XP Expert

Comunicação de Alteração – Carteira Recomendada de Fundos Imobiliários – Janeiro de 2021

Confira nosso panorama do mercado e as mudanças da carteira recomendada de fundos imobiliários de Dezembro.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

1. Panorama

No mês de dezembro vimos uma melhora gradativa da economia, de acordo com o último relatório Focus do Banco Central, os economistas continuam apresentando projeções levemente melhores para o PIB em 2020 (-4,4% contra -4,6% no mês passado).

No mês, o tema de inflação continuou nos holofotes. Os índices de inflação seguiram a tendência de alta, o IGP-M apresentou aumento de 0,96% em dezembro (acumulando 23,14% em 2020). Já o IPCA avançou 0,89% em novembro, frente ao aumento de 0,86% em outubro (4,3% no acumulado de 12 meses).

Sobre os fundos imobiliários, o IFIX apresentou alta de 1,65% no mês, após a alta de 1,51% em Novembro. O índice XPFI, índice geral de fundos imobiliários da XP, apresentou a performance de 1,85%, enquanto o XPFT, índice de fundos imobiliários de tijolos da XP, apresentou alta de 1,84% e o XPFP, índice de fundos imobiliários de papel da XP, apresentou performance de 2,24%.

Fazendo uma retrospectiva no cenário dos fundos imobiliários, iniciamos o ano com a correção dos preços dos fundos imobiliários após uma alta bastante acentuada em dezembro/19 de 10,6%. Assim, os meses de janeiro e fevereiro apresentaram a performance de -3,8% e -3,7%, respectivamente. Ainda, para completar, em março, o cenário mundial foi impactado por um forte movimento de aversão ao risco perante o aumento do número de casos do coronavírus, o que acarretou forte venda e queda nos mercados de renda variável

No entanto, foi um ano com vários acontecimentos importantes e marcos significativos para FIIs. Saímos de 700 milhões de Investidores em 2019 e alcançamos em agosto de 2020 a marca de 1 milhão de investidores, aumento expressivo devido à conjuntura macroeconomia. O aumento de investidores implica em maior liquidez no mercado, que por sua vez, atrai mais investidores e assim se torna cada vez mais um mercado mais maduro.

Além disso, nesse ano, os aluguéis das cotas de FIIs também se tornaram possíveis, e chamam cada vez mais a atenção dos investidores institucionais. Adicionalmente, o lançamento do primeiro ETF do segmento, pela XP, negociado pelo ticker XFIX11, o produto replica o desempenho do IFIX, índice que acompanha a trajetória dos principais FIIs negociados na B3.  E por fim, vimos vários novos fundos imobiliários sendo estruturados, um aumento expressivo do número de IPOs e também ofertas subsequentes (follow-ons), ou seja, novas emissões de fundos já existentes, que visaram aumento de seus portfólios.

Em relação às perspectivas para 2021, a taxa de juros esperada permanece em patamares baixos. De acordo com economistas da XP a expectativa para 2021 é de 3% a.a.  Vemos potencial de crescimento do PIB entorno de 3,5%, vislumbre positivo para 2021 em âmbitos macroeconômicos.

Além disso, sabemos que em 2019 a política de investimentos em ativos imobiliários de fundos de pensão foram alteradas, e agora o investimento desses fundos de pensão deverá ocorrer via FIIs, com isso, há uma perspectiva positiva a longo prazo, uma vez que investidores institucionais trazem maior liquidez, o que torna o mercado mais eficiente.


2. Pesos da Carteira Recomendada

Alteramos a composição da carteira devido as preocupações quanto a recuperação da economia após a crise da COVID-19. Dada as incertezas quanto ao crescimento econômico e da restrição de fluxo de pessoas continuamos conservadores com o segmento de shopping centers e alta exposição em papéis mais defensivos, de menor risco e volatilidade como o segmento de recebíveis e galpões logísticos. Desse modo, a distribuição entre os segmentos segue com as maiores alocações em Recebíveis (35,0%), Logística (17,5%), Lajes Corporativas (20,0%), Híbridos (17,5%) e Shopping Centers (10,0%).

Fundos de Recebíveis (35,0% da carteira): Bom rendimento e menor risco de perda de patrimônio, são uma ótima alternativa para diversificação e mitigação de risco, principalmente em períodos de alta volatilidade do mercado. Apesar da perspectiva de uma inflação e juros menores no curto e médio prazo, continuamos vendo a relação de risco-retorno ainda atrativos nesse tipo de fundo, principalmente para os fundos que estão atrelados ao IPCA em detrimento aos de CDI.

Lajes Corporativas (20,0% da carteira): Apesar de possíveis impactos da COVID-19 nos escritórios, acreditamos que os ativos bem localizados e de alta qualidade como os ativos na Faria Lima/ Vila Olímpia devem seguir resilientes. Assim, a combinação de flight-to-quality das companhias e recuperação econômica pode se tornar catalizador da recuperação do mercado de escritórios. Temos preferência por FIIs composto por ativos com boa localização e alta qualidade, inquilinos sólidos e gestores experientes no mercado imobiliário.

