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Clima e seus impactos (crescentes) nos mercados

Especialistas discutem como as empresas podem se adaptar e incluir o clima na análise de risco

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Eventos climáticos extremos estão cada vez mais frequentes e afetaram diretamente diversos segmentos econômicos. No painel “Clima e seus impactos (crescentes) nos mercados”, Ana Luci Grizzi, sócia da EY Brasil para Climate Change and Sustainability Services, Viviane Romeiro, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Anibal Wadih, fundador e sócio-gerente da GEF Capital Partners, Rodrigo Favetta, CFO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, e Luiza Aguiar, analista de Research ESG da XP, falaram sobre a importância da incorporação do risco social, ambiental e climático para a transição climática, bem como das oportunidades para o mercado financeiro em meio às preocupações com o aumento da temperatura global, da frequência e da intensidade de eventos climáticos no mundo.

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Riscos climáticos no processo de investimento

Luiza Aguiar destacou que segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a cada 0,5°C de aumento na temperatura global, vamos ver aumentos visíveis na frequência e severidade de tempestades e períodos de secas ou enchentes. Neste sentido, Viviane Romeiro afirmou que o ponto fundamental é entender como traduzir os acontecimentos climáticos e ambientais para os negócios através de uma comunicação assertiva. Nesse sentido, é necessária uma articulação multissetorial, no qual o papel do mercado financeiro é de mobilização para acelerar a transição energética e incentivar uma economia de baixo carbono.

Rodrigo Faveta ressaltou a importância dos meios de comunicação, como os relatórios de sustentabilidade, dado que esses mecanismos são responsáveis por aproximar o investidor dos problemas climáticos. E, cada vez mais, o mercado financeiro e as empresas estão sendo provocadas e se movimentando nessa direção, seja por escrutínio público ou por mudança nas regulações. A CVM exigirá à partir de 2026 uma padronização e auditoria dos relatórios ESG de empresas listadas, uma mudança de paradigmas para o investidor. Esta alteração dá um passo na direção correta em unificação e padronização auditada de sustentabilidade para combater o ceticismo dos investidores. Para Aníbal Wadih, um gestor precisa avaliar a volatilidade climática no seu portfólio, à exemplo da tragédia socioambiental do Rio Grande do Sul, com diversas empresas afetadas pelas enchentes.

Como a análise de risco climático pode gerar valor?

Do ponto de vista do investidor, é cada vez mais necessário realizar uma due diligence com avaliação de ratings ambientais e dados públicos, considerando assim os riscos ambientais associados às empresas. Enquanto do ponto de vista do negócio, é necessário compreender a materialidade dos impactos de mudanças climáticas e a materialidade de impactos financeiros baseados em cenários. O conjunto de ações serve como base de preparação para os planos de adaptação às mudanças do clima. Porém, esse mercado ainda é incipiente, onde a análise ESG no mercado de credito ainda deixa a desejar, à exemplo do plano safra onde apenas 2% do crédito está associado à agenda verde. Nesse sentido é necessário uma base regulatória para segurança jurídica e estruturação de um mercado de carbono comentou Ana Luci, o que pode diminuir o ceticismo dos investidores às avaliações climáticas das empresas

Os palestrantes terminaram destacando que o momento atual do Brasil é oportuno para discutir a agenda de mudanças climáticas, com muitos ambientes propícios para impulsionar o tema e as oportunidades, como a COP 30. Por isso, o setor financeiro precisa ser proativo na tomada de decisão e alocação de capital, sendo responsável por incorporar o risco social, ambiental e climático nos seus portfólios, para impulsionar a economia verde, de baixo carbono, gerando resiliência climática para o investidor.

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