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Deflação em agosto: como isso afeta seus investimentos em FIIs

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de agosto apresentou uma deflação mensal de -0,02%. Entenda como isso pode impactar no FIIs de papel.

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de agosto apresentou uma deflação mensal de 0,02%, levando o IPCA acumulado em 12 meses de 4,50% no mês de julho, para 4,24% em agosto. A inflação do mês de agosto sofreu pressões negativas principalmente da deflação de alimentos e energia elétrica.

Vimos um movimento parecido com esse, de variação mensal negativa no IPCA, no ano passado (2023) e em maior intensidade entre os meses de julho e setembro de 2022. Diante deste cenário, vale relembrar alguns conceitos de como a variação de inflação influencia o comportamento dos dividendos de fundos imobiliários de recebíveis, principalmente aqueles com maior exposição ao indexador IPCA, e como isso pode afetar os seus rendimentos em investimentos em fundos imobiliários.

Qual a relação entre em os fundos de recebíveis e o IPCA?

Os fundos imobiliários de recebíveis são ativos de renda variável, porém que investem majoritariamente em certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), ou seja, em títulos de renda fixa com lastro no setor imobiliário. Estes títulos apresentam indexação majoritariamente ao IPCA e ao CDI. Sendo assim, o pagamento de dividendos mensais destes fundos está atrelado ao pagamento de rendimentos desses títulos.

Como a variação mensal negativa do IPCA pode impactar os rendimentos dos fundos de papel?

Durante períodos de deflação, as tendências históricas indicam que o rendimento dos fundos com maior exposição a CRIs indexados ao IPCA podem ter efeitos negativos. Assim, espera-se que, em períodos de deflação mais longos e intensos, a distribuição de dividendos desses fundos seja afetada negativamente, potencialmente resultando em menores rendimentos para os investidores desses títulos.

Apesar da deflação em agosto, a inflação de 12 meses continua positiva, o que deve continuar suportando rendimentos positivos para os FIIs de papel indexados ao IPCA, visto que a atualização monetária dos fundos de recebíveis é vinculada ao período de 12 meses.

Ademais, é importante salientar que quando as expectativas macroeconômicas indicam previamente para um período de deflação mais forte e longo, é comum ver os gestores dos fundos utilizarem reservas de caixa para manter o patamar de dividendos estável, ou para minimizar os impactos da variação mensal negativa do IPCA, assim mantendo uma previsibilidade nos montantes a serem distribuídos.

O efeito na distribuição dos dividendos costuma apresentar uma defasagem entre o que está sendo recebido do lastro desses títulos em carteira e o que de fato vai ser pago pelo CRI agora. Permitindo que os fundos com gestão ativa atuem para minimizar os impactos sobre os cotistas.

Muitos fundos de recebíveis possuem exposição a mais de um indexador, como o CDI, o que deve contribuir para efeitos menos perceptíveis da variação negativa do IPCA. Vale ressaltar que, segundo as expectativas dos economistas da XP, a inflação seguirá pressionada, e que as projeções indicam que a “inflação voltará a acelerar, mesmo que moderadamente nos próximos meses”.

Dessa forma, esperamos o efeito negativo sobre a distribuição de rendimentos seja temporário e menos intenso que o registrado no ano passado e em 2022, o que reforça a nossa sugestão de manutenção da alocação em fundos imobiliários de recebíveis como uma parcela importante de diversificação da sua carteira.

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