-fundador e chefe de investimentos da gestora Bridgewater, Ray Dalio é um dos investidores mais respeitados e acompanhados pelo mercado financeiro e responsável por uma carteira com mais de US$ 150 bilhões em ativos sob gestão. Em declaração recente, o bilionário recomendou que, no atual ambiente, "dinheiro é lixo" e, portanto, investidores deveriam ter pouca posição em papel-moeda, uma vez que a pandemia mostrou a capacidade dos governos em imprimir moeda para evitar um colapso econômico. Dalio também afirmou que possui uma pequena porcentagem de seus ativos em Bitcoin e ouro, por sua vez escassos, mas alertou para o risco de "destruição" do mercado das criptos por parte dos governos, caso essa nova tecnologia seja bem sucedida.

4. Em busca da próxima FAAMG

Estrategistas do Bank of America mapearam as potenciais tecnologias do futuro para ajudar investidores a identificarem as empresas que poderão fazer parte do seleto grupo das FAAMGs (Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Google). Internet 6G, metaverso, aumento da expectativa de vida e eletricidade sem-fio figuram entre as potenciais revoluções em curso. De acordo com o BofA, "não identificar a tecnologia do futuro pode significar perder a próxima grande revolução" e que "tecnologias revolucionárias - como smartphones e energias renováveis - ultrapassaram as expectativas de crescimento dos analistas durante décadas, pois humanos tendem a pensar de forma linear, mas o progresso delas ocorre de forma exponencial".

Apesar disso, o investimento em tecnologias exponenciais exige estômago para perdas. A cesta do Goldman Sachs focada em indústrias incipientes chegou a cair 40% em 2021 e ainda não recuperou metade de suas perdas.

Fonte: BofA

5. Preços de aluguel recuperam-se nos EUA

Após uma migração em massa dos centros metropolitanos para o interior ou regiões periféricas em decorrência da pandemia, o movimento inverso dá sinais de tração. Os preços dos aluguéis de casas em Nova Iorque voltaram a se recuperar após descontos entre 15% e 20%, na média, durante o pico da pandemia.

A demanda por moradias nos centros é puxada pelo movimento de reabertura de diversas atividades, como, por exemplo, o sistema de educação pública de Nova Iorque, que já voltou à normalidade sem a opção de aulas remotas ou presença híbrida. Apesar do mercado positivo para casas e apartamentos, acreditamos que o mercado imobiliário corporativo deve ter uma recuperação mais lenta em função de grandes empresas de tecnologia optando por modelos de trabalho mais flexíveis.

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este relatório foi preparado pela XP Investimentos CCTVM S.A. (“XP Investimentos”) e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM nº 598/2018. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e análises políticas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra/venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra/venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio. A XP Investimentos não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. O responsável pela elaboração deste relatório certifica que as opiniões expressas nele refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação a XP Investimentos. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida a sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: www.xpi.com.br.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.