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Cenário atual e Renda Fixa: do macro ao micro

Especialistas analisaram o caminho para a renda fixa com EUA e Brasil em momentos diferentes no ciclo de juros

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Na edição de 2024 da Expert XP, o mercado de renda fixa foi analisado sob diferentes perspectivas. Talita Luiz (Quattro Investimentos), Luciano Sobral (Neo), Fernando Genta (XP Asset) e Mayara Rodrigues (XP) discutiram o cenário macroeconômico e suas implicações para o mercado de renda fixa, abordando desde as grandes tendências até as nuances dos investimentos específicos.

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Confira a cobertura completa da Expert XP 2024

Em resposta a uma pergunta sobre a política monetária, Luciano Sobral afirmou que acredita que a Selic deve subir. Ele acredita em ciclo curto, com aumento gradual que deve parar em 11,5% no começo do ano que vem. Ele concluiu dizendo: “O cenário piorou e a curva desinclinou.” Luciano observou que os EUA estão na direção contrária, passando por uma normalização, com a inflação convergindo para a meta e a economia desaquecendo. Os juros americanos devem ser cortados no mesmo dia em que o Copom deve elevar a Selic. Luciano acredita que haverá queda de até 3% nos juros americanos até o final do próximo ano.

Cenário das emissões

Quando questionado sobre a janela favorável para captação da renda fixa e como o ciclo de alta na Selic afeta as emissões, Luciano comentou que esse é um assunto desafiador. Quanto mais altos os juros e as emissões de títulos incentivados, pior fica para os fundos multimercados, já que as pessoas tendem a migrar para títulos de renda fixa. A demanda por títulos incentivados resulta em emissões que conseguem spreads baixos, que não necessariamente refletem o risco de crédito. Luciano alertou que nem todo crédito é igual, mas os tomadores acabam comprando muito sem considerar a qualidade do crédito. De qualquer forma, para finalizar, Luciano reforçou que está provado que o Brasil é o país da renda fixa, com inflação e juros altos.

Já Fernando Genta foi questionado sobre a relação entre a política fiscal e as decisões de política monetária. Segundo Fernando, a dívida pública deve continuar crescendo, o que exigirá do governo uma maior captação no mercado. Ele observou que os juros externos devem seguir em um patamar mais elevado, assim como os juros no Brasil. Neste ano, o crescimento surpreendente foi impulsionado pelo expansionismo fiscal. A economia está forte, com baixo desemprego, e Fernando enfatizou que a política fiscal afeta diretamente a monetária. A nova Selic deve ficar em torno de 12% para equilibrar a situação.

Câmbio e oportunidades

Sobre o câmbio, Fernando destacou que o diferencial de juros é favorável ao real, e que, enquanto não houver estresse forte, é necessário acelerar tanto na política fiscal quanto na monetária. Ele comparou a situação atual do Brasil a um “trem fantasma”, onde se sabe o final, mas não se tem certeza de em que momento do filme se está, embora a velocidade esteja acelerada. As perspectivas para o real são favoráveis, com uma expectativa de cotação ao redor de R$5,20. Fernando concluiu que, embora o cenário macro seja desafiador, isso não significa que as oportunidades de investimento sejam ruins. Ele finalizou afirmando que o momento é bom para os poupadores.

Talita Luiz foi questionada sobre as melhores oportunidades de alocação em renda fixa no atual cenário. Ela destacou que, com os juros subindo, os brasileiros tendem a ficar satisfeitos, uma vez que a renda fixa proporciona equilíbrio e proteção para as carteiras. No Brasil, é cultural dosar o risco, e muitos investidores mantêm uma parte significativa de suas carteiras em renda fixa. Talita mencionou que, desde as eleições, muitos clientes têm buscado o mercado internacional, embora esse movimento tenha sido cíclico. Ela enfatizou que, no mercado internacional, é vantajoso considerar o hedge em dólar. No mercado doméstico, existem boas oportunidades em renda fixa, incluindo títulos pré-fixados, pós-fixados e atrelados ao IPCA. Ela destacou que momentos de estresse na curva de juros oferecem oportunidades interessantes, especialmente em swaps.

Talita também abordou o desafio do imediatismo tanto por parte dos assessores quanto dos clientes, explicando que a ansiedade por retornos rápidos pode ser prejudicial. Ela ressaltou a importância de controlar as expectativas dos clientes e alinhar resultados, o que torna essencial um bom relacionamento entre cliente e assessor. É fundamental considerar o horizonte de prazo dos clientes, e operar ativos longos em momentos de estresse pode ser uma estratégia muito interessante.

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