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Expert XP: Ministro Queiroga detalha próximos passos no combate à pandemia

Aplicação de terceira dose, e medidas de contenção do avanço da variante delta são destaques da fala do ministro no segundo dia da Expert

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Principais mensagens do painel

Com a chegada de mais doses no segundo semestre deste ano de vacinas de diversas fabricantes, a expectativa é que se complete muito em breve a imunização da população adulta. A vacinação em adolescentes já acontece em alguns estados da federação, e já existe previsão para início de aplicação de doses de reforço. O painel com o Ministro Queiroga abordou também outras medidas para a saída da pandemia e realizou comentários acerca do sistema de saúde complementar.

Plano nacional de imunização e reforço da vacinação

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a importância de que estados e municípios sigam o Plano Nacional de Imunização (PNI), e criticou a judicialização da campanha de vacinação, enfatizou também o papel do governo federal nos investimentos e planejamento para contenção da pandemia. Acerca da vacinação com AstraZeneca, afirmou que irão diminuir o intervalo entre as doses de 12 para 8 semanas, exceto no caso de atrasos no fornecimento do imunizante, o que levará à manutenção do intervalo adotado atualmente e em último caso, à intercambialidade da segunda dose por vacina da Pfizer.

A respeito do reforço da vacinação com uma terceira dose, o ministro já anunciou que o governo planeja realizar prioritariamente em idosos acima de 80 anos e pessoas imunossuprimidas com doses do imunizante da Pfizer. Ainda não existem diretrizes do governo para aplicação de dose de reforço na população geral, no aguardo de estudo encomendado à Universidade de Oxford para definir melhor estratégia para o PNI.

Medidas de controle da pandemia

Acerca das medidas de controle à pandemia que vão além da vacinação em massa, em especial visando a contenção do avanço da variante delta, o ministro ainda falou que tem priorizado o reforço do sistema de saúde e das autoridades sanitárias locais, aumento da testagem e ampliação da vigilância genômica para monitorar o espraiamento da nova cepa do vírus.

Sobre o uso de máscaras e o pedido de Jair Bolsonaro para avaliação da viabilidade da retirada da obrigatoriedade, o ministro alegou que o presidente estaria em defesa da liberdade. 

Próximos passos e saída da pandemia

Ao ser questionado sobre a destinação das doses excedentes que chegarão ao Brasil, o ministro afirmou ser prioridade o reforço da vacinação em todos os brasileiros e falou da possibilidade de exportar ou doar uma vez cumprido este objetivo, seguindo a tradição nacional do Brasil como líder em campanhas de vacinação. Acerca de aplicação de doses em crianças maiores de três anos de idade, disse que que planejamento ainda aguarda conclusões de pesquisas.

Sobre o possível encerramento do uso da Coronavac, condicionou a continuidade ao registro definitivo na agência reguladora, uma vez que apesar de ter sido útil para o PNI, o imunizante ainda aguarda pelo aval definitivo da Anvisa, que espera mais evidências. O ministro ainda falou sobre a evolução do vírus, que não deve desaparecer e vai requerer novas medidas a serem tomadas no futuro. Levantou também a necessidade do desenvolvimento de tratamentos para a doença, e mencionou ainda o já defendido pelo governo, tratamento precoce.

Sistema de saúde suplementar

Tema que também interessa aos investidores, o sistema de saúde suplementar é responsável por 240 bi na nossa economia. Neste ano de 2021, os planos de saúde individuais tiveram reajuste negativo de 20% por redução na sinistralidade. Por sua vez, os planos empresariais sofreram aumento de 15%. O ministro Queiroga defendeu a regulação no setor e incentivo à melhoria da competição para melhorar o nível dos serviços prestados e preços para o consumidor final, além de incentivo à investimentos no setor. Em elogio ao presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, o ministro ainda levantou a possibilidade de inovações no setor de saúde em algo como o “Open Health”, em analogia ao Open Banking do BCB.

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