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Mundo em 60 segundos: Como investir na próxima década

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https://www.youtube.com/watch?v=tmi23TMVjqs&feature=youtu.be

Esse ano foram 107 cortes de juros no mundo, US$ 9tri de estímulos monetários (BCs comprando ativos) e US$ 7tri de fiscal (cheques sendo distribuidos). E a festa continua: nos EUA, o Fed intensifica as injeções de liquidez e os Democratas querem mais US$ 750bi em ajuda aos estados. Preocupação: fantasma de inflação e desvalorização de moedas. Proteção: ouro, que já sobe 13% no ano e 30% nos últimos 2 anos.

O que esperar para a próxima década: maior volatilidade, alto nível de endividamento, população envelhecendo, baixo crescimento, protecionismo, socialização via keynesianismo, império dos bancos centrais. Proteção de longo prazo? Ativos fisicos... como o ouro.

Voltando ao curto prazo... Nesta semana, foram mais 3,1 milhões de pedidos de auxílio desemprego nos EUA, totalizando 33,5 milhões de desempregados em 7 semanas, com estimativas de atingir 16% da força de trabalho americana no segundo trimestre. Reflexo na economia? 52% das pequenas empresas esperam fechar as portas em até 6 meses.

Em mais um capítulo da Guerra Fria Comercial EUA x China, vimos aumento de tensões e um cessar-fogo na mesma semana. Trump enviou MNUCHIN, o secretário do Tesouro, para negociar. Foi apenas uma pausa, até a segunda temporada, que deve ter início após a pandemia e após as eleições de 3 de novembro nos EUA.

Por falar em temporada, a temporada de resultados do primeiro trimestre vai chegando ao fim. Nos EUA, 90% das empresas do S&P 500 já reportaram, batendo as já rebaixadas expectativas em +1% (vs +5,2% historicamente). Excluindo o setor financeiro, a surpresa positiva teria sido 5x maior. Mas a preocupação se volta para o segundo trimestre, quando poderemos ver lucros encolhendo -40%, e até -90% em setores cíclicos, que sofrem mais durante a pandemia.

ENQUANTO isso, os índices  S&P 500 e Nasdaq da bolsa americana estão apenas 13% e 5%, respectivamente, abaixo de suas máximas históricas. O setor de tecnologia já tem alta no ano, dado que empresas de Growth (alto crescimento) superam as de Value (valor descontado), abrindo a maior diferença da história.

Tese de alta: Sabemos que investidores precificam a melhora 3-4 meses antes, e que os mais de US$ 7tri em ambiente de juro zero impulsionarão uma rápida recuperação nos EUA. Tese de baixa: Dado que preços sobem e lucros encolhem, já foi precificado um cenário bastante positivo. Realização no curto prazo é uma possibilidade.

Em todo caso, o longo prazo nos EUA é construtivo, e algumas empresas estarão melhores posicionadas do que outras. Essa foi a semana dos jogos eletrônicos, que foram impulsionados pela quarentena. Gastos com aplicativos de jogos cresceram 55% e a App Store teve o melhor mês em 2 anos e meio, enquanto a Activision Blizzard superou expectativa de lucro em 53%, Nintendo vendeu 170 milhões de unidades de software e EA registrou engajamento recorde no jogo NFL 20.

Academia caseira e hambúrgueres veganos também estão em alta; Peloton (bikes conectadas na internet) registrou 890 mil usuários fitness e Beyond Meat (burger de... não-carne) cresceu 140%.

Por outro lado, Hilton perdeu 90% da receita dos seus 6 mil hotéis, e as 5 principais companhias aéreas do mundo (Delta, United, AA, Lufthansa e Air France), juntas, tem apenas 2/3 (US$ 30bi) do valor de mercado da empresa de vídeo-conferencia Zoom (US$ 44bi). Warren Buffet disse para nunca apostar contra a América (exceto as aéreas, das quais vendeu US$ 4bi).

Dado o atual nível de preços, onde mais encontrar oportunidades? Uber entregou prejuízo pelo 22º trimestre consecutivo e a ação sobe 18% desde a divulgação do resultado. Oportunidade? Irracionalidade. Disney demitiu 100 mil, cancelou dividendos e atrasou lançamentos, mas se reinventa há 100 anos e a entrada no mercado de streaming bate as melhores expectativas – a ação cai 25% no ano. Oportunidade? Visão de longo prazo.

No final do dia, o mercado continua apostando nas FAAMGs (Facebook, Apple, Amazon, Microsoft e Google), e se protegendo do fantasma da inflação.

conteudos.xpi.com.br/internacional

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