Ativos logísticos (17,5% da carteira): Menor volatilidade é justificada pelo tempo curto de construção, reduzindo o risco de execução e volatilidade nos preços. Por isso, a renda trazida por esses ativos apresenta estabilidade e um menor risco no curto prazo. Adicionalmente, esse segmento apresenta uma perspectiva muito favorável devido ao forte crescimento do e-commerce, demandando volume crescente de ativos logísticos localizados próximos às grandes regiões metropolitanas.

Híbridos (17,5% da carteira): Fundos Imobiliários híbridos são fundos que possuem investimento em mais de uma classe de ativos. Essa característica se torna interessante dado que os fundos híbridos tendem a ter menor nível de risco dado sua diversificação de tipo de ativos e inquilinos.

Shopping Center (10,0% da carteira): Apesar de gradual recuperação do fluxo de pessoas e vendas no varejo, continuamos conservadores com o segmento de shopping centers em razão da possibilidade de possíveis concessões aos lojistas como descontos e aumento na inadimplência e um novo possível aumento de contaminação do COVID-19 e, consequentemente, novas medidas de quarentena.

Fundo de Fundos (0,0% da carteira): Fundo de fundos apostam em explorar ineficiências de mercado e assimetrias de risco/retorno entre os FIIs listados em bolsa, além de usar sua expertise para balancear a exposição de suas carteiras a segmentos específicos de acordo com o momento e perspectiva de cada setor. Continuamos sem recomendação no segmento de fundo de fundos


3. Movimentações – Carteira FIIs

Considerando os acontecimentos do mês de dezembro e a performance dos fundos imobiliários, decidimos não realizar mudanças na nossa carteira recomendada, mas alteramos o peso entre os fundos já recomendados visando maximizar os ganhos da carteira recomendada. Diminuímos a alocação em  CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) de 10,0% para 5,0%, aumentamos a exposição aos fundos CSHG Renda Urbana (HGRU11) de 15,0% para 17,5% e  ao Kinea Índice de Preço (KNIP11) de 12,5% para 15,0%.

4. Atualizações de Teses

Em nossa opinião, a carteira recomenda é composta por fundos de ativos com alta qualidade de ativos e localização, gestão profissional e bem posicionados para a retomada da economia. Para nossas recomendações de compra, confira uma breve atualização:

HGRE11: O CSHG Real Estate é um fundo imobiliário do segmento de lajes corporativas. O fundo permanece com o desafio na locação das áreas de maior vacância como o Ed. Torre Martiniano e Paulista Star, que pressionam sua rentabilidade. Inclusive, a última parcela do Ed. Torre Martiniano foi paga em dezembro, perfazendo o valor total de aquisição de R$185 milhões. Ainda, em dezembro, o fundo anunciou a venda de 2 conjuntos no edifício Park Tower, pelo valor de R$8,5 milhões, o que não deve impactar amplamente a distribuição de dividendos do fundo. Por fim, o fundo vem sendo negociado com grande desconto sobre o valor patrimonial (93% sobre o valor patrimonial).

XPML11: O XP Malls é um fundo imobiliário do segmento de shopping centers. Ele possui 12 shopping centers, sendo que todos estão em operação, visto que o Cidade Jardim Shops foi inaugurado em dezembro. O segmento foi amplamente impactado com as medidas de quarentena e fechamento dos shopping centers. Agora, após a reabertura de grande parte dos shoppings no Brasil, vemos uma recuperação gradual das vendas dos inquilinos a medida da maior flexibilização da quantidade de horas de funcionamento. Como mencionado anteriormente, apesar de mais conservadores com o segmento no curto prazo, acreditamos que o XPML11 está bem posicionado para uma recuperação do segmento no médio e longo prazo dado sua participação em ativos de alta qualidade como o Catarina Fashion Outlet e Shopping Cidade Jardim, que tendem a recuperar mais rapidamente da crise. Recentemente o fundo aumentou sua participação para 19,9% no Internacional Guarulhos Shopping Center por meio da aquisição de 1,19%.

KNIP11: O fundo Kinea Índice de Preços possui um portfólio em ativos de renda fixa (CRIs), o KNIP11 é um dos maiores fundos imobiliários listados na B3 e possui um patrimônio líquido de aproximadamente 4,27 bilhões. O fundo apresenta grande diversificação da alocação da carteira por setor, com CRIs de lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos, indústria e desenvolvimento e garantias sólidas. Possui 88,3% do seu patrimônio alocado em CRIs. A parcela remanescente, de 11,7%, está alocada em instrumentos de caixa que serão destinados a novas operações. Seu portfólio é majoritariamente indexada à inflação (89% em IPCA e 2% em IGP-M). Adicionalmente, o fundo vem distribuindo dividendos robustos (dividend yield anualizado de 8% nos últimos meses, o que consideramos como atrativo). Ainda, acreditamos que ele possui grande potencial em aumentar seus rendimentos nos próximos meses com a alocação dos recursos em caixa. Recentemente realizou sua sexta emissão de cotas, com captação de R$ 824 milhões. Essa captação é benéfica e pode contribuir para diluição de riscos no portfólio e aumento da liquidez das cotas no mercado secundário.

