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🌎 RADAR GLOBAL: China vs. Tech

Virgin Galactic no espaço, vendas da Airbus e China vs. Tech.

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MACRO

Bolsas internacionais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA 0% e Europa -0,1%) enquanto investidores aguardam dados da inflação americana de junho, estimada pelo consenso em +5% a.a., e o início da temporada de resultados. Hoje divulgam: J.P. Morgan, Goldman Sachs e PepsiCo. Amanhã: Bank of America, Citi, BlackRock e Wells Fargo. Na China (+0,2%), investidores reagem positivamente a um aumento de +32,2% nos volumes de exportação comparado ao mesmo período de 2020.

Coronavírus: OMS sugere que países com altos níveis de vacinação não peçam vacinas de reforço enquanto nações pobres e de renda média ainda não receberam imunização contra o vírus. Para autoridades, as vacinas devem ser direcionadas para o COVAX, o programa de compartilhamento de imunizantes a fim de suprir a demanda no mundo subdesenvolvido. 

EMPRESAS

Voos espaciais: O empresário britânico Richard Branson, após embarcar no foguete de sua companhia Virgin Galactic e atingir o espaço em uma viagem que durou 15 minutos, deu início a uma nova indústria de turismo sideral. Posteriormente ao evento que ocorreu ontem, investidores globais mostraram-se otimistas ao passo que a ação da companhia saltava +9% no período pré-mercado. Em contrapartida, devido a um anúncio afirmando que a empresa fará emissão de novas ações, a ação acabou caindo -15,2% durante o dia. 

Mercado nichado: Atualmente, o preço para embarcar em um foguete da Virgin Galactic fica em torno de US$ 250 mil, tornando o seu mercado endereçável reduzido a uma parcela de consumidores de alto poder aquisitivo. Por outro lado, com o primeiro passo dado, a tendência é que com o aumento da concorrência, investimentos e avanços tecnológicos, esta indústria se torne cada vez mais acessível.  

Disputa bilionária: A concorrência não é extensa, porém de alta qualidade, Jeff Bezos, o ex-CEO da Amazon, está a 8 dias do primeiro lançamento de sua companhia Blue Origin; e a SpaceX do Elon Musk, também planeja lançamentos em breve. Somadas, as empresas de Jeff e Richard já somam US$ 102mi em faturamento com passagens espaciais. De acordo com o banco UBS, a indústria de turismo espacial poderá atingir uma receita anual de US$ 4bi até 2030. 

Voos convencionais: As ações da Airbus subiram +4,2%, após divulgarem um crescimento de +57% no número total de aeronaves entregues, totalizando 297 para o 1º semestre de 2021. Só no mês de junho, à medida que reabertura econômica aumenta a demanda por vôos, 70 aviões foram entregues, colocando a Airbus no caminho para atingir sua meta de 500 aeronaves neste ano, perto das 566 em 2020. Enquanto isso, a rival americana Boeing entregou 118 aeronaves em junho, de acordo com o Planespotter. Somadas, a Airbus e a Boing detêm 91% de participação do mercado global.

O setor: O mercado de aeronaves comerciais foi avaliado em US$ 85 bilhões em 2020 e está projetado para atingir US$ 194 bilhões em 2026 com um a taxa de crescimento anual de +9,9% de acordo com a Mordor Intelligence. A pandemia afetou o tráfego aéreo global em 2020, reduzindo os voos e provocando redução no fluxos de caixa das companhias aéreas, que cancelaram ou adiaram seus pedidos de aeronaves. Apesar da boa recuperação volume de entregas, o tráfego de passageiros só deve se recuperar totalmente em 3 ou 4 anos para níveis pré-pandemia, além disso, a substituição das viagens corporativas por encontros remotos também posta uma dificuldade de longo prazo para estas empresas.

China vs. Tech: A ByteDance (dona do TikTok), avaliada em US$ 180 bilhões, suspendeu indefinidamente suas intenções de listar a empresa nos EUA e Hong Kong após autoridades governamentais alertarem sobre os riscos de segurança de dados. A Didi (dona do 99),  que arrecadou US$ 4,4 bilhões em seu IPO na NYSE, também foi obrigada a retirar o seu aplicativo de diversas lojas de apps, acusada de coleta de dados pessoais ilegalmente. Suas ações caíram -2,7% na segunda-feira. Outras empresas também estão sendo acompanhadas pelo governo, incluindo a varejista Alibaba e o delivery online “Meituan”. 

Olhando o cenário: A China tem reforçado a fiscalização sobre suas empresas de tecnologia, sob pretexto de aumentar a competição de mercado e proteger a coleta de dados a fim de evitar vazamento de informações sensíveis de sua população. A ação do governo tem aumentado a percepção de risco do investidor, fazendo com que muitos desfaçam suas posições na região; o ETF XINA11, por exemplo, já acumula queda de -23% desde meados de fevereiro. As Big Tech do país, como Alibaba e Tencent, ainda possuem bons fundamentos, perspectiva de crescimento e negociam com valuation descontado em relação ao histórico, no entanto, no curto-prazo, o risco político ainda deve pesar sobre os múltiplos destas ações.

ANÁLISES

Fonte: Bank of America

Dose de realismo em meio à euforia: Dentre inúmeras boas notícias internacionais, como o aumento de projeção do PIB europeu, retomadas econômicas ao redor do mundo, e o aumento de projeções de lucros para as empresas por parte dos analistas, o Bank of America divulgou um gráfico do Preço/Lucro do S&P 500, mostrando que o atual nível de valuation é o mais alto dos últimos 100 anos. Embora não haja motivo para grandes preocupações em relação a um crash, mesmo que sendo possível devido a nova variante delta do covid-19, o atual patamar de valuation, acaba criando uma assimetria desfavorável para ganhos e favorável para uma eventual correção. O mercado americano parece precificar um bom resultado das empresas no segundo trimestre de 2021, reduzindo o potencial de apreciação para surpresas positivas e deixando espaço para uma correção, caso empresas não cumpram com as elevadas expectativas. 

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