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Carteira Visionária (Moderada/Agressiva)- Julho 2022

O perfil visionário se refere ao investidor que enxerga além dos números de mercado que as telas mostram no curto prazo e possui objetivos ambiciosos de ganhos no longo prazo.

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A política de investimentos Visionária é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) desejam potencializar o risco da alocação mas sem abrir mão da diversificação e equilibro (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos  e não abre mão de uma boa oportunidade (iii) que desejam alocar recursos para médio/longo prazo (60 meses). Com uma dinâmica de alocação moderada para agressiva, a carteira busca potencializar o retorno sem abrir mão de unir segurança, liquidez e rentabilidade através da diversificação.

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Ter um perfil mais agressivo, pede ao investidor maior tolerância a riscos para o reconhecimento das oportunidades que os cenários mais voláteis podem oferecer. Por isso, a estratégia principal de uma carteira é a diversificação. A alocação desse portfólio combina um pouco do melhor de cada classe de ativos e busca os retornos dentro das diferentes dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no médio/longo prazo, já que possui exposição a ativos de riscos.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

Junho foi o mês em que os mercados pareceram ter abandonado a ideia de que poderíamos “apenas” enfrentar uma desaceleração econômica global. Analistas em geral passaram a atribuir algum grau de certeza de que teremos uma recessão na economia americana pelo menos nos próximos 12 meses.

De um lado temos a guerra na Ucrânia que está trazendo cada vez menos impactos ao mercado financeiro, mesmo que ainda tenha reflexos duros nas economias principalmente da Europa e EUA.  Dando uma trégua também, o pior momento dos lockdowns na China parece ter ficado para trás com a redução dos números de casos de COVID e a reabertura das principais cidades do país. Entretanto, o grau de aversão a risco dos investidores só aumentou ao longo de junho com as preocupações com o crescimento econômico, principalmente dos EUA, e a inflação que ainda se mostra alta e resiliente. Jerome Powell, presidente do Fed, reforçou o compromisso “incondicional” do banco central de conter a inflação, mesmo reconhecendo que taxas de juros acentuadamente mais altas podem aumentar o desemprego por lá. Com isso, os mercados de ações globais permaneceram altamente voláteis devido ao aperto monetário que está sendo sinalizado pelo Fed e principais bancos centrais do mundo, com exceção da China, Japão e alguns outros poucos BCs.

O impacto desse ambiente incerto no S&P500 e na Nasdaq foi intenso, levando ambos os índices a cair mais de 8% em junho, fechando o 1º semestre de 2022 com variações acumuladas de -21% e -30%, respectivamente, configurando um ambiente de bear market. As bolsas europeias e asiáticas em geral também não escaparam de ter um mês e um semestre bastante ruim, com exceção às bolsas chinesas que estão negativas em 2022, mas tiveram um mês de junho de forte recuperação.

E o nosso Ibovespa ? Ele apresentou o pior desempenho mensal desde março de 2020, com -11,50%, que o levou a uma variação de -5,99% nesse primeiro semestre do ano. Outros índices como o IFIX, de fundos imobiliários, e o IDIV de ações pagadoras de dividendos, também encerraram Junho no vermelho (-0,88% e -8,38%, respectivamente), porém com um destaque ao IDIV que ainda acumula retorno positivo em 2022 de +4,58%. Ainda por aqui, pudemos sentir não só os efeitos da crescente preocupação com uma possível e quase provável recessão, mas também fomos impactados pelo aumento do risco fiscal. O mercado segue de olho nas medidas do governo que trazem expansão de gastos e cortes de impostos para reduzir o impacto da alta de combustíveis. De qualquer forma, não houve mudança relevante nos níveis de inclinação das curvas de juros no mês, porque tanto taxas curtas quanto longas subiram por volta de 50 pontos-base em relação ao fim de maio.

Por fim, vimos uma maior volatilidade na taxa de câmbio e o Dólar se fortalecendo frente ao Real, com uma valorização de +10,15%. A recente queda nos preços das commodities globais e os juros passando a serem mais altos em vários países desenvolvidos, inclusive nos EUA, contribuíram para que o Real tivesse o pior desempenho desde março de 2020. Pelo lado positivo, a atividade econômica doméstica tem apresentado sinais de resiliência, justificando o movimento de revisões altistas nas projeções para o PIB de 2022 e as quedas nas taxas de desemprego.

Um primeiro semestre bastante desafiador fica para trás, com poucos sinais de que teremos um segundo semestre empolgante em termos de retornos para os ativos de risco. Muitos deles já parecem baratos há alguns meses, mas podem seguir ficando ainda mais baratos adiante. Cautela nos movimentos deverá ser a tônica nesse 2º semestre que começa com mais perguntas do que respostas.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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