Expert XP 2024: Lideranças empresariais – Para o Brasil deixar de ser o país do futuro e virar o país do presente

De que forma as empresas podem contribuir para o desenvolvimento da sociedade? Pedro Passos, cofundador e copresidente do Conselho de Administração da Natura; Maria Silvia Bastos Marques, membro do conselho de administração da Klabin e Iguá Saneamento; Paulo Hartung, presidente do Ibá; Carlos Aguiar, engenheiro e especialista no setor de celulose; e Rafael Furlanetti, diretor institucional da XP Inc., discutiram a importância das lideranças empresariais e políticas para ajudar o Brasil a crescer e avançar.

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Furlanetti enfatizou a importância da participação ativa da população e das lideranças empresariais na política, ressaltando que a omissão pode ter um alto custo para a sociedade. Ele acredita que tanto a liderança empresarial quanto a política são fundamentais para o crescimento e prosperidade do país. Disse ainda que polarização, por si só, não gera consenso; e é no consenso que encontramos o caminho para o avanço. Segundo Furlanetti, “é preciso grandeza, calma e paciência para construir os consensos e avançar.”

Os palestrantes compartilharam uma característica em comum: todos pensaram além de seus interesses pessoais, focando no bem-estar do Brasil e de suas comunidades.

Maria compartilhou sua experiência em assumir posições de liderança tanto no setor privado quanto no público e relatou que ao assumir a CSN, empresa com um ambiente predominantemente masculino e militarizado, enfrentou desafios. Era uma empresa com 9 mil funcionários e menos de 1% deles eram mulheres. Ela considerou a transformação da CSN uma das experiências mais marcantes de sua vida e sua trajetória ilustra a importância de uma boa política e de uma gestão mais inclusiva.

Maria reafirmou que a participação no debate público requer renúncias, mas que essa é uma jornada valiosa. A transformação social, segundo ela, é motivada pela capacidade de inclusão e pela voz daqueles que não têm representação.

Pedro, representando a Natura, destacou a história da empresa que, desde sua fundação em 1969, sempre teve um forte compromisso com a sociedade e o meio ambiente. Ele enfatizou que o papel das lideranças empresariais é crucial para empurrar o país em direção à modernidade, defendendo a inovação e a responsabilidade socioambiental como pilares para o desenvolvimento econômico.

Pedro complementou afirmando que quando as pessoas se unem em prol do bem comum, o Brasil consegue avançar. Ele ressaltou a necessidade de pensar no país como um todo, preservando seu patrimônio natural para as futuras gerações.

Carlos, ao relembrar a situação do Espírito Santo nos anos 90, explicou como a organização das lideranças empresariais e políticas foi essencial para reestruturar o estado. Ele destacou que não existe um “salvador da pátria” para resolver os problemas do Brasil, e que a verdadeira transformação vem da organização e debate entre a população e suas lideranças.

Paulo focou na importância da participação empresarial no debate sobre o futuro do país. Ele argumentou que a sustentabilidade das empresas está intrinsecamente ligada ao rumo do Brasil e que é vital motivar mais líderes a se engajar nas questões nacionais. Por fim, Paulo concluiu que, apesar dos desafios, o Brasil tem avançado em questões importantes, como reformas e a autonomia do Banco Central. Ele destacou a importância de não retroceder e de continuar a busca por melhorias na educação, segurança e infraestrutura.

Por fim, Furlanetti concluiu destacando que todos nós compartilham os problemas do país e, por isso, cabe a todos resolver essas questões em conjunto. E complementou:

“O problema é nosso, é meu e é de vocês. Enfrentamos os problemas juntos, portanto cabe a nós resolvermos os problemas também juntos.”

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