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IPO’s: Brasil X EUA, qual a diferença entre eles?

Durante o primeiro painel do palco da Expert de hoje, Bob McCooey (Chefe Global do Mercado de Capitais da Nasdaq), Vitor Saraiva (Head de Equity Capital Markets da XP) e Jennie Li (Estrategista de Ações da XP) conversaram sobre a diferença entre os IPOs no Brasil e nos EUA, entre outros temas relacionados à IPOs.

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Durante o primeiro painel do palco de Tecnologia e ESG da Expert de hoje, Bob McCooey (Chefe Global do Mercado de Capitais da Nasdaq), Vitor Saraiva (Head de Equity Capital Markets da XP) e Jennie Li (Estrategista de Ações da XP) conversaram sobre a diferença entre os IPOs no Brasil e nos EUA, entre outros temas relacionados às ofertas de ações.

Principais mensagens do painel

De forma geral, acreditamos que as principais mensagens compartilhadas durante a conversa entre o Bob McCooey e os Experts da XP foram: (i) o mercado de ações nos Estados Unidos é atualmente muito mais desenvolvido que o mercado no Brasil, mas temos visto um volume bastante alto de IPOs acontecendo, principalmente em 2020 e 2021, e as perspectivas para frente são positivas, seja com o maior volume de recursos em fundos de investimentos ou pelo maior volume e maturidade de investidores pessoa física na bolsa de valores; (ii) o Brasil possui um número muito grande de ótimos empreendedores, que tem construído histórias e companhias incríveis, como por exemplo o próprio caso do Guilherme Benchimol com a XP; (iii) a Nasdaq enquanto instituição e veículo de democratização de investimentos tem adotado uma postura de liderança frente ao tema de diversidade e inclusão, e isso não significa que o mercado deve esperar “intervenções” no dia a dia das empresas; e finalmente (iv) as empresas brasileiras que quiserem abrir o capital nos Estados Unidos serão sempre muito bem-vindas, segundo Bob McCooey.

Por que as empresas fazem IPO?

Vitor iniciou destacando que a principal razão para que as empresas abram o seu capital na bolsa é com o objetivo de captar de recursos para se desenvolverem e investirem em seu negócio. Bob adiciona dizendo que é mais fácil a companhia realizar M&As quando é listada, e reitera que companhias com capital aberto buscam aplicar critérios de governança corporativa, miram na perpetuidade, no crescimento a longo prazo, visibilidade internacional e buscam mais liquidez.

Momento para abertura de capital no mercado de ações bastante positivo: por que?

Vitor inicia destacando que em 2020 no Brasil, 28 companhias fizeram IPOs e quase 40 realizarão ainda neste ano. Ele conta que as baixas taxas de juros e a liquidez no mercado, proporcionou aos investidores estarem mais capitalizados e que, consequentemente, busquem mais opções de investimento para crescer o seu portfólio. Por sua vez, Bob destaca que em 2007 também tiveram um boom de IPOs nos EUA, com listagem de 250 empresas, 136 em 2020 e 480 em 2021, com expectativa de 800 IPOs até o final de 2021. No cenário americano, ainda existem muitas companhias relativamente pequenas fazendo IPOs de diferentes setores como saúde, financeiro e tecnologia, sendo este último o mais relevante.  

Quais as motivações para uma empresa abrir capital fora de seu país de origem?

Segundo Bob, existe um movimento que tem ganhado tração gradualmente nos últimos anos (principalmente em 2021), de empresas Brasileiras e de outros países escolhendo abrir capital fora de seu país de origem. Esse movimento, segundo ele naturalmente é de uma minoria de empresas dentre a totalidade de IPOs que estamos vendo, mas o palestrante reforça que é de todo interesse da Nasdaq que isso se mantenha e as portas estão abertas para esses empreendedores e executivos. O principal motivo elencado pelos palestrantes durante a conversa para uma empresa abrir capital fora de seu país de origem é justamente para garantir o reconhecimento internacional da sua marca e não ser conhecida somente como uma empresa local. Além disso, Bob pontua que naturalmente a Nasdaq acaba sendo procurada para aberturas de capital de empresas que são mais ligadas à tecnologia, mas existem outras indústrias que tem ganhado protagonismo lá, como por exemplo empresas de saúde e fintechs.

Postura construtiva da Nasdaq (e endosso pela SEC) no relativo à diversidade e inclusão

No que tange ao tema de diversidade e inclusão, um dos tópicos abordados durante a conversa foi justamente o apoio pela SEC (equivalente à CVM no Brasil) à Nasdaq para direcionar as empresas listadas em seu pregão na construção da diversidade do conselho de administração, tendo pelo menos uma mulher e uma pessoa que se identifique como membro de uma minoria sub-representada ou LGBTQ, e se não o fizer, explicar o porque não implementará tal política. Durante a conversa, Bob ressalta que o tema é muito importante para o mercado, que a Nasdaq adote uma postura de liderança frente à esse tema, mas que isso não significa que haverão imposições futuras no dia a dia das empresas listadas por parte deles. Por outro lado, o Brasil não possui uma regra nessa direção, mas segundo Vitor Saraiva, já é possível ver cobranças por parte de investidores para com as empresas Brasileiras, de forma que “o mercado tende a se autorregular”.

Incertezas regulatórias e restrições de negociação para empresas de alguns países é preocupante?

Outro tema abordado no painel foi quanto às restrições para empresas Chinesas abrirem o capital na Nasdaq. Segundo Bob, essa não é uma regra e sim uma exceção, de um tema geopolítico entre os países e que acaba tendo efeitos também no mercado de ações, mas que em sua essência foi causado principalmente pela falta de visibilidade das informações disponibilizadas por essas empresas à agentes do mercado e auditorias independentes, além de destacar que a China é só um exemplo desse tipo, mas outros também já aconteceram.

Perspectivas positivas para o mercado de ações pela frente: quais foram as principais mensagens dos palestrantes durante o painel de hoje?

Vitor comenta que a conexão entre investidores e a economia real, isto é, empreendedores, pode gerar empregos, trazer mais competitividade e tecnologia ao mercado, o que consequentemente contribui para o crescimento do PIB e do país. Por sua vez, Bob destaca que a transparência do mercado de capitais pode trazer mais empreendedores no mercado, inclusive brasileiros, a fim de auxiliá-los a captarem mais recursos para suas companhias.  E conclui, afirmando que a Nasdaq tem um compromisso de tornar o mercado mais inclusivo e diverso, proporcionando um ambiente onde as companhias possam crescer seus negócios e obterem sucesso: “Queremos que as companhias tenham um relacionamento de longo-prazo com a Nasdaq”.

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