01/09/2023 16:18:32 • Atualizado em 04/09/2023 14:06:30
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Como investir no futuro da energia

Paula Kovarsky e Clarissa Sadock, responsáveis pelas áreas de ESG das gigantes Raízen e Vibra, respectivamente, discutem o tema em debate mediado por Marcella Ungaretti (Head de ESG do Research XP) e André Vidal (Head de Óleo e Gás do Research XP).

Research XP

ESG não poderia deixar de ser assunto na Expert XP 2023. Por isso, Marcella Ungaretti, head de Research ESG da XP, e André Vidal, head do setor de Óleo e Gás, receberam Paula Kovarsky, vice-presidente de Estratégia e Sustentabilidade da Raízen, e Clarissa Sadock, vice-presidente da Vibra, para uma Learning Session na tarde desta sexta-feira.

No primeiro bloco do painel, Clarissa e Paula discutiram onde estão enxergando oportunidades de investimentos no Brasil no setor de energia limpa. Nessa contexto, Clarissa lembra que existes diversas transformações acontecendo simultaneamente, com diversas opções disponíveis.

No contexto da Vibra, a companhia já realizou investimentos em biometano, na Comerc (plataforma de negociação de energia), em iniciativas em veículos elétricos e em uma joint venture com a Copersúcar. Assim como a Vibra, a Raízen também está bem avançada com os investimentos no setor, sendo que a mais recente solução viabilizada é a certificação da Raízen como a única produtora de etanol no mundo certificada para a produção de SAF (combustível de aviação sustentável).

“Não é possível eletrificar tudo, os biocombustíveis tem um papel super importante na transição energética, especialmente em setores onde a eletrificação é mais cara ou difícil”, destaca Paula. Nesse contexto, Paula lembra dos investimentos da Raízen que estão sendo realizados no etanol de 2ª geração, com a expectativa do lançamento segunda fábrica do produto neste mês de setembro. Paula ainda lembra que a molécula do etanol de 2ª geração é parecida com a de 1ª geração, mas como realiza um maior sequestro de carbono e não compete com a produção de alimento, possui um prêmio interessante em seu preço.

Por fim, quando questionadas sobre as tendências de crescimento que estão vendo em energia limpa para os próximos anos, as visões são muito parecidas: ambas acreditam que os biocombustíveis terão um papel essencial nesse processo de transição. Além disso, ambas possuem expectativas positivas sobre os carros elétricos, mas que a eletrificação ainda precisará ser suportada por outras alternativas. “Precisamos ter um olhar inteligente sobre essa jornada. Talvez a eletrificação da frota leve no Brasil precise passar primeiro por um modelo híbrido.”