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Carteira Destemida (Agressiva) – Janeiro 2024

O perfil destemido é indicado para clientes que estão no topo do perfil agressivo, e que sabe exatamente o que quer: ser sócio das melhores empresas do mundo ao lado dos melhores executivos.

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A política de investimento Destemida é recomendada para investidores com perfil Agressivo que já compreenderam o conceito de risco e por isso possuem alto grau de tolerância, e isso serve tanto para aqueles investidores que (i) sabem que para capturar boas oportunidades a volatilidade pode ser uma boa aliada, (ii) já possuem compreensão sobre as diversas classes e alternativas de investimento mas preferem maior exposição a ativos de renda variável, ou para aqueles investidores que (iii) desejam alocar recursos para um prazo maior que 8 anos e por isso possuem tolerância às volatilidades. Com a dinâmica mais agressiva de alocação, esta carteira busca potencializar o retorno mesmo que isso signifique maior volatilidade no portfólio.

Acreditar que a volatilidade pode trazer oportunidades exige uma análise dos fundamentos de cada investimento realizado, por esse motivo a alocação destemida não mede esforços para alavancar os riscos, já que abre a mão da liquidez para obter maiores retornos na alocação. A alocação do portfólio busca diversificação geográfica como o pilar principal de retorno, trazendo equilíbrio em diferentes setores e dinâmicas de rentabilidade. A alocação busca retornos no longo prazo, já que possui exposição a ativos de alto risco.

Confira carteiras recomendadas para todos os perfis:

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O que vimos do mês anterior

O último mês de 2023 foi marcado pela continuidade do otimismo observado nos mercados globais e domésticos em novembro, na esteira dos passos do banco central americano (Fed). O bom humor da reta final do ano ganhou força especialmente após a última reunião de política monetária da instituição, que trouxe uma mensagem relativamente mais branda, apesar da manutenção dos juros entre 5,25% e 5,50%, conforme o esperado. Além do destaque para o progresso considerável atingido na redução da inflação, os membros do comitê discutiram, pela primeira vez, o momento apropriado para início dos cortes da taxa básica de juros.
Nesse contexto, a curva de juros dos títulos do tesouro americano teve forte queda em seus vértices mais longos: a taxa das Treasuries de 10 anos, uma das principais referências no mercado de renda fixa global, teve queda de mais de 50 bps em dezembro, retornando a patamares abaixo de 3,9% (pouco mais de 2 meses após atingirem 5%). Vale lembrar que, quando as taxas caem, os preços sobem e os títulos se valorizam.
Os índices de renda variável também responderam positivamente a essa dinâmica, com o Nasdaq 100 subindo 6,0% até o dia 27/12 e o S&P500, 4,7%. Na mesma linha, apesar do tom mais duro do BC europeu se comparado ao Fed, tivemos altas nas bolsas europeias, acompanhando o fechamento das curvas de juros locais: o índice Stoxx 600 subia 3,7% até o dia 27/12. Já o índice global MSCI ACWI obteve alta de 4,7% em dezembro, com destaque para o desempenho de 8,3% dos mercados emergentes latino-americanos (medido pelo índice MSCI Emerging Latin America).
Do outro lado do mundo, as ações chinesas continuaram a registar um desempenho inferior ao dos seus pares globais nas últimas semanas, apesar de uma série de dados econômicos positivos e de medidas para dar ao sistema financeiro uma proteção extra contra a desaceleração do crescimento, cortando algumas taxas sobre depósitos.
Enquanto isso, os preços de commodities seguem auxiliando o processo de desinflação global, com o índice CRB em queda de -1,5% no mês, enquanto o petróleo Brent oscilou entre quedas e altas com o aumento das tensões geopolíticas sobre as condições de segurança das embarcações comerciais que operam no Mar Vermelho.
No Brasil, dezembro foi mais um mês de surpresas positivas no campo da atividade econômica, com o PIB do terceiro trimestre registrando praticamente estabilidade frente ao período anterior, porém acima da leve queda esperada por analistas.
Ainda em dezembro, o Copom seguiu seu processo de redução da taxa Selic com um novo corte de 0,5 pontos percentuais, para 11,75% ao ano. No âmbito fiscal, o apagar das luzes de 2023 trouxe relativa melhora na percepção de curto prazo, embora a perspectiva para as contas públicas no longo prazo siga afetando negativamente o risco país. Dezembro contou finalmente com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, que manteve a meta de déficit zero para o ano que vem, e com a aprovação final do texto da Reforma Tributária, que simplificará o sistema tributário atual. Além disso, a agência de classificação de riscos S&P elevou o rating soberano do Brasil, deixando com isso a nota de crédito do país dois degraus abaixo do patamar de grau de investimento.
Diante da relativa melhora dos ambientes doméstico, e, especialmente, internacional, os mercados tiveram desempenhos positivos no mês. O Ibovespa tem alta acima de 5,3%, enquanto o IFIX registrou crescimento acima de 3,8%, demonstrando uma performance mais forte dos fundos imobiliários em relação à alta tímida do mês anterior. Na renda fixa, o destaque foi a variação acima de 2,5% do índice IMA-B, que acompanha os preços dos títulos públicos indexados à inflação. Já o dólar cai mais de 2% contra o real no mês, caminhando para encerrar o ano próximo ao patamar de R$4,80.
O ano de 2023 mostrou a dificuldade que até mesmo investidores profissionais têm de acertar o momento exato de entrar ou sair de algum ativo ou classe de ativo. O comportamento dos ativos no ano reforçou como é mais relevante estar investido nas classes de ativos certas e na quantidade correta ao seu apetite a risco. Que lembremos disso por todo 2024 e adiante.

Onde alocar os recursos nesse cenário?

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