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O Futuro do Capitalismo, com Adena Friedman e Bruno Constantino

Para falar sobre o futuro do capitalismo, tivemos neste quarto dia de Expert a presença de Adena Friedman, Presidente e CEO da NASDAQ e Bruno Constantino, Sócio e CFO na XP Investimentos.

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Adena Friedman é CEO da Nasdaq desde 2017, e foi a primeira mulher a liderar uma bolsa de valores internacional. Adicionalmente, ela também serve como membro do Conselho do Federal Reserve dos EUA. Neste painel, ela discute o futuro do capitalismo com Bruno Constantino, CFO da XP Inc, abordando tópicos como o cenário do coronavírus, a importância da igualdade de oportunidade, e os investimentos guiados pelos critérios ESG – ambientais, sociais e governamentais, na sigla em inglês.

Coronavírus criou incerteza nos mercados, mas IPOs já estariam voltando

A pandemia, uma crise global que envolve tanto aspectos econômicos quanto sanitários, criou muita incerteza no mercado. No entanto, segundo Friedman, o cenário de ofertas públicas de empresas (IPOs, na sigla em inglês) está passando por uma retomada mais rápida do que ela esperava. A CEO da Nasdaq comenta: “agora que as pessoas perceberam que as reuniões podem ser feitas online, os investidores se acostumaram; inclusive, não acho que voltaremos à moda antiga das reuniões presenciais”. “Elas eram muito pouco práticas”, confirma Constantino, CFO da XP Inc. Friedman destaca, ainda, que as empresas de tecnologia passaram a receber ainda mais atenção por parte dos investidores durante a crise, especialmente neste momento em que o mundo se tornou cada vez mais dependente delas.

Uma nova era: do capitalismo dos acionistas ao capitalismo de stakeholders

Para Friedman, a essência do capitalismo está mudando. Entregar retornos para os acionistas segue sendo fundamental, mas agora a criação de valor para a economia como um todo ganhou mais destaque. A executiva comenta que acredita numa nova fase, qual seja, a do “capitalismo cooperativo”, em que todos os barcos são levantados pela maré e as desigualdades são reduzidas por meio do aumento das parcerias entre os diferentes agentes econômicos, sejam eles privados ou públicos. Inclusive, ela entende que durante a pandemia estaríamos nos aproximando dessa nova fase, já que muitos líderes empresariais passaram a repensar suas funções, passando a ter mais responsabilidade em suas relações com seus funcionários, clientes e governo, afim de garantir que possamos enfrentar essa crise juntos.

A essência do capitalismo é fornecer uma oportunidade igual para que cada um possa encontrar sucesso. Isso não significa que todos aproveitarão essa oportunidade ou obterão sucesso, mas significa que todos terão um ponto de partida igual. Os governos desempenham um papel fundamental nesse objetivo, assim como as empresas.”

Adena Friedman, CEO da Nasdaq

“O capitalismo, quando bem feito, é baseado em oportunidades”, afirma Friedman

A executiva destaca que mesmo países desenvolvidos como os EUA ainda enfrentam uma série de desafios, inclusive desigualdade racial e injustiça social. Ela ressalta, no entanto, que “isso não significa que devemos jogar fora todo o sistema atual”. Por meio do capitalismo cooperativo, governos e empresas privadas poderiam colaborar mais intensamente na educação, por meio de parcerias público-privadas, por exemplo, e isso deveria ajudar a trazer mais oportunidades para todos e reduzir a atual assimetria de conhecimento. Ela afirma: “Minha opinião é que, quando bem feito, o capitalismo é baseado oportunidades, algumas empresas terão sucesso, outras não, algumas pessoas terão sucesso, outras não, mas todas se beneficiarão do mesmo ponto de partida”.

“Levamos  nosso papel de gatekeepers muito a sério”

Quanto perguntada sobre a possibilidade de restringir a transação de ações de empresas que não cumprem com critérios ambientais, sociais e governamentais (ESG, na sigla em inglês), Friedman foi firme. “Levamos nosso papel de gatekeepers muito a sério”. Para a Nasdaq, os investidores devem ter o direito de escolher onde querem alocar seus fundos – esse é, inclusive, um dos pilares do capitalismo norte-americano. Como a Nasdaq pode ajudar então? Fornecendo dados precisos sobre iniciativas de ESG, por exemplo, e aconselhando as empresas a se envolverem mais na causa. No final do dia, no entanto, a decisão depende dos investidores se conscientizarem, e esse equilíbrio de forças é crucial para a manutenção da liberdade econômica.

As vantagens de uma empresa listada nos EUA e a possível “nova Guerra Fria”

Segundo Friedman, os Estados Unidos são o mercado financeiro mais maduro do mundo, com o maior número e maior diversidade de investidores. Isso ajuda a explicar por que tantas empresas optam por ser listadas nos EUA, apesar de manterem operações primordialmente em outros lugares. No caso da China, mais de 200 empresas chinesas são listadas em bolsas de valores norte-americanas, cerca de 100 delas na própria Nasdaq, comprovando a importância de acessar o maior mercado financeiro global. Em relação a uma possível “nova Guerra Fria” entre as duas potências, a executiva acredita que o atual diálogo entre China e EUA pode afetar a dinâmica de listagem das empresas chinesas nos EUA, mas acredita que pode ser resolvido em termos regulatórios.

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