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Meta busca desenvolver mais recursos pagos no Instagram, Facebook e WhatsApp – 🌎 Radar Global

Novos recursos pagos nas plataformas da Meta, Pinduoduo avança nos EUA e chips da Nvidia em veículos chineses.

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MACRO

Mercados globais amanhecem mistos (EUA +0,1% e Europa -1,2%) à medida que temores com o agravamento da crise de energética aumentaram na Europa e o euro caiu para seu nível mais baixo das duas últimas décadas. Nos EUA, as bolsas permanecerão fechadas em virtude do feriado do Dia do Trabalho. Na Europa, a Gazprom anunciou corte no abastecimento de gás natural através do Nordstream 1 por tempo indeterminado. O anúncio ocorreu logo após decisão do G-7 de estabelecer um preço-teto para o gás natural russo, em tentativa de limitar o financiamento da guerra contra a Ucrânia. Os novos cortes catalisaram temores com o rumo econômico do continente e, participantes do mercado já consideram uma recessão inevitável na região. Na China, o índice de Hang Seng (-1,2%) encerra em seu nível mais baixo dos últimos 5 meses, em meio aos novos lockdowns e a crescente tensão entre EUA e China em relação às exportações de chips de alta tecnologia. Nesta segunda-feira, 33 cidades chinesas se encontram com algum tipo de restrição de mobilidade para a contenção do avanço no número de casos da Covid-19.

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EMPRESAS

Meta busca alavancar novas fontes de receita em suas plataformas: A Meta Platforms está montando um novo grupo que se concentrará na criação de produtos e recursos pagos para suas plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp. O grupo, chamado de New Monetization Experiences, será liderado por Pratiti Raychoudhury, que anteriormente era chefe de pesquisa da Meta, informou o veículo de notícias Verge. "Qualquer novo produto será complementar ao nosso negócio de anúncios existente", disse um porta-voz à Reuters em um comunicado por e-mail. A mudança colocaria a Meta no mesmo caminho que empresas como Snap e Twitter que lançaram programas de assinatura para desbloquear recursos adicionais.

A empresa não tem planos de permitir que os usuários paguem para desativar os anúncios e está comprometida com o crescimento desta vertical, que sempre foi o seu negócio principal, disse John Hegeman, chefe de anúncios e produtos comerciais da Meta, em entrevista. Ainda assim Hegeman complementa que a longo prazo, a Meta vê os recursos pagos se tornando uma parte mais significativa de seus negócios. Enxergamos com bons olhos esta nova frente da companhia, visto que a mesma parece não medir esforços para contornar o momento conturbado que enfrenta. No mês passado, a empresa registrou sua primeira queda trimestral na receita, em consequência dos temores de recessão e as pressões competitivas arrastaram as vendas de anúncios.

Pinduoduo lança site de compras on-line nos EUA: A gigante do e-commerce chinês fez seu primeiro grande impulso no exterior lançando seu site nos EUA. O site chamado Temu, que entrou no ar na quinta-feira, lista itens em várias categorias, incluindo roupas, joias, suprimentos para animais de estimação, entre outros e pode representar um novo desafio para a líder do comércio eletrônico dos EUA, a Amazon. Temu marca a maior investida da Pinduoduo no exterior, já que a economia doméstica chinesa enfrenta vários desafios, desde o ressurgimento do Covid-19 até uma crise de energia. As maiores empresas de tecnologia da China, da Tencent aos rivais de comércio eletrônico da Pinduoduo, Alibaba e JD.com, também continuam buscando mercados internacionais.

A Pinduoduo pode enfrentar alguns desafios para conquistar o mercado dos EUA. Primeiro, será necessário construir uma sólida reputação da marca, assim como a da Amazon. Segundo, a companhia pode sofrer com seus tempos de envio relativamente longos em comparação com as entregas no mesmo dia ou no dia seguinte que a Amazon oferece por meio de seus serviços do Amazon Prime. Os “principais desafios de Temu serão cultivar a confiança e a conscientização entre os clientes”, disse Jacob Cooke, CEO da WPIC. Por outro lado, a Temu pode ter uma vantagem devido aos “relacionamentos existentes com fabricantes de baixo custo na China que talvez ainda não tenham se expandido para os EUA”, disse Cooke. O mercado seguirá monitorando o avanço da empresa, vale ressaltar que a Pinduoduo cresceu rapidamente em seus sete anos de história e se tornou uma das maiores empresas de comércio eletrônico da China. Atualmente, a companhia vale cerca de US$ 87 bilhões.

Empresas de carros elétricos da China, que dependem fortemente da Nvidia, estão seguras da proibição de chips dos EUA:  A CNBC informou que as restrições dos EUA às vendas de chips da Nvidia para a China não afetarão as empresas chinesas de carros elétricos, uma vez que essas companhias estão usando sistemas automotivos que não incluem os produtos sancionados. As ações da fabricante de chips caíram cerca de 13% nesta semana depois que a empresa divulgou novas restrições dos EUA sobre suas exportações para a China, afetando cerca de US$ 400 milhões em vendas potenciais no trimestre atual.

Na China, o chip Nvidia Drive Orin tornou-se uma parte essencial da tecnologia de direção assistida das montadoras elétricas. Esses sistemas de direção semiautônomos são um importante ponto de venda para as empresas no que se tornou um mercado extremamente competitivo na China. Algumas montadoras também estão usando o chip Xavier da Nvidia. O setor automotivo é uma parte relativamente pequena, mas em rápido crescimento, dos negócios da Nvidia. As novas regras dos EUA são projetadas para reduzir o risco de apoiar as forças armadas chinesas à medida que as tensões geopolíticas entre os países se intensificam.

ANÁLISE

Fonte: Bloomberg

Número de navios porta-contêineres na fila de portos nos EUA atinge mínima:  O gráfico acima, da Bloomberg, mostra que o número de navios porta-contêineres com destino aos portos de Los Angeles e Long Beach na Califórnia, caiu para o nível mais baixo desde que o gargalo começou a se formar há dois anos, recuando -93,1%. O engarrafamento que já simbolizava o consumo americano durante a pandemia, começou a se formar há dois anos, com a pandemia de Covid-19, que forçava os navios a esperarem duas semanas ou mais, contribuindo para taxas recordes de frete marítimo que ajudaram a inflamar a inflação, que agora aflige economias dos EUA à Europa. Embora as autoridades tenham mudado a forma como os navios entravam na fila em novembro de 2021, o que contribuiu para um menor engarrafamento, a contagem cada vez menor de navios reflete uma desaceleração na demanda do consumidor.

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