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Renda Fixa e Renda Variável Global: seu portfólio preparado para o mundo

O Brasil representa 0,6% do total mundial de títulos corporativos. Dessa forma, a Renda Fixa brasileira é apenas uma pequena parcela dos títulos corporativos ao redor mundo. E enquanto a renda fixa pode proteger, a renda variável global pode impulsionar o crescimento do patrimônio. O Brasil representa menos de 1% do mercado mundial de ações. […]

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O Brasil representa 0,6% do total mundial de títulos corporativos. Dessa forma, a Renda Fixa brasileira é apenas uma pequena parcela dos títulos corporativos ao redor mundo.

E enquanto a renda fixa pode proteger, a renda variável global pode impulsionar o crescimento do patrimônio.

O Brasil representa menos de 1% do mercado mundial de ações. Os EUA, mais de 60%. Além disso, a concentração setorial do mercado brasileiro é evidente: bancos e commodities dominam, enquanto setores como tecnologia e saúde são quase ausentes.

Investindo globalmente, você acessa:

• Empresas líderes em inovação, como: Apple, Amazon, Microsoft, Tesla.

• Setores de alto crescimento: biotecnologia, veículos elétricos, inteligência artificial.

• Economias mais estáveis e diversificadas.

Sobre a Renda Fixa Global

De acordo com dados da OCDE, no final de 2024, o estoque global de dívida em títulos corporativos atingiu US$ 35 trilhões, um aumento de 154% desde 2000. O crescimento segue em um ritmo importante, uma média anual de novas emissões de US$1,1 tri entre 2000 e 2008, aumentando para US$2,3 tri entre 2009 e 2023. Sendo importante reforçar que esse número se refere apenas ao universo de títulos corporativos. Se ampliarmos a ótica para incluir todo o mercado de Renda Fixa — considerando também títulos soberanos, dívidas de agências e instrumentos securitizados — o volume global de renda fixa se torna ainda mais expressivo.

O mercado norte-americano soma cerca de US$ 44,7 trilhões em títulos em circulação, sendo US$ 31,5 trilhões em papéis governamentais e US$ 13,2 trilhões em corporativos. No Brasil, esse universo é muito mais restrito: cerca de US$ 2,1 trilhões no total, com apenas US$ 0,4 trilhão em dívida corporativa.

Quando avaliamos a liquidez, a diferença segue relevante: nos EUA, o volume negociado diariamente em renda fixa gira em torno de US$ 962 bilhões por dia — sendo US$ 910 bilhões em papéis do governo e US$ 52,2 bilhões em corporativos. No Brasil, a média diária não chega a US$ 20 bilhões, com US$ 18,6 bilhões em governo e apenas US$ 0,8 bilhão em títulos corporativos.

Esses números reforçam a relevância da renda fixa internacional como ferramenta de diversificação. Além da maior profundidade e liquidez, o investidor passa a ter acesso a um ecossistema mais amplo de emissores, setores e estruturas — algo praticamente inalcançável operando apenas no mercado doméstico.

A relevância de ampliar o olhar para a renda fixa internacional não se limita apenas ao tamanho ou à liquidez dos mercados. O impacto da moeda também é crucial — e talvez o fator mais negligenciado por quem mantém 100% da carteira alocada em ativos locais.


O gráfico acima ilustra isso de forma clara: ele mostra o retorno acumulado do CDI entre 2016 e 2025 (estimado), tanto em reais quanto em dólares. Enquanto o CDI acumulou 178% em moeda local no período, esse mesmo retorno, quando convertido para dólar, cai para apenas 29%. A razão está na linha azul: a desvalorização do real frente ao dólar, que acumula cerca de -116% nesse intervalo.

Ou seja, o investidor que permaneceu no CDI pode ter tido a sensação de retorno sólido — mas, sob a ótica global, esse ganho foi significativamente corroído. Isso tem implicações diretas para quem:

  1. Planeja gastos em outra moeda além do Real (educação, viagens, sucessão internacional);
  2. Busca preservar poder de compra global;
  3. Ou simplesmente quer reduzir a exposição ao risco Brasil.

Entre as características da Renda Fixa Global, é possível destacar (i) uma maior estabilidade (menor volatilidade) dos seus ativos se comparados à renda variável; (ii) baixa correlação ou até correlação negativa com ativos de risco que a renda fixa internacional de alta qualidade pode apresentar e; (iii) a capacidade de proteção a grandes movimentos de correção dos mercados de ações, por exemplo.

Sobre a Renda Variável Global

O Brasil, representa menos de 1% de todas as ações negociadas pelo mundo.

Quando avaliamos mercado de renda variável global (através do índice de ações globais MSCI ACWI), o maior mercado é os EUA, que representa mais de 60% das ações globais, seguido pelo Japão que compõe 5,4% do mercado global, e pelo Reino Unido que equivale a 3,7%.

O mercado brasileiro é muito concentrado em empresas de setores como commodities e bancos. Por outro lado, ele é deficiente em companhias de setores como tecnologia e saúde. Portanto, o investidor que aloca somente no Brasil está perdendo a chance de ter exposição à temas de investimento que não se encontram aqui, como as grandes empresas americanas ou o crescente setor de tecnologia na Ásia.

“O mundo é grande mais para investir só no Brasil”

Entre os motivos para investir em Renda Variável Global:

  1. Exposição a empresas globais, muitas delas seculares, líderes de mercado e de qualidade com receitas em moedas fortes (Dólar e Euro, principalmente);
  2. Regiões e países com maior estabilidade macroeconômica;
  3. Gestores e fundos com boas práticas de governança – que tendem a ser mais resilientes em crises;
  4. Diversificação para a parcela de Renda Variável e redução de risco geral da carteira de investimento (menor volatilidade).

E se a volatilidade de curto prazo preocupar: lembre-se de não tentar acertar o timming exato de investir.

A capacidade do S&P 500 de se reinventar ao longo das décadas é outro argumento poderoso a favor da alocação Renda Variável Global. O gráfico 7 retrata a evolução do índice desde 1980 mostra como diferentes setores lideraram os ciclos de valorização, refletindo a dinâmica e a adaptabilidade da economia americana.


Nos anos 1980, o protagonismo era do setor de Petróleo. Nos anos 1990, o mercado foi impulsionado por empresas de Consumo e Saúde, refletindo o crescimento populacional e o fortalecimento da classe média global. Já nos anos 2000, o boom das empresas de tecnologia da era ponto com ditou o ritmo. E, desde 2010, o S&P tem sido liderado por uma combinação de Tecnologia e Consumo, refletindo a digitalização da economia e o avanço de plataformas globais.

Além disso, ao analisar o padrão de comportamento do S&P, é notável que o retorno de longo prazo está concentrado em poucos momentos do mercado. O estudo avaliou quase um século do S&P 500 e mostrou que apenas 0,04% dos dias – ou 30 pregões em 98 anos – foram responsáveis por 94% de todo o retorno acumulado no período. Ou seja, tentar acertar o “timing” de entrada e saída pode custar muito caro. A permanência no mercado é mais importante do que a precisão.

O gráfico de multiplicação de capital no S&P entre 1927 e 2025 reforça essa tese: um investidor que permaneceu investido multiplicou seu capital por 315 vezes. Ao perder apenas os 10 melhores dias, esse retorno caiu para 104 vezes. Perder os 20 melhores dias derrubou o número para 42 vezes, e ao perder os 30 dias mais fortes, o ganho desabou para 19 vezes – uma redução de 94% do retorno potencial.

3.1  Porque investir através de Fundos

Geridos por profissionais especializados, os fundos de investimentos buscam maximizar os retornos e minimizar os riscos para os cotistas. Eles permitem que investidores tenham acesso a estratégias de investimento que poderiam ser difíceis de implementar individualmente.

Além disso, os fundos oferecem a vantagem da diversificação, reduzindo a exposição a riscos específicos de ativos. Essa estrutura facilita o acesso a diferentes classes de ativos com um investimento inicial menor.

A diversificação é uma peça fundamental no quebra-cabeça dos investimentos, essencial para gerenciar riscos e maximizar retornos.

Vantagens:

Acesso à Gestão Profissional: Eles são geridos por profissionais experientes que têm conhecimento do mercado e das melhores práticas de investimento, proporcionando uma gestão ativa e estratégica dos recursos.

Diversificação de Ativos: Os fundos permitem que os investidores diversifiquem suas carteiras, reduzindo o risco ao espalhar investimentos por diferentes classes de ativos, setores e geografias.

Facilidade de Acesso: Investir em fundos é uma maneira prática de acessar mercados e ativos que poderiam ser difíceis de investir individualmente, como imóveis, ações de empresas estrangeiras ou títulos de renda fixa.

Redução de Risco: A diversificação e a gestão profissional ajudam a mitigar os riscos associados a investimentos individuais, proporcionando maior segurança aos investidores.

Flexibilidade e Liquidez: Muitos fundos oferecem opções de resgate e aplicação que permitem aos investidores ajustar suas posições conforme necessário, além de possibilitar investimentos com montantes iniciais menores.

O investidor que deseja acessar estratégias internacionais pode investir no Brasil, através de uma estrutura offshore, ou diretamente no exterior, através dos Mutual Funds. As principais diferenças serão abordadas na tabela a seguir. 

Em relação aos custos, as taxas cobradas pelos fundos de investimento – tanto no Brasil quanto no exterior – são destinadas a remunerar os diferentes prestadores de serviço envolvidos na atividade do fundo: Gestor, Administrador, Custodiante, Controlador, Auditor, entre outros.


No Brasil, as taxas relevantes para um fundo são a (i) taxa de administração e a (ii) taxa de performance. No exterior as taxas relevantes são (i) ongoing charges (na tradução livre, “custos recorrentes”) e (ii) performance fee (taxa de performance).  Além disso, para investimentos realizados diretamente no exterior, é importante verificar as taxas de negociação, bem como custos relacionados às remessas de câmbio.

Durante muitos anos, entre outras opções disponíveis no mercado, os fundos offshore ou feeder funds (investimento indireto que canaliza recursos de investidores para um fundo principal, geralmente no exterior) foram uma porta de entrada para os investidores brasileiros que buscavam exposição internacional.

No entanto, com o desenvolvimento do mercado (e da conta de investimentos global da XP), também é possível acessar as maiores gestoras do mundo de maneira direta, processo que oferece vantagens como: isenção de come-cotas, mitigação do risco de fronteira, entre outros.

Invista agora com os maiores investidores do mundo: os gestores de recursos.
Conheça a Plataforma de Fundos Internacionais da XP!

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