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É a hora da Bolsa brasileira? Quais as melhores oportunidades

Quais as perspectivas para o mercado de ações no Brasil? Painel da Expert XP 2025 reuniu especialistas neste sábado (26); saiba mais

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As oportunidades na Bolsa brasileira foram tema de um dos painéis da Expert XP 2025. Segundo os especialistas que participaram do encontro neste sábado (26), a recuperação da Bolsa este ano começou a partir de um ponto extremamente deprimido, com o indicador de sentimento XP no mínimo, múltiplos comprimidos e forte entrada de capital estrangeiro. Embora tenha havido uma saída pontual de estrangeiros recentemente, há otimismo com a mudança de regime macro — saímos de inflação e juros em alta para um ciclo de inflação declinando com espaço para queda de juros reais.

Na visão de Cesar Paiva, gestor da Real Investor, o valuation continua atrativo, com a Bolsa negociando abaixo de 9x P/L futuro e earnings yield de ~12,5%, retorno futuro esperado bem acima da NTN-B (inflação + ~7%), o que reforça o argumento de alocação. Sara Delfim, gestora da Dahlia Capital, disse que os níveis atuais são próximos aos da crise de 2015, em que foi vista uma contração considerável do PIB. Segundo ela, as empresas atualmente estão muito melhores.

A XP estima um valor justo ao redor de 150 mil pontos, mas os especialistas concordam que pode superar a marca de 200 mil pontos com a normalização de juros reais (5–5,5%) e a recuperação de lucros. Na visão da Sara, o 1º trimestre foi uma reprecificação global de emergentes, puxada por rotação de ativos nos EUA; a próxima onda pode vir com corte de juros por lá, seguida de corte da Selic no 1T26 e, por fim, a eleição presidencial no Brasil – com potencial impacto a partir de outubro.

Impacto do cenário político

Sara afirmou que a aproximação do cenário eleitoral pode representar a quarta onda de reprecificação da Bolsa, com impacto potencial a partir de outubro de 2025. Ela vê espaço para valorização relevante dos ativos, especialmente diante de múltiplos deprimidos e câmbio desvalorizado. Cesar Paiva reforçou que, mesmo em um cenário político adverso, o atual nível de valuation já oferece margem de segurança significativa, e que as empresas estão mais sólidas do que no passado. Ambos concordam que, caso haja uma inflexão positiva no ambiente institucional ou na condução da política econômica, o mercado pode passar por uma reprecificação significativa.

Oportunidades e setores

Para os gestores, apesar do cenário desafiador, há muitas oportunidades atraentes na Bolsa brasileira, com Cesar especialmente enxergando-as em setores como os grandes bancos, imobiliário, seguradoras, utilities e commodities. Ele ressalta sua estratégia de investir em boas empresas a bons preços, com exemplos como Vulcabras, Vivara, Allos, e MRV — esta última enfrentando desafios recentes, mas com potencial de valorização no longo prazo graças ao ajuste operacional e ao ciclo do setor. Já Sara aponta que, após começar o ano mais otimista e exposta a cíclicos domésticos, a carteira foi ajustada para uma postura mais defensiva, ampliando posições em commodities, financeiras e utilities, com foco em diversificação, stock picking, e preservação de capital. O consenso é que, mesmo em momentos de volatilidade, a seleção criteriosa de ativos de qualidade é fundamental para capturar valor e proteger a carteira.

Em suas conclusões, eles acreditam que, apesar da maior volatilidade, o cenário estrutural continua construtivo, com muitas empresas boas, baratas e pagadoras de dividendos altos. O estrategista-chefe da XP e head do Research, Fernando Ferreira, ressaltou que, para o investidor de longo prazo, o momento de posicionamento é agora — esperar cortes formais na Selic é correr o risco de pagar mais caro pelos mesmos ativos.

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