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🌎Mundo em 60s: A semana das FAAMGs

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Nesta semana os mercados desenvolvidos descolaram-se dos emergentes em meio à uma forte temporada de resultados nos EUA (S&P 500 +1,1% e Nasdaq 100 +2,6% na semana). O Ibovespa (-0,9%) estendeu suas quedas em meio à expansão fiscal enquanto, na China (-1,0%), a desaceleração do crescimento se soma com notícias de novos lockdowns para conter o coronavírus e ordem de autoridades para que o fundador da Evergrande cubra as dívidas da empresa utilizando sua fortuna pessoal. Nos EUA, o PIB mais fraco que o esperado (+2% vs. +2,8%) e o plano democrata de aumentar os impostos não impediu os índices locais de alcançarem novas máximas históricas, puxadas por surpresas positivas nos lucros das empresas e revisões das projeções do mercado para cima.

Setores: O setor petrolífero (-0,7% na semana) teve a pior performance do período, pausando seus ganhos sequenciais nos últimos meses (+53% no ano) devido a um aumento mais alto que o esperado de 2,2 milhões de barris nos estoques americanos vs. 1,9 milhão projetado pelos analistas. Ainda assim, o barril de petróleo segue em US$ 84,4/barril, maior valor desde outubro de 2018. O setor de consumo discricionário (+3,8%) lidera o desempenho da semana puxado pela Tesla (+20%) após a encomenda de 100 mil carros pela Hertz.


A semana das FAAMGs

Até o final desta sexta-feira, 73% do valor de mercado do S&P 500 terá divulgado seus números e a temporada volta a desacelerar nas próximas semanas. Nos últimos dias, vimos os resultados mistos das FAAMGs (Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google), que registraram forte crescimento nos segmentos de publicidade digital, serviços e nuvem, mas foram impactadas pelos gargalos em cadeias produtivas, bem como pela escassez de chips nos segmentos de hardware.

► 280 empresas do S&P 500 divulgaram e 82% delas vieram com lucros acima das expectativas, uma leve melhora em relação aos 81% da semana passada.

► No agregado, as FAAMGs superaram as expectativas de receitas e lucros em em +0,1% e +3,2%.

► Até o momento, o mercado apresentou receitas +2,0% acima do consenso, uma leve redução dos +2,1% da semana passada, com destaque para o setor de óleo e gás (+7,8% de surpresa), seguido pelo imobiliário (+4,1%) e bens de consumo (+3,1%), setores que performam bem em ambientes inflacionários.

► Em termos de lucros, a surpresa agregada está em níveis altos (+9,8% acima das expectativas), mas abaixo dos +13,7% da semana passada. Se descontarmos o setor financeiro, a surpresa é de +8%.

► Além da surpresa positiva, o crescimento permanece robusto. Receitas estão expandindo +17,7% a/a, ao passo que lucros estão +39,5% maiores. Os setores que mais puxaram o faturamento até o momento foram o de óleo e gás (+66,5%), materiais básicos (+38,7%) e industriais (+17,6%).

► Os destaques da semana vão para:

Microsoft (MSFT34): O negócio de nuvem (Azure) da Microsoft, principal propulsor do crescimento da empresa, faturou 36% a mais do que no 3T20.

Ford (FDMO34): Com a reabertura das fábricas pós pandemia e o crescimento da demanda por veículos novos, a nova projeção de receitas foi reajustada para cima em 2021 e está entre US$10,5 bilhões e US$11,5 bilhões, ante US$9 bilhões e US$10 bilhões anteriores.

Comentários sobre empresas específicas são divulgados no relatório diário Radar Global.

► Analistas continuam a revisar as estimativas lucro de 2021 para cima (+2,1% desde o início do 4T21), seguindo uma sequência consecutiva de 5 trimestres de revisões positivas.

► O preço do S&P 500 ainda teria que subir +3,8% para ficar alinhado com a crescente expectativa de lucro para 2021, mas está mais próximo que a diferença de 4,2% na semana passada e 6,2% da retrasada.

► O preço do Nasdaq 100 ainda teria que subir +2,8% para ficar alinhado com a crescente expectativa de lucro para 2021, mas está mais próximo que a diferença de 3,7% da semana passada e 7,2% da semana retrasada.

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