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Volume de emissões de créditos de carbono cai 39% no 1° semestre de 2024 vs. 2023, diz Systemica | Café com ESG, 09/09

Vale investe em captura de carbono para indústria pesada; Emissão de créditos de carbono diminui em 2024

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O Ibovespa e o ISE terminaram a semana passada em território negativo, caindo 1,05% e 0,46%, respectivamente. Em linha, o pregão de sexta-feira terminou em queda, com o IBOV recuando 1,41% e o ISE 1,27%.

• No Brasil, (i) impulsionado pelos investimentos em saneamento a partir das concessões do serviço ao setor privado, o país é o maior emissor de ‘blue bonds’ acima de US$ 100 milhões, de acordo com novo relatório da Sustainable Fitch - o mercado, contudo, ainda é pequeno, dado que desde que surgiram até junho deste ano, foram US$ 12,3 bilhões em dívidas emitidas com esse rótulo, menos de 1% de toda a dívida ESG; e (ii) a Petrobras e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinaram, nesta sexta (6/9), um termo de cooperação para desenvolver estudos técnicos em matérias-primas renováveis para a produção de biocombustíveis, química verde e fertilizantes – a parceria envolve o desenvolvimento pela Petrobras de soluções tecnológicas e a implantação de unidades para produção de biocombustíveis e bioprodutos.

• No internacional, segundo relatório da consultoria Systemica, as emissões de créditos de carbono desaceleraram em 2024, frente a um contexto de baixos preços e demora nos registros pelas empresas verificadoras – de acordo com o estudo, o volume de emissões no mundo caiu 39% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado e de 2022.

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Brasil

Empresas

Vale investe em startup de captura de carbono para indústria pesada

"Capturar carbono onde ele é produzido permite que empresas poluidoras reduzam as emissões e mantenham a sua cara infraestrutura existente. Uma solução que promete ser mais barata para indústrias pesadas acaba de atrair aporte do veículo de investimentos em startups da mineradora brasileira Vale, o Vale Ventures, além das petrolíferas europeias Shell e Eni. A Mantel Capture, startup americana pré-operacional, fechou uma rodada de investimentos ‘serie A’ de US$ 30 milhões com diversos investidores. Criada em 2022 no Departamento de Engenharia Química do Massachussets Institute of Technology (MIT), a empresa desenvolveu um sistema que pretende capturar 95% do dióxido de carbono emitido pelas chaminés de indústrias pesadas usando borato fundido, um mineral alcalino que captura carbono em fase líquida a altas temperaturas. O baixo custo, segundo a companhia, vem do fato de que o processo aproveita os ambientes extremamente quentes dentro de fornos e caldeiras industriais, exigindo menos energia para aquecimento do que métodos de captura concorrentes. Em larga escala, a Mantel projeta capturar carbono ao custo de US$ 30 a US$ 50 a tonelada, tornando-o economicamente viável em países que oferecem incentivos para captura de carbono ou taxam emissões. “É uma tecnologia com alta eficiência energética, por isso tem potencial de reduzir o custo em até 50%, se comparado a soluções convencionais de captura de carbono, com uma operação de escala”, diz Bruno Arcadier, head do Vale Ventures, em entrevista ao Reset. O fundo não divulgou o tamanho do aporte na startup americana. Sediada em Boston, a Mantel vai utilizar os US$ 30 milhões arrecadados para implementar uma planta de demonstração com capacidade para capturar 1.800 toneladas de carbono por ano, cerca de 10 vezes mais do que a meia tonelada por dia capturada pela empresa em laboratório."

Fonte: Capital Reset; 06/09/2024

Brasil é maior emissor de ‘blue bonds’, os títulos para preservação da água

"A chamada economia azul, que dedica recursos para preservação de recursos hídricos, está crescendo – e tem o Brasil como um dos expoentes. Impulsionado pelos investimentos em saneamento a partir das concessões do serviço ao setor privado, o país é o maior emissor de ‘blue bonds’ acima de US$ 100 milhões, de acordo com novo relatório da Sustainable Fitch, braço de sustentabilidade da Fitch Ratings. Os blue bonds, ou títulos de dívida azuis, são uma parte do universo dos green bonds, os títulos de dívida que têm seus recursos carimbados para projetos com benefício ambiental. No caso dos azuis, o dinheiro necessariamente envolve projetos ligados à água, como conservação da biodiversidade marinha ou melhoria na infraestrutura de captação ou tratamento da água. O mercado ainda é pequeno: desde que surgiram até junho deste ano, foram US$ 12,3 bilhões em dívidas emitidas com esse rótulo, segundo relatório da agência de rating Fitch – menos de 1% de toda a dívida ESG. Governos de diferentes esferas e instituições financeiras eram os maiores emissores até 2022, mas o cenário vem mudando desde o ano passado, quando companhias passaram a ampliar sua participação no segmento. A empresa de saneamento brasileira Aegea foi um dos destaque pela Fitch. Entre títulos com recursos carimbados para os projetos e atrelados a sustentabilidade (SLBs, na sigla em inglês), a empresa emitiu mