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Estratégias da JiveMauá no crédito privado e infraestrutura para 2025 | Outliers 146

Veja os detalhes da conversa em mais um episódio do podcast Outliers

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No episódio 146 do podcast Outliers, Clara Sodré, analista de fundos da XP, e Camilla Dolle, head de renda fixa no Research da XP, moderaram uma conversa sobre crédito privado e infraestrutura, com a participação de Luiz Fernando Figueiredo, presidente do conselho da JiveMauá, e Samer Sehan, CIO de crédito privado e infraestrutura da gestora. O episódio trouxe uma análise das estratégias da JiveMauá, as mudanças no cenário econômico e as expectativas para 2025, destacando o papel da gestão ativa e da diversificação dos ativos.

A história da JiveMauá e o crescimento acelerado

Luiz Fernando Figueiredo compartilhou a trajetória da JiveMauá, que começou como duas gestoras separadas – a Jive, focada em situações especiais e ativos estressados, e a Mauá, com expertise em crédito imobiliário e infraestrutura. “A fusão foi rápida, e vimos sinergias enormes entre os negócios e os valores de ambas as casas”, explicou Figueiredo. A união resultou em uma gestora que, em dois anos, alcançou quase 20 bilhões de reais sob gestão, com um portfólio diversificado que inclui crédito privado, infraestrutura e imóveis. “Viramos uma potência no mercado”, destacou.

Samer Sehan complementou explicando como a diversificação dos ativos foi um fator chave para o crescimento da JiveMauá. Ele destacou o sucesso do fundo Bossa Nova, criado em parceria com a XP, que começou com 300 milhões de reais e, em menos de dois anos, chegou a 1,1 bilhão, com mais de 10 mil cotistas. “O fundo já entregou CDI +3% de retorno anualizado, e continua crescendo”, afirmou Sehan, mostrando a força da gestora no segmento de crédito privado.

Cenário macroeconômico e os desafios de 2024

Figueiredo abordou o cenário macroeconômico de 2024, destacando as dificuldades que surgiram ao longo do ano devido à política fiscal expansionista do governo. “O governo começou o ano com uma narrativa muito ruim sobre responsabilidade fiscal, o que afetou a confiança dos investidores”, afirmou. Apesar disso, ele reconheceu que o governo tomou medidas mais positivas ao longo de 2023, mas a incerteza econômica persistiu, gerando um aumento nos prêmios de risco e na percepção de desconfiança sobre a sustentabilidade da dívida pública.

Para 2025, Figueiredo vê desafios, mas também oportunidades: “A economia real pode se deteriorar, mas os ativos estão tão descontados que há espaço para recuperação”. Ele ressaltou que os investidores podem se beneficiar de um cenário em que o caos esperado não se concretize, oferecendo boas oportunidades em renda fixa e crédito privado.

Estratégias para 2025: crédito privado e infraestrutura

Samer Sehan explicou como a JiveMauá está preparada para capturar essas oportunidades com uma gestão ativa e estratégias diversificadas. Ele destacou que a gestora tem três grandes verticais – crédito privado, infraestrutura e ativos estressados – todas com performances consistentes e boas perspectivas para 2025. “Nossa estratégia é focar em ativos de qualidade, com retorno acima da média do mercado”, afirmou Sehan, destacando a importância de entender profundamente o cenário econômico e os riscos envolvidos nas operações.

A JiveMauá, segundo Sehan, continuará buscando oportunidades em crédito privado, especialmente em setores como saneamento e energia, que têm grande potencial de crescimento com a continuidade dos investimentos em infraestrutura no Brasil.

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