PVBI11: O fundo possui dos ativos com qualidade ímpar e localização privilegiada na cidade de São Paulo (Ed. Faria Lima 4440 e Ed. Park Tower). Ainda, seus inquilinos são companhias de grande porte (por exemplo, CCB, UBS, Prevent Senior, entre outros) que suportariam um aumento de aluguel cobrado. Assim, acreditamos que o fundo está bem posicionado para a retomada do mercado de escritórios, eventual aumento do aluguel, reajuste de IGP-M nos contratos de aluguel (100% dos contratos indexados ao IGP-M). Estimamos que o fundo distribuirá 5,5% de dividend yield em 2021, acima dos pares de mercados com ativos similares.

HGRU11: CSHG Renda Urbana é um fundo imobiliário híbrido com alocações em ativos de varejo e educacional. Em nossa opinião, o fundo possui um portfólio com ativos resilientes, grande concentração em contratos atípicos (92,7% da receita contratada), inquilinos com boa qualidade de crédito (Lojas Big, Pernambucanas, YDUQS). Adicionalmente, o aluguel diferido nos últimos meses para os inquilinos do setor de educação (em razão da pandemia) começará a ser revertido gradualmente nos próximos meses, o que deve impactar positivamente a distribuição de dividendos nos próximos meses (dividend yield estimado de 6,5%).

HGCR11: O fundo tem por objetivo o investimento em CRIs. O fundo possui 95,2% do Patrimônio Líquido alocado em ativos alvo, sendo 78,2% em CRIs e 17,0% em FIIs. Da posição em CRIs, 53,6% está indexada ao CDI e 46,4% indexada a índices de inflação. Em nossa opinião, o fundo possui uma carteira de crédito com baixo risco (LTV médio de 55,2%), grande concentração em credores com bons ratings de crédito. No entanto, reduzimos a exposição em 5% por seus pares apresentarem perspectivas mais positivas de rendimentos.

Carteira Recomendada – Janeiro de 2021

OBS: * Os fundos Imobiliários em destaque se encontram restritos para cobertura por determinação da nossa equipe de Compliance.
** Para os investidores que não podem comprar cotas de fundos destinados exclusivamente à investidores qualificados, o RBR High Grade (RBRR11) serve como alternativa ao Kinea Índice de Preços (KNIP11).


O relatório com a performance da carteira e outras informações complementares será divulgado no final do dia

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este conteúdo tem propósito exclusivamente informativo e se baseia em dados estatísticos, metodologias probabilísticas, fatos concretos do mercado financeiro e em resultados financeiros apurados. Em nenhum momento, o conteúdo desta mensagem representa opiniões pessoais ou recomendações de investimento financeiro de qualquer natureza. Não se configuram, portanto, como ideias, opiniões, pensamentos ou qualquer forma de posicionamento por parte da XP Investimentos CCTVM S/A. É terminantemente proibida a utilização, acesso, cópia ou divulgação não autorizada das informações presentes neste conteúdo. O investimento em ações é um investimento de risco. Na realização de operações com derivativos existe a possibilidade de perdas superiores aos valores investidos, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Para avaliação da performance de um fundo de investimentos é recomendável a análise de, no mínimo, 12 (doze) meses. Leia o prospecto e o regulamento antes de investir. Todas as informações sobre os produtos, bem como o regulamento e o prospecto e regulamento aqui listados, podem ser obtidas com seu agente de investimentos, em nosso site na internet ou no site do referido gestor. Fundos de investimento não contam com garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou fundo garantidor – FGC. A taxa de administração máxima compreende a taxa de administração mínima e o percentual máximo que a política do FUNDO admite despender em razão das taxas de administração dos fundos de investimento investidos. Os fundos de ações e multimercados com renda variável /sem renda variável podem estar expostos a significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes. Os fundos de crédito privado estão sujeitos a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo. Os fundos de cotas aplicam em fundos de investimento que utilizam estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas. Os fundos de renda fixa estão sujeitos a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo. Para informações e dúvidas, favor contatar seu agente de investimentos. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. As rentabilidades divulgadas não são líquidas de impostos e taxas de saída e performance. As informações publicadas não levam em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. Caso os ativos, operações, fundos e/ou instrumentos financeiros sejam expressos em uma moeda que não a do investidor, qualquer alteração na taxa de câmbio pode impactar adversamente o preço, valor ou rentabilidade. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização dessa plataforma. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.