CFO de elite: como entregar resultados sólidos no Brasil de 2025

Juros altos, pressão inflacionária, tarifas dos Estados Unidos sobre produtos importados e dólar volátil: qual é a visão das empresas sobre o cenário atual do Brasil? Durante um painel do InfoMoney na Expert XP 2025, CFOs de companhias da Bolsa compartilharam suas estratégias para enfrentar a instabilidade dos mercados. Participaram Marcelo Bacci, da Vale, Denys Marc Ferrez, da Simpar, e Victor Mansur, da XP.

Os impactos das tarifas dos EUA

O aumento das tarifas de importação para os Estados Unidos deve gerar um impacto variado nas empresas. Para a Vale, por exemplo, que exporta pouco para os EUA, o efeito é mínimo. No entanto, outras empresas podem enfrentar desafios significativos devido a uma maior exposição a essas barreiras comerciais.

O impacto é ainda mais notável em mercados com maior volume de negócios, como o Canadá, onde a implementação de novas tarifas pode gerar perturbações consideráveis devido ao grande fluxo comercial.

Juros altos: como as empresas investem os recursos?

Com as taxas de juros altas, o foco das empresas se volta para a eficiência máxima e a alocação estratégica de capital. É crucial direcionar investimentos para ativos reais, que tendem a preservar seu valor em um cenário inflacionário, mitigando os riscos associados à desvalorização da moeda.

Além disso, a colaboração estreita com os clientes para negociar contratos mutuamente benéficos torna-se fundamental, buscando otimizar as operações e garantir a sustentabilidade dos negócios em um ambiente financeiro mais restritivo.

No que tange às emissões, há uma demanda crescente por títulos com condições mais atrativas e isenções, o que aquece o mercado de forma geral. Essa procura é tão intensa que, muitas vezes, ultrapassa a capacidade de resposta dos bancos.

Atualmente, a alocação em renda fixa pelos investidores encontra-se em patamares muito elevados, refletindo a busca por segurança e previsibilidade em um cenário de incertezas.

Para se desvincular do macroeconômico, a diversificação de portfólio, a criação de planos alternativos e a manutenção de um perfil de serviços essenciais são estratégias cruciais.

Além disso, ter um caixa maior para momentos desafiadores e estar sempre atento às mudanças do cenário, buscando a eficiência de custos, são medidas que fortalecem a resiliência das empresas.