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Carteira Visionária (Moderada/Agressiva)- Agosto 2022

O perfil visionário se refere ao investidor que enxerga além dos números de mercado que as telas mostram no curto prazo e possui objetivos ambiciosos de ganhos no longo prazo.

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A política de investimentos Visionária é recomendada para investidores com perfil Moderado, porém com diferentes objetivos desde aqueles investidores que (i) desejam potencializar o risco da alocação mas sem abrir mão da diversificação e equilibro (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimentos  e não abre mão de uma boa oportunidade (iii) que desejam alocar recursos para médio/longo prazo (60 meses). Com uma dinâmica de alocação moderada para agressiva, a carteira busca potencializar o retorno sem abrir mão de unir segurança, liquidez e rentabilidade através da diversificação.

Ter um perfil mais agressivo, pede ao investidor maior tolerância a riscos para o reconhecimento das oportunidades que os cenários mais voláteis podem oferecer. Por isso, a estratégia principal de uma carteira é a diversificação. A alocação desse portfólio combina um pouco do melhor de cada classe de ativos e busca os retornos dentro das diferentes dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no médio/longo prazo, já que possui exposição a ativos de riscos.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

O mês de julho tinha tudo para continuar sendo um mês duro para os ativos de risco, mas acabou sendo um mês de respiro, principalmente para as bolsas globais, inclusive a brasileira.

Dados e indicadores ruins não faltaram, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortando as projeções de crescimento global de 3,6% para 3,2% em 2022, a confiança do consumidor nos EUA caindo para o menor valor em quase um ano e meio, enquanto a inflação ao consumidor, medida pelo CPI, atingiu 9,1% nos últimos 12 meses, nova máxima em 40 anos. Para completar, o PIB norte-americano contraiu -0,9% no segundo trimestre, o segundo trimestre consecutivo de contração, o que o senso comum chama de “recessão técnica”.

Já a Europa viveu um mês conturbado quanto ao risco de fornecimento de energia. A estatal russa Gazprom disse que as exportações de gás através do gasoduto Nord Stream se manterão em cerca de 20% da capacidade do duto, levantando questões sobre a capacidade da Europa de evitar o fechamento de fábricas nos próximos meses. Os países da UE chegaram a um acordo para cortar o consumo de gás em 15% durante o inverno.

Ainda na Zona de Euro, foi anunciada em julho a primeira alta de juros em pouco mais de 1 década. O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros acima do esperado em 0,50 pp (de -0,5% para 0%) em resposta ao rápido aumento da inflação. Além disso, o BCE anunciou um novo plano de compra de dívida das economias mais vulneráveis da Europa, com o objetivo de reduzir o nervosismo nos mercados de títulos públicos e proteger a união monetária. O anúncio ajudou os juros dos títulos soberanos a cair marginalmente, apesar do aumento da taxa acima das expectativas.

Na China, representantes do governo afirmaram que vão priorizar a estabilidade de preços e não devem acelerar os gastos em infraestrutura para que o país atinja a meta de crescimento de 5,5% em 2022. Além disso, as autoridades reforçaram sua postura em relação à política de zero-covid.

Por mais antagônico que pareça, os dados ruins, principalmente da economia americana, commodities em queda, e a retórica considerada dovish do presidente do Fed, Jerome Powell, contribuíram para a visão de que o banco central americano vai ter que moderar o ritmo de aperto monetário em breve.

No Brasil, com a inflação medida pelo IPCA querendo dar sinais de arrefecimento, o destaque ficou por conta da aprovação da Emenda Constitucional que permite ao governo aumentar os gastos sociais este ano além do teto constitucional. Analistas de mercado acreditam que essa expansão fiscal concentrada manterá a demanda aquecida no segundo semestre, podendo forçar o banco central a elevar as taxas acima de 14%.

Com tudo isso, em julho o Ibovespa acumulou variação de +4,69% enquanto o S&P500 teve impressionante alta de +9,11% e o Nasdaq 12,35%. De volta ao Brasil, o IFIX subiu +0,66% e o IDIV, índice de ações pagadoras de dividendos, teve alta de +1,98%.

No câmbio, o dólar caiu ante outras moedas globais, com o índice DXY tendo recuado -0,42%. Já contra o Real a queda foi de -1,1%.

Por essas e outras que temos dificuldade em não recomendar exposição a quase todas as classes de ativos, na dose certa, para cada perfil de risco. Afinal, quem apostaria em uma alta dessas nas bolsas mesmo em meio a um cenário tão desafiador?

Onde alocar os recursos nesse cenário?

Nas imagens a seguir confira a alocação por classe de ativo para este mês e a sua evolução histórica:

Alocação Atual

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