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Crédito Privado – A opinião da AZ Quest sobre o mercado

Momento não é de resgatar dos fundos da classe

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Em videoconferência realizada hoje com a AZ Quest, o gestor de crédito, Laurence Mello, e o CEO da casa, Walter Maciel, buscaram esclarecer um pouco sobre a visão que têm para o mercado de crédito privado e como este mercado vai reagir à pandemia do coronavírus.

Conhecendo a gestora

A AZ Quest é uma casa com 19 anos de mercado que conta com mandatos de Arbitragem, Crédito Privado, Multimercados Macro, Renda Variável e Previdenciários. Possui mais de R$ 18 bilhões sob gestão, pulverizados entre suas diferentes classes de investimento. Em 2015, a gestora iniciou uma joint venture com o Grupo Azimut, gestora independente presente em mais de 14 países e listada na bolsa de Milão.

O gestor responsável pela estratégia de crédito privado é Laurence Mello, profissional com mais de 20 anos de experiência e 5 anos na casa.

O mercado de crédito high grade na pandemia

A crise do coronavírus é uma crise diferente das anteriores justamente porque não teve origem no setor financeiro. É uma crise nunca antes vivenciada, pois a produção global é reduzida como forma de reduzir a circulação e o consequente contágio entre as pessoas.

Segundo Laurence, diferentemente da crise de 2008, na qual as empresas e instituições financeiras estavam bastante alavancadas, neste momento as empresas encontram-se extremamente capitalizadas (aproveitaram um momento bastante positivo de 2017 a 2019 no mercado de capitais) e com gestão de ativos profissionalizada. Com isso, as empresas grandes e com boa qualidade de crédito (high grade) estão preparadas para a crise e com caixa suficiente para passar por este momento adverso.

Durante a videoconferência, a equipe da AZ Quest também explicou os motivos pelos quais os fundos que compram papéis high grade, estão sendo as mais afetados até agora. O motivo pelo qual estes papéis têm sofrido no curto prazo é um movimento técnico chamado de “Marcação a Mercado”. Este evento é causado principalmente pela diminuição da liquidez do mercado secundário. Em vias gerais, este evento ocorre quando há mais ofertas de venda do que de compra, fazendo com que o preço destes papéis caia. Segundo Laurence, a “Marcação a Mercado” dos papéis de empresas high grade foi intensificada por três principais fatores:

  • Investidores estavam com parcela baixa de Renda Fixa para suas reservas de emergência e com parcela significativa alocada em Renda Variável. Com a queda recente da bolsa, estes investidores tiveram que realizar resgates e, como forma de não resgatar de seus ativos de risco que estavam oscilando muito, resgataram de seus fundos de liquidez;
  • As recentes quedas da bolsa se mostraram bastante oportunas para a compra de ações e, como forma de “entrar barato” no mercado de Renda Variável, os investidores resgataram de seus fundos de liquidez;
  • Com as oscilações do mercado, os investidores pessoa física começaram a operar com instrumentos complexos do mercado financeiro e, seja por timing ou pouco conhecimento do mercado, tiveram prejuízos nestas operações, tendo que resgatar recursos de seus fundos de liquidez.

Segundo o gestor, entretanto, estes eventos não significam que as empresas às quais estes papéis estão atrelados tiveram qualquer piora em seu perfil de crédito. Mais do que qualquer deterioração do perfil de crédito das empresas high grade, o que ocorreu também foi uma contaminação na marcação a mercado destes papéis por conta de uma abertura na curva dos juros pré-fixado futuros.

Além do efeito generalizado que a pandemia tem sob a “Marcação a Mercado” dos papéis High Grade, por se tratar de papéis extremamente líquidos, a AZ Quest explicou que o efeito da marcação a mercado é incorporado de forma muito mais ágil aos papéis destas empresas do que seria para títulos com pouca circulação no mercado. Da mesma forma, com a melhora gradativa das condições de mercado, os títulos high grade também serão os primeiros a se recuperarem dos efeitos de preço.

Não vale a pena ir para um CDB?

Esta pergunta, que passa pela cabeça de muitos investidores, foi feita por Walter para Laurence como forma de explicar por que não faz sentido resgatar de um fundo de crédito para migrar para um CDB diretamente.

A explicação de Laurence foi principalmente a seguinte: o risco de crédito um CDB e de um fundo High Grade é praticamente o mesmo, com a diferença de que o carrego dos fundos com estas características é muito maior do que o dos papéis. Com isso, o único investidor que seria prejudicado nos fundos High Grade é aquele que justamente faz esse movimento de resgatar de seus fundos após as recentes quedas de cota, pois acaba resgatando com prejuízo. Caso este investidor opte por aguardar a normalização do mercado de crédito, devido ao carrego terá maiores retornos com estes fundos do que teria com os títulos de Renda Fixa.

Por fim, a gestora ressaltou que o portfólio de seus principais fundos High Grade é composto por crédito de empresas bastante robustas e com liquidez elevada. O carrego estimado da gestora para seus principais fundos High Grade é de 150% do CDI para o AZ Quest Luce e de 175% do CDI para o AZ Quest Altro.

A AZ Quest possui 5 fundos high grade em fundos de investimento tradicionais e 2 em Previdência Privada.

Quer entender mais sobre o atual momento do Crédito Privado? Confira aqui o artigo de nossa equipe de análise.

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