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Aproveite, Black Friday antecipada no universo dos fundos de Crédito! (Parte II)

Parece que a Black Friday chegou mais cedo esse ano, com um mês de antecedência - pelo menos no universo dos fundos e ativos de Crédito! Aproveite fundos com preços atrativos de cota e ativos com taxas muito convidativas para quem quiser entrar agora no mercado.

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Se você não leu a primeira parte da publicação dando mais detalhes sobre o comportamento recente dos fundos de crédito em geral, confira aqui antes de continuar sua leitura. Para quem já leu, vamos prosseguir e tentar entender o que podemos esperar no futuro próximo para os fundos de crédito no Brasil.

O comportamento atual mais volátil dos fundos pode se repetir no futuro?

Não quero te enrolar não, mas antes de responder, queria te apresentar a dados de mercados mais desenvolvidos que o nosso, para chegarmos juntos a uma conclusão.

O gráfico acima representa os retornos anuais de uma cesta de quase 5.000 títulos privados de empresas americanas de baixo e médio risco de crédito (classificadas como “Investment Grade”). O retorno médio no período observado (cerca de 6% a.a.) foi muito bom para padrões de países desenvolvidos, dado que o risco dos ativos investidos é relativamente baixo. Mesmo assim, notou que os retornos oscilam? E sabia que mesmo assim esse é um dos investimentos que fazem parte de quase 100% das carteiras conservadoras de um americano médio?

Pois então, é bastante provável que, ao longo dos próximos anos, caso as taxas de juros por aqui continuem baixas e caso o país finalmente decole, os ativos de crédito passem a oscilar mais no dia a dia e mês a mês (seja via fundos, seja via aplicações em debêntures ou outros ativos diretamente). Isso não é ruim, pode ser bom!

Por que “pode” ser bom? Pois depende da magnitude das oscilações. Um mercado que oscile muito pouco, como sempre foi o caso do mercado de crédito no Brasil, geralmente demora para corrigir distorções indevidas de preço e isso é ruim. Um mercado que oscile demais, no entanto, como o da Argentina, pode gerar distorções que sejam impossíveis de serem compreendidas, o que também é péssimo. O bom são oscilações moderadas, com um mínimo de estabilidade, e é para lá que o mercado brasileiro deve caminhar, se tudo der minimamente certo no país.  

O caminho será gradual, você terá tempo para se acostumar, mas já vai se preparando! Principalmente para conseguir aproveitar oportunidades, quando elas surgirem. E olha só que coisa….vemos uma bela oportunidade de investimento nesse momento de mercado!

O que devo fazer com meus fundos de Crédito agora?

Vemos, basicamente, três opções para você analisar antes de tomar sua decisão. Detalhamos abaixo cada uma delas.

Recomendação 1: Vamos começar pela opção mais fácil (mas que é, de longe, a pior): resgate todos os investimentos que te incomodam!

Essa é a primeira solução que nos vem à mente sempre que algo nos incomoda: se livrar do incômodo. Se o estagiário não está trabalhando do jeito que queremos, o primeiro pensamento é: “vou demitir!”. Se brigamos com o marido ou com a esposa: “vou separar!”. Se o notebook está lento: “vou jogar fora essa m****!”. Se temos que escolher entre o pastel da feira e o frango grelhado com salada: “óbvio que é pastel, hoje eu tô merecendo!”.

Infelizmente, nem sempre as soluções mais fáceis são as mais indicadas para o nosso sucesso de longo prazo. E com seus investimentos, você deveria se preocupar muito com o longo prazo, principalmente num momento em que a Reforma da Previdência está nos holofotes – seu futuro depende das decisões financeiras que você tomar agora.

No caso em questão, definitivamente não parece ser a melhor decisão sair agora do mercado de crédito, num momento em que os preços dos ativos dos fundos estão nos melhores patamares desde o final de 2015 e que a qualidade dos balanços das empresas está num dos melhores níveis históricos (empresas saudáveis, baixos índices de alavancagem e baixas provisões nos balanços dos bancos).

Para que você tenha um pouco mais de elementos para se embasar, fizemos uma simulação considerando um investimento de R$ 100 mil em um fundo que tivesse rodado com um retorno de 70% do CDI no mês, considerando o nível atual de taxas de juros. Adivinha quanto, em reais, você teria deixado de ganhar se comparado a esse mesmo investimento a 100% do CDI?

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Pronto?

Resposta: R$ 114,03 (já líquido de IR). Esse é o valor que você ganharia a menos para cada R$ 100 mil rodando a 70% do CDI em vez de rodando a 100% CDI. Dinheiro é dinheiro e não aceita desaforo, mas por 114 reais não dá pra sair como um maluco resgatando os investimentos sem raciocinar, né???

Consideramos para o CDI um valor aproximado de 5.50% a.a. e subtraímos IR considerando uma alíquota de 15%

Recomendação 2: Manter os investimentos: essa é a nossa principal recomendação.

Se você entrou num fundo de crédito ou num fundo de debêntures incentivadas recentemente, seus retornos desde o início da aplicação provavelmente estão abaixo do CDI e, ao resgatar agora, nunca mais você recuperará essa diferença. Ao manter os investimentos onde estão, contudo, as chances de você ter bons retornos nos próximos meses são altas, dado que os ativos ficaram “mais baratos” e, por consequência, o retorno esperado dos fundos de dos ativos aumentou.

Recomendação 3: Aumentar a alocação ou iniciar um investimento novo, caso ainda não o tenha feito e caso seu perfil de risco permita.

Os preços das debêntures em geral (principalmente as de infraestrutura) e as cotas dos fundos de crédito estão num ótimo ponto de entrada. Fazendo uma analogia que vem a calhar (pelo menos na minha opinião), dada a época do ano, é como se tivéssemos uma antecipação da Black Friday! As cotas de fundos estão “em promoção”, com potencial de retorno muito bom nos próximos 12 a 24 meses! Aproveitem!!!

É muito importante não abrir mão da diversificação e procurar entender a estratégia dos fundos ANTES de fazer a aplicação, no entanto. Procure seu assessor de investimentos (mesmo se for um atendimento virtual) para tirar eventuais dúvidas e se informar sobre as possibilidades disponíveis para o seu perfil de risco.

Se você quer um local para procurar por opções de fundos, o site da XP disponibiliza dezenas de opções: confira aqui.

Por fim, confira abaixo uma série de vídeos com alguns dos maiores especialistas do mercado de crédito para que você entenda ainda mais o que está acontecendo e como se aproveitar do momento atual.

Vídeo 1: Sócios das gestoras ARX, Quasar e Sparta (veja aqui).

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