O novo núcleo agro da Az Quest: Indo a Fundo no Outliers

Uma célula focada em recursos alternativos que nasce dentro de uma das maiores gestoras do Brasil – com cerca de R$ 20,5 bilhões sob gestão e mandatos em crédito, macro, crédito privado e arbitragem. A Az Quest ingressou no mundo dos investimentos alternativos através do agronegócio. Confira o episódio do Outliers que recebeu Idalicio Silva e Maria Tereza, para falar sobre o novo núcleo de agronegócio.

Diferente do tradicional, nesta versão do Indo a Fundo no Outliers, procuramos resumir os principais pontos do episódio relacionados ao time, estrutura e processo gestão do núcleo de Agronegócio da Az Quest. Confira a seguir.

O novo núcleo agro da Az Quest

O time de gestão do novo núcleo da AZ Quest será coordenado por Idalicio Silva. Na bagagem, o gestor traz experiência em crédito agrícola. Abaixo, confira o time de gestão completo citado por Idalicio no episódio.

Idalicio Silva – Gestor

Físico pela USP e mestre em economia pelo Insper. Atuou na Secretaria de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados do Ministério da Economia. Foi head de relacionamento com mercado na Ecoagro. Anteriormente atuou nos bancos Bradesco e Votorantim (BV) e na Rede.

Maria Tereza Vendramini – Originação e Estruturação

Advogada pelo Mackenzie, com MBA em economia e gestão no agronegócio pela FGV. Atuou na InvestSP e na Secretaria de Agricultura de SP. Advogou em escritórios como o Demarest e o Bueno Mesquita, e na Indústria Brasileira de Árvores.

Gabriel Perez – Investimentos

Advogado e economista pela USP. Atuou como profissional de investimentos ilíquidos, com foco em crédito estruturado, project finance e private equity. Atuou como profissional de investimentos ilíquidos no IFC e IDB Invest.  Mais recentemente atuou na Jive, em oportunidades de crédito no agronegócio e infraestrutura.

Carlos Gomes – Estruturação e Modelagens

Físico pela USP. Iniciou sua carreira na Totvs Consulting e compôs a equipe de analytics da Porto Seguro. Iniciou sua trajetória no mercado financeiro, na equipe de estruturação da Integral Investimentos. Na SRM, foi responsável pela modelagem financeira e operacional do FIDC SRM Exodus PME (R$450MM).

Processo de investimento

“A gente começa com crédito, pois é o melhor jeito de começar no Agro” Idalicio

Idalicio Silva, explica que a alta demanda por capital no agronegócio somada ao pouco acesso ao mercado de capitais por parte dos empreendedores, oferece muitas oportunidades que, na sua visão a “melhor forma de começar” é por crédito. O gestor comenta que no geral essas empresas ainda estão em uma fase de organização, e que existem contratos de crédito que possibilitam ganhar dinheiro na medida que auxilia na estruturação dessas companhias. Nos contratos são utilizadas cláusulas de “kicker” nas dívidas, que remunera o gestor em caso de melhoria operacional das empresas investidas.

O objetivo segundo o gestor, é começar com a disponibilização de recursos para ajudar e preparar essas empresas na evolução da esteira do mercado de capitais, ao tempo em que gera retornos com a melhoria de performance da companhia. Idalicio ainda reforça a importância da governança nessas empresas, e que o trabalho de melhoria visa qualificar essas empresas para investimentos futuros, para ser adquirida, ir para a bolsa, passar por fusões, entre outros. O gestor ainda conta que eles possuem modelos que localizam empresas que podem ser adquiridas nos próximos 3 a 4 anos.

Em relação ao processo de investimento, Maria Tereza, responsável pela originação e estruturação das operações, conta que buscam na originação própria a percepção e construção de valor para as companhias. Na visão da analista, esse processo gera profundidade na análise, levando em consideração que a proximidade com o empreendedor é importante nesse processo.

Da parte de setores, Maria Tereza conta que possuem uma visão agnóstica, sem restrição de setores tendo como tese principal o crescimento das empresas. A analista também conta que a criatividade faz parte do processo de investimento buscando oportunidades diferentes das tradicionais. Ainda acrescenta que essa amplitude vai desde investimentos diretamente nos produtores, insumos agrícolas, distribuição entre outros. Além disso, em sua opinião a visão dos consumidores é muito importante para identificar tendências.

O setor de energia renovável, sob a ótica de produção de etanol e açúcar, quanto a parte de biodiesel, são citados por Idalicio como setores que possuem otimismo. A tese de irrigação também é citada como um investimento que tende a gerar produtividade, já que aumenta a produção e consequentemente agrega em crescimento para a empresa.

“falamos com várias empresas de vários estados, pois acreditamos que além da diversificação setorial, a diversificação regional é importante.” Maria Tereza

O El Nino, fenômeno natural que impactou negativamente os produtores de Soja na Bahia em 2015 é um dos exemplos trazidos por Idalicio em relação à importância de olhar para diferentes regiões. E que nesse caso em específico na visão do gestor, a tese de irrigação é uma oportunidade para a região, trazendo proteção contra fenômenos naturais.

Ainda sobre ter um processo de investimento bem definido, bem como contar com a expertise já existente na Az Quest para operar no mercado de crédito, traz, na visão de Idalicio um diferencial competitivo relevante para o núcleo, que apesar de novo já nasce com robustez, de acordo com o gestor. Processo de investimento, inteligência de gestão, boa governança já definida, são algumas das estruturas já existentes na Az Quest que puderam ser incorporadas e adaptadas ao novo núcleo.

Nos 4 meses de existência, Maria Tereza conta que já foram mais de 160 empresas visitadas em 16 estados – e essa escala e alcance se dá pelos modelos criados pela gestora. O Objetivo final é estar em diferentes elos do setor e da cadeia do agronegócio, promovendo diversificação nas investidas realizadas.

Novos episódios do Outliers todas sextas-feiras no Spotify, Deezer, Spreaker, Apple e demais agregadores de podcasts.

O Outliers é apresentado por Carol Oliveira, coordenadora de análise de fundos da XP e Nathalia de Sá, Analista de Alocação e Fundos no Research da XP.