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“Investidores enxergam menor risco e maior rentabilidade em empresas com foco em ESG”, diz CEO da Ambipar

A jornada ESG em diferentes estágios empresariais foi o tema deste painel na Expert XP 22.

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O tema ESG tem amadurecido entre investidores brasileiros, enquanto para investidores internacionais o debate já está mais avançado, destacam especialistas em painel “A jornada ESG em diferentes estágios empresariais” na Expert XP 2022.

Estágio diferente entre investidores locais e estrangeiros

Marcella Ungaretti, Head de Research ESG e Sócia da XP abre o painel contextualizando o ganho de relevância da pauta ESG nos últimos anos, destacando que ao redor do mundo existe mais de 35 trilhões de dólares em fundos que inserem a pauta ESG em sua tomada de decisão de onde investir.

Para Cristiana Andriotti, CEO da Ambipar Enviromental, o debate sobre quão avançadas as empresas estão nos temas ESG está mais avançado em investidores internacionais, principalmente europeus, mas a agenda está avançando entre os investidores brasileiros. Ainda, “os investidores enxergam menor risco e mais rentabilidade em empresas com foco em ESG”, complementa Cristina.

Thiany Assad, Diretora de Comunicação Corporativa e ESG da Vulcabrás, compartilha da visão de Cristina: “vejo níveis de maturidade diferentes entre investidores internacionais e nacionais”. Ela ainda adiciona que, para a grande maioria dos investidores estrangeiros, “preencher questões ESG é quase como uma premissa” no processo de tomada de decisão de investimento para esses investidores, enquanto que grande parte dos investidores locais estão amadurecendo na compreensão de como o ESG impacta dentro das companhias.

Marcela Rocha, Diretora Executiva de Assuntos Corporativos da JBS, concorda com as demais palestrantes: “A procura aumentou? Aumentou, mas também aumentou a transparência das empresas em relação ao seu futuro”. Ainda, Marcela destaca que as empresas gostam do aumento da procura, uma vez que as instiga a compreender e avançar ainda mais na pauta ESG

Apesar de avanços, ainda existem diversos desafios na Jornada ESG

Marcella Ungaretti lembra que a pauta ESG ainda possui alguns desafios, como a falta de padronização entre as diferentes formas de análise entre as agências globais, além da falta de obrigação da regulação brasileira sobre a divulgação de materiais e relatórios com foco em ESG, e questiona para as palestrantes quais os principais desafios identificam na agenda ESG de suas empresas.

Segundo Marcela Rocha, buscando superar o desafio da falta de padronização, a JBS elaborou um relatório buscando responder aspectos comuns dos questionários das agências. Ela ainda destaca que é papel importante das empresas destacar para os investidores o que é relevante no contexto das empresas e como aquilo importa para os investidores em seus modelos de tomada de decisão. Marcela ainda destaca um desafio importante para a JBS: equalizar a agenda ESG nos 5 continentes em que a JBS atua e nos mais de 250 mil colaboradores que a Companhia tem. Por último, ela destaca que “o enforcement da alta direção para essa jornada é fundamental”.

Thaiany diz que outro desafio das companhias é trazer o ESG para a concepção dos produtos, destacando que a Vulcabrás elaborou processos produtivos que vão para a fábrica para que os produtos já nasçam com conceito de circularidade. Ela ainda destaca que, dada a característica continental do Brasil e os milhares de pontos de venda que a Vulcabrás atinge, as emissões do escopo 3 são um grande desafio para a Companhia. Por último, Thaiany diz que no contexto da falta de padronização de análise das agências que debatem temas ESG, é desafio da empresa ajudar analistas a entender o que é relevante para o negócio, criando métricas e indicadores, permitindo o acompanhamento de evolução e prioridades.

Por fim, Cristina lembra que o core-business da Ambipar é o ESG, destacando: “nossa ambição agora é ajudar todas as empresas como podem colocar isso em seu dia-a-dia”. Na visão da CEO, é papel da Ambipar trazer know-how de tecnologia e inovação para resíduos, uma vez que isso está no DNA da companhia. “Todo dia é uma nova missão. O que eu fiz ontem não está bom, precisamos melhorar”, finaliza Cristina.

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