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Fed não pausa ciclo de alta de juros | 🌎 Top 5 temas globais da semana

Confira os temas globais mais relevantes e que movimentaram os mercados na semana.

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1. Juros sobem nos EUA mesmo com preocupações relacionadas ao sistema financeiro

O grande tema da semana nos mercados globais foi a decisão de política monetária nos EUA. Nesta quarta-feira (22), o Federal Reserve decidiu seguir com o ciclo de altas na taxa de juros americano, como amplamente esperado. A autoridade monetária optou por uma elevação de 25 pontos-base, reiterou que o sistema bancário dos EUA segue saudável e pretende continuar com uma postura firme para controlar a inflação. Powell também pontuou que cortes de juros não fazem parte de seu cenário base para 2023. Confira a avaliação da decisão pelo nosso time de economia global.

Fonte: Bloomberg, XP Research. Dados de 20/03/2023.
Fonte: Bloomberg, XP Research. Dados de 23/03/2023.

Mercado vs. Fed: quem estará certo no final? A reação do mercado após a conferência de Powell foi negativa e o S&P 500 fechou em queda no dia. Houve também uma mudança significativa na precificação da taxa terminal. Na segunda-feira (20), investidores precificavam dois cortes de juros até o final do ano, e agora já consideram quase quatro. Mantemos uma postura cautelosa em relação aos ativos americanos, ainda monitorando os avanços na crise bancária global, e novos dados de inflação que serão fundamentais para entender o rumo da política monetária e o direcionamento de mercado.

2. UBS compra Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões

O gigante suíço, UBS, concordou em comprar seu rival em dificuldades, Credit Suisse, por cerca de US $ 3,2 bilhões neste último domingo (19). O Credit Suisse, que já possuía um histórico de reestruturação e estresse financeiro, acabou adicionando mais um capítulo na crise bancária global, iniciada pelo Silicon Valley Bank. A aquisição contou com a ajuda dos reguladores suíços, que agiram rapidamente para controlar riscos de contágio no sistema financeiro.

O Banco Nacional da Suíça prometeu um empréstimo de até 100 bilhões de francos suíços (US$ 108 bilhões) para apoiar a aquisição. O governo suíço também concedeu uma garantia para assumir perdas de até 9 bilhões de francos suíços de certos ativos a fim de reduzir quaisquer riscos para o UBS. Por fim, os termos da aquisição incluem o recebimento de 1 ação UBS para cada 22,48 ações detidas por investidores do Credit Suisse. A combinação dos dois bancos formará um gigante com mais de US$ 5 trilhões em ativos sob gestão

3. O último recurso do First Republic Bank?

As ações do First Republic Bank seguiram em tendência de queda nesta semana. Na segunda-feira, a agência de crédito, Standard & Poor's, rebaixou novamente o risco de crédito da companhia para "junk", ou seja, bem elevado. O rebaixamento da S&P ocorreu mesmo depois que 11 bancos, incluindo JPMorgan Chase e PNC, concordaram em depositar US$ 30 bilhões no First Republic para reestabelecer a confiança na liquidez da empresa.

Os esforços dos bancos privados para ajudar vêm depois de medidas dos reguladores federais para aliviar a pressão sobre o setor bancário. Isso inclui um Programa de Financiamento que permite aos bancos o acesso à reservas de liquidez diretamente no banco central americano. E daqui pra frente? A venda do First Republic para um banco maior ainda não está descartada. Este movimento seria similar ao que ocorreu entre o UBS e Credit Suisse e aos que ocorreram em 2008. No entanto, a falta de garantias oferecidas pelos reguladores aos potenciais compradores parece limitar o apetite por risco nesta transação.

4. Resultados da Nike surpreendem estimativas

Nike superou tanto as estimativas de receita US$ 12,4bi vs. US$ 11,5bi, quanto as de lucro por ação US$ 0,79 vs. US$ 0,54. Embora os números tenham sido positivos, as preocupações com o grande acúmulo de estoques e as vendas na China preocuparam os investidores.

A Nike, assim como outras varejistas, está no processo de liquidar o excesso de estoque causado pelos maiores volumes de pedidos realizados durante o congestionamento das cadeias de abastecimento e a queda na demanda dos consumidores finais. A "queima" deste estoque têm levado a companhia a reduzir preços, o que tem pesado nas margens. A margem bruta recuou para 43,3% no último trimestre, uma queda de 3,3 pontos percentuais. O CEO da Nike, John Donahoe, comunicou ao mercado que acredita que a companhia já tenha passado pelo pico de acúmulo de estoque, porém espera que as margens continuem sofrendo impacto no curto prazo.

O caminho para a recuperação na China: a Nike segue em busca de uma recuperação nas vendas na China, seu terceiro maior mercado em receita, enquanto a região se recupera da pandemia de Covid. As vendas na região caíram 8% no terceiro trimestre fiscal, para US$ 1,99 bilhão, apesar do fim da política de Covid-zero. Os analistas de Wall Street projetavam vendas em torno de US$ 2,09 bilhões, segundo estimativas da StreetAccount. Mas as vendas na China têm sido fracas, pois os consumidores ainda enfrentam lockdowns em certas regiões e saltos nas infecções. Embora algumas atividades tenham começado a se recuperar, os consumidores ainda não voltaram aos níveis de compras pré-pandemia, de acordo com o Citi.

Fora da China, a Nike teve aumentos de vendas de dois dígitos em todos os seus outros mercados. As vendas na América do Norte aumentaram 27% e na Europa, Oriente Médio e África, a receita aumentou 17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na Ásia-Pacífico e na América Latina, as vendas aumentaram 10%.

Citando seu forte desempenho no trimestre, a Nike agora espera que a receita do ano fiscal cresça em um dígito alto, em comparação com a orientação de um dígito médio fornecida no trimestre anterior. Ela espera que as margens brutas diminuam 2,5 pontos percentuais, que é o limite inferior da faixa do guidance anterior e reflete os esforços contínuos da Nike para liquidar o excesso de estoque, juntamente com outros custos. Para o próximo trimestre, a companhia espera um crescimento de receita estável de cerca de um dígito.

5. Novas demissões na Amazon e CEO sob pressão

Amazon demitirá outros 9 mil funcionários nas próximas semanas. Estes cortes se somam às 18 mil demissões que a gigante do comércio eletrônico executou entre novembro e janeiro. Embora uma grande redução dos custos de funcionários já tenha ocorrido, alguns participantes do mercado acham que ainda podem ocorrer mais.

A decisão marca mais um momento difícil para o CEO Andy Jassy, ​​que substituiu o fundador Jeff Bezos, há quase dois anos. Neste período, as ações da Amazon já acumulam queda de 44%, pois o forte período de crescimento da empresa arrefeceu após o fim dos fortes ventos de cauda provenientes da pandemia. No momento atual, enquanto ele agora está cortando custos, Jassy enfrentará intensa pressão para reacender o crescimento e fazer jus ao valuation elevado que o mercado atribui ao papel (37x P/L próx. 12 meses).

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