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Lockdowns na Europa, Biden vs. Xi e Projeto Titã – 🌎Mundo em 60s

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Ações europeias e inglesas fecharam a semana em queda, refletindo novas preocupações com a alta nos casos de COVID-19 na região e a possibilidade de alastramento de novas medidas de confinamento, que já se iniciam na Áustria a partir de segunda-feira. Na ponta oposta, empresas de tecnologia (Nasdaq 100 +2,4% na semana) se beneficiaram de um recuo nas taxas de juros americanas de 10 anos antes da decisão de Joe Biden sobre quem será o novo presidente do Federal Reserve americano.

Setores: Na ponta negativa, o setor óleo e gás (-4,8%) fechou em queda pela 4ª semana consecutiva ao passo que aumentam as incertezas quanto a uma possível queda na demanda em países europeus, fruto de novos confinamentos. Além disso, o governo Biden tem entrado em contato com outras potências para que elas liberem a mercado parte de suas reservas de combustíveis fósseis. Na ponta positiva, o setor de consumo discricionário (+3,7%) foi novamente puxado pela Tesla que pode se beneficiar da decisão do Congresso americano sobre lei de subsídios para montadoras elétricas.


As 5 histórias da semana

1. Project Titan

A Apple deve acelerar o desenvolvimento de seu "Projeto Titã", focado na criação de um veículo elétrico 100% autônomo. O recém-contratado diretor de software do Apple Watch, Kevin Lynch, estaria buscando lançar o 1º automóvel da Apple apenas quando a empresa possuir a tecnologia de direção automática completa, ou seja, que não necessite de intervenção humana para utilização. A meta interna da empresa é ambiciosa e busca finalizar o desenvolvimento do veículo ainda em 2025, o que irá depender de uma capacidade de execução que já é um desafio para outras grandes empresas de tecnologia, como a Tesla (dona do FSD), Google (dona do Waymo) e Uber (que vendeu seu segmento de autônomos).

O projeto, que já completou 7 anos dentro da empresa e viu 5 diferentes líderes, acaba de finalizar o desenvolvimento da arquitetura dos processadores que serão utilizados para o sistema de direção. Portanto, a Apple pode começar a testá-los em sua frota de 69 SUVs na Califórnia. Ações da empresa subiram +6,5% na semana após a divulgação deste relatório pelo Bloomberg.

2. Encontro (virtual) de Biden e Xi

Os dois líderes das principais economias mundiais reuníram-se por videoconferência num encontro de mais de 3 horas. Apesar da duração acima do esperado, a única ação concreta que se estabeleceu depois da discussão foi um acordo para que a China acelerasse a autorização para a reentrada de oficiais e executivos americanos no país.

Videoconferência entre Biden e Xi.

Para a Casa Branca, "foi discutida a relação entre os dois países e a importância de se gerir esta competição com responsabilidade", mas, em relação à Taiwan, Xi deixou clara a sua intenção de reunificação da ilha, alertando que estão preparados para "tomar medidas drásticas", se necessário. Olhando para frente, as duas potências concordaram com a necessidade de se encontrar soluções efetivas para os atuais desafios globais de mudanças climáticas e da pandemia.

3. Reduz risco do setor imobiliário chinês

Autoridades chinesas planejam reautorizar a emissão de créditos colateralizados por parte das imobiliárias do país após 3 meses de congelamento, que buscou isolar as empresas mais "saudáveis" da crise de crédito. Uma das principais preocupações em relação ao mercado chinês é que as suas construtoras, incorporadoras e imobiliárias (como a Evergrande), não sejam capazes de honrar suas dívidas bilionárias, contaminando a economia como um todo.

Rendimento dos "Junk Bonds" chineses cai vs. recente recorde histórico

A partir de agora, incorporadoras de "alta qualidade" poderão emitir estes títulos para realizarem o pagamento de suas dívidas. Apenas em abril de 2021, foram emitidos US$ 150bi em créditos colateralizados por essa indústria, mas as emissões foram zeradas desde agosto, quando o governo interviu, uma vez que as dívidas de companhias de "baixa qualidade" estavam se alastrando para pares e setores melhores classificados, como bancos e até mesmo empresas de tecnologia.

4. FAAMGs: Os últimos serão os primeiros?

Para o Goldman Sachs, sim. O banco americano colocou a Amazon (AMZN34) como top pick de sua carteira de tecnologia para o ano de 2022, citando que a empresa, que performou abaixo de seus pares (FAAMGs) em 2021 está bem posicionada para reduzir esta distância.

Em 2021, apesar de uma alta significativa de 10%, a empresa enfrentou ventos contrários em seu segmento de e-commerce, uma vez que teve de lidar com a reabertura econômica, gargalos nas cadeias de produção e crescente custo de mão-de-obra pressionando suas margens de lucro, além de uma base ruim de comparação, uma vez que 2020 foi um ano de forte expansão do comércio digital. O banco possui um preço-alvo de US$ 4,100 para as ações listadas em NY, implicando um upside de 16% após 16 meses de performance abaixo de seus pares.

5. Novas restrições na Europa

A Áustria anunciou um novo confinamento a nível nacional, a iniciar-se a partir de segunda-feira, após nova onda de contágio atingir recorde na região. Todo serviço não-essencial, como varejistas, restaurantes, lazer e turismo serão fechados, possivelmente recriando a situação econômica vivida no auge dos lockdowns em 2020.

Investidores agora monitoram a Alemanha, que possui a maior relevância econômica para o bloco europeu, mas dá sinais de estabelecer novas medidas restritivas: na quinta-feira, o governo anunciou aumento de pressão para que a população se vacine, restringindo atividades aos não-vacinados. De acordo com o OurWorldInData, 68% da população da Áustria tomou ao menos 1 dose da vacina, 67% na Alemanha, 69% nos EUA e 76% no Brasil. Ações da Lufthansa e da Air-France caem -11% e -8% na semana, respectivamente.

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