01/11/2025 02:25:42 • Atualizado em 03/11/2025 11:17:30
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Resumo semanal da Bolsa | Ibovespa sobe em meio à decisão de juros do Fed e com a temporada de resultados do 3T25 no radar

Não conseguiu acompanhar de perto o mercado durante a semana? Resumimos para você os principais destaques!

O Ibovespa encerrou a semana em alta de 2,3% em reais e 2,2% em dólares, aos 149.540 pontos, renovando suas máximas históricas e se aproximando da marca dos 150 mil pontos. Em outubro, o índice acumulou alta de 2,3% em reais e 1,0% em dólares.
Globalmente, todas as atenções se voltaram para a decisão de política monetária do Fed, que cortou os juros em 25 bps, em linha com as expectativas do mercado. No entanto, o tom mais duro adotado por Jerome Powell durante a coletiva de imprensa, sinalizando divergência entre os membros do FOMC e destacando que o mercado de trabalho não está desacelerando tão rapidamente quanto o esperado, surpreendeu os investidores. O comunicado impactou negativamente as bolsas globais e reduziu a probabilidade implícita de um novo corte de juros em dezembro, que passou de cerca de 90% para 63%. Ainda assim, o tom mais duro do Fed não foi suficiente para derrubar as bolsas americanas na semana (S&P 500 +0,7%; Nasdaq +2,0%), que avançaram apoiadas por: i) o acordo comercial entre Estados Unidos e China, após a reunião entre Trump e Xi Jinping; ii) os sólidos resultados da temporada de balanços do 3T25 — até o momento, 317 empresas do S&P 500 divulgaram seus resultados, com 82% superando as estimativas de lucro por ação, a uma surpresa média de 4,8%; e iii) o forte desempenho das big techs, como Alphabet (+8,2%), Amazon (+7,6%) e Apple (+3,3%), beneficiadas por resultados sólidos, além da Nvidia (+8,7%), que ultrapassou US$ 5 trilhões em valor de mercado após um novo discurso otimista de seu CEO, Jensen Huang.
No Brasil, os investidores aguardam a decisão do Copom na próxima quarta-feira (5), com o mercado esperando manutenção da Selic em 15,00%. No campo comercial, Trump e Lula se reuniram e sinalizaram o início de negociações sobre as tarifas adicionais de 50% impostas pelos EUA às exportações brasileiras. Do lado micro, a temporada de resultados do 3T25 está positiva no Brasil até agora, com 62% das companhias superando as estimativas de lucro por ação, com surpresa média de 4%. Além disso, o retorno dos investidores estrangeiros, que registraram entradas líquidas de R$ 1,9 bi após fortes saídas na primeira quinzena de outubro, também contribuíram para a alta do índice na semana.
Entre os destaques positivos da semana, MBRF (MBRF3, +18,9%) se destacou após anunciar um acordo com a HPDC (subsidiária do fundo soberano da Arábia Saudita), pelo qual transferirá seus ativos Halal para a Sadia Halal (veja o comentário completo dos nossos analistas aqui).
Na ponta negativa, Marcopolo (POMO4, -9,2%) recuou após divulgar resultados abaixo das expectativas de mercado (veja mais detalhes aqui).