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Buffett segue vendendo, legado de Xi e rival da Tesla – 🌎Mundo em 60s

O que você precisa saber dos mercados globais nesta semana

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Bolsas: Num ano marcado pela forte performance dos mercados desenvolvidos, países emergentes recuperaram parcialmente as suas perdas nesta semana, com a China subindo +1% e o Brasil +1,7%. Nos EUA (-0,4%), ações de crescimento, principalmente de tecnologia (Nasdaq 100 -1,1%) e consumo discricionário, foram penalizadas com a alta nos juros americanos, uma vez que os dados de inflação mostraram o maior ritmo de alta nos preços dos últimos 30 anos, trazendo nova pressão para o Federal Reserve em adiantar a contração de sua política monetária.

Setores: Na ponta negativa, o setor de consumo discricionário (-3,6%) foi negativamente impactado pela queda nas ações da Tesla, ocasionado pela venda anunciada de US$ 5bi por Elon Musk, cumprindo, até então, parte do que havia sugerido em sua enquete no Twitter. Petrolíferas (-1,5%) foram puxadas pela 3ª semana de queda consecutiva nos preços do petróleo, uma vez que participantes do mercado ponderam os impactos de decisões do governo Biden para tentar controlar o valor do barril (US$ 82,2).


As 5 histórias da semana

1. Buffett continua vendendo ações

Após performance estelar desde o pico da pandemia, o S&P 500 e o Nasdaq 100 seguem renovando diariamente suas máximas históricas. No entanto, o Oráculo de Omaha, por meio da Berkshire Hathaway, continua realizando lucros de seus investimentos aos poucos. No último trimestre, a empresa vendeu US$ 2 bilhões em ações a mais do que comprou, fazendo seu caixa alcançar os US$ 149,2 bilhões. É a 1ª vez desde 2008 que Buffett vende mais do que compra em 4 trimestres consecutivos, sinalizando o desconforto do value investor, ou investidor de valor, com os atuais níveis de preços do mercado.

Fonte: IR da companhia, Bloomberg

Apesar disso, o megainvestidor permanece "comprado" em suas principais teses, uma vez que nos últimos 9 meses, a redução de US$ 7bi na carteira da empresa representa apenas 2,2% de seu portfólio.

2. Xi para a eternidade?

Xi Jinping, líder do Partido Comunista Chinês, foi elevado ao patamar de Mao Tsé e Deng Xiaoping pelas autoridades locais. Após um plenário em Pequim, foi liberado um documento endossado por 400 membros das elites partidárias e militares que apoiam "um país unido ao redor do partido e com Xi no núcleo". Um evento deste tipo não ocorria na China há 40 anos, sugerindo que o atual líder pode adquirir poder vitalício, tal como ocorreu com os 2 últimos grandes políticos do país.

Xi Jinping em plenário do PCCh
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O documento cita a importância de Xi olhando para as próximas 3 décadas como central para que o país alcance as suas metas. Mudanças relevantes? Para analistas da Trivium China, a decisão do partido em emitir nota histórica não indica qualquer mudança nas políticas do país, mas reforçou seus objetivos de "prosperidade comum", batalha contra a desigualdade, "autossuficiência" tecnológica e desenvolvimento de "qualidade".

Biden e Xi devem se reunir em cúpula virtual na semana que vem.

3. No Dia dos Solteiros, comentários positivos sobre a China

O dia 11 de novembro, ou Singles Day, na China é marcado por um evento de descontos dos comerciantes do país. Para se ter uma ideia, desde 2018 esta data é marcada por altos volumes de mercadorias transacionadas, que superam a Black Friday, Cyber Monday, Thanksgiving e Prime Day nos EUA somados.

Nesta mesma data, nosso Head de Equities da XP Advisory nos EUA, Paulo Gitz, apontou que 3 grandes casas americanas (Morgan Stanley, Goldman Sachs e J.P. Morgan) aprimoraram ou reiteraram as suas recomendações de compra para a região, indicando que (1) há sinais de melhorias no ambiente regulatório, (2) valuations permanecem atrativos apesar das incertezas e (3) as ações chinesas estão numa transição do ciclo de "desespero", marcado por queda acentuada nas ações para a fase de "esperança", na qual podemos presenciar uma expansão de múltiplos para as empresas.

4. Tesla ganha rival à altura?

Nesta semana, presenciamos a realização do maior IPO do ano. A Rivian, montadora elétrica investida da Amazon foi avaliada em US$ 76,4bi no lançamento de suas ações, praticamente triplicando o seu valuation de US$ 27,6bi em janeiro deste ano, quando ainda era privada.

Seu valor de mercado já ultrapassa as grandes montadoras tradicionais dos EUA, GM (GMCO34) e Ford (FDMO34) que planejam investir US$ 35bi e US$ 11bi na eletrificação de sua frota. Apesar do valor surpreendente, a Rivian ainda enfrentará vários desafios de execução, sendo o primeiro deles alcançar sua meta de produzir 150 mil veículos até o final de 2023, bem como aprimorar a sua operação, que deu prejuízo líquido de US$ 1bi durante a primeira metade de 2021.

5. Maior ritmo de inflação nos EUA dos últimos 30 anos

O índice de inflação americana (CPI) subiu 6,2% vs. outubro de 2020, puxado por preços de energia, casas, alimentação e veículos, pressionando o Federal Reserve a antecipar o início do ciclo de alta dos juros "quase-zero" nos EUA. A alta demanda por parte do consumidor somada aos gargalos globais nas cadeias produtivas persistem pressionando os preços dos ativos como um todo.

Fonte: BLS, Bloomberg

Apesar disso, grandes corporações ainda estão conseguindo repassar os preços aos clientes finais, impedindo que os custos de produção deteriorem as suas margens de lucro: O McDonald's "não viu resistência anormal" ao seu reajuste de preços, a 3M "continua ganhando tração em termos de preços" enquanto a Procter & Gamble "já anunciou aumentos em 9 de 10 categorias".

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