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Setor Agrícola no Brasil: Soja

Relatório realizado em conjunto com a Riza Asset

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Dando continuidade à série de matérias desenvolvidas em conjunto com Gustavo Germano e Rafael Brito, da Riza Asset, nas próximas semanas vamos abordar algumas das culturas predominantes no agronegócio brasileiro.

Nesta primeira matéria, decidimos abordar a principal cultura das propriedades detidas pelo Riza Terrax (RZTR11), a Soja.

Soja

A soja não está presente de forma tão clara no dia a dia do brasileiro como o açúcar ou o café. Isso porque as suas principais utilizações estão sob a forma de óleo de sojatofumolho de sojaleite de sojaproteína de soja, soja em grão e principalmente na composição de rações animais através do farelo de soja (principal fonte de proteínas). Entretanto, isso não quer dizer que ela não possua um papel extremamente relevante na economia, pelo contrário.

A soja também é muito importante na produção do Biodiesel, pois o óleo de soja responde por aproximadamente 75% da matéria-prima utilizada na fabricação do biocombustível. Recentemente o governo federal aumentou a mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel de 10% para 12%

Soja: Brasil

Durante 2020, percebemos um aumento de 9,5% na exportação do produto em relação ao ano anterior, atingindo 13,7% de participação nas exportações do Brasil, o que representa mais de 28 bilhões de dólares e, dessa forma, se mantém como principal produto exportado pelo nosso país. A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) revisou a safra brasileira de soja para aproximadamente 136 milhões de toneladas, um recorde histórico.

O órgão também alterou a estimativa de exportação nacional de 86,69 milhões de toneladas em 2021 para 83,42 milhões de toneladas. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de janeiro a julho/21 já somam 66,22 milhões de tons, aproximadamente 2,51 milhões de tons inferior à 2020.)

A relevância desse mercado, hoje já extremamente consolidado, cresce em um ritmo acelerado desde, principalmente, a safra de 1996/97, quando a partir dali tivemos poucos períodos de retração de área plantada, conforme gráfico abaixo.

Acompanhando o ritmo de evolução da área plantada, abaixo é possível observar o crescimento da produção (atividade de criação do produto) e a produtividade (relação entre o que é produzido pelos empregados e os recursos utilizados). A produção cresce de forma extremamente correlacionada com o crescimento da área plantada, enquanto a produtividade cresce de forma mais lenta, mas com perspectivas positivas, alavancada por novas técnicas agrícolas e novas tecnologias.

Importante ressaltar que o Brasil se destaca como um dos países mais desenvolvidos do ponto de vista de tecnologia empregada no agronegócio.

Dentro do Brasil, alguns estados se destacam como os principais produtores da oleaginosa, são eles: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. Historicamente, a produção de Soja se iniciou na região Sul e foi se expandindo principalmente para os estados do Centro-Oeste.

De qualquer forma, a relevância desses estados na liderança da produção ainda está muito atrelada à fatores relacionados às características de solo, clima e relevo.

Soja: Brasil e Mundo

O Brasil é líder global nas exportações e por sua vez também lidera a produção total do produto.

Na safra 2020/21, nós produzimos em torno de 136 milhões de toneladas, abrindo cada vez mais o gap para as demais potências produtoras, como Estados Unidos (2º lugar), China (4º lugar) e Índia (6º lugar) e outros Sul-Americanos como Argentina (3º lugar) e Paraguai (5º lugar).

Toda a nossa exportação vem suprindo as necessidades de diversos países, em destaque a China. Para suprir a sua população de dimensões continentais, que já ultrapassa o número de 1,4 bilhão de pessoas, o gigante asiático importa cerca de 100 milhões de toneladas por ano, assim, se consolidando como o principal importador mundial da commodity.

Soja: Perspectivas

O crescimento da economia chinesa, juntamente com o incremento da renda per capita, vem suportando de maneira relevante o mercado da soja. A elevação na renda da população vem levando as pessoas a consumirem cada vez mais proteínas e o farelo de soja é um dos principais componentes na alimentação animal.

Dessa forma, a demanda chinesa pela oleaginosa vem se mostrando bastante firme, fato que pode ser comprovado com o crescimento anual das importações ao longo dos últimos anos. Se por um lado a demanda tende a suportar os preços, do outro lado, temos um cenário de estoques globais de certa forma confortáveis, entretanto, com potencial upside de preços em caso de frustação de safra em algum dos principais países produtores.

A safra americana vem se desenvolvendo de forma regular, o plantio foi bastante prejudicado pelo clima seco, posteriormente as chuvas caíram nas regiões produtoras de forma pontual e sem abundância.

Esse fato ajudou a impulsionar as cotações em Chicago e fizeram com que os preços da soja para o produtor rural brasileiro atingissem patamares bastante elevados, o que estimula o investimento em fertilidade do solo e novas tecnologias, dessa forma, ajudando a mitigar algum potencial desvio climático que possa ocorrer na nossa safra.

INDICADOR SOJA CEPEA – PARANAGUÁ

Riza Terrax (RZTR11)

O Fundo Riza Terrax (RZTR11) possui atualmente 14 propriedades agrícolas, com 51.771 hectares de área total, 35.169 hectares de área agricultável, distribuídas nos estados do Mato Grosso, Goiás, Bahia, Piauí e Maranhão e em todas a fazendas detidas pelo fundo há o cultivo de soja na safra de verão.

O fundo busca rentabilizar os cotistas através de três estratégias de investimento: Sale&LeaseBack, Buy to Lease e Land Equity.

O patrimônio líquido atual é de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, o dividendo distribuído referente ao mês de julho foi de R$ 0,9 por cota, equivalente à um dividend yield de 0,93% e o acumulado de 2021 está em R$ 5,32 por cota.

A cota no mercado secundário variou de R$ 95,17 para R$ 96,50 reais, um retorno total bruto de 2,33% no mês.

Glossário

Sale&LeaseBack:

Negociação na qual um imóvel é simultaneamente vendido e locado de volta ao proprietário, geralmente com um contrato de longa prazo. Ao realizar este tipo de venda o proprietário tem como principal vantagem o aumento do seu capital de giro.

Buy to Lease

Em transações Buy to Lease (assim como em transações Built-to-Suit), empresas com necessidade de expansões ou realocação podem fazê-lo sem a necessidade de utilização de capital próprio.

Land Equity

Aquisição de imóvel com foco na valorização no longo prazo.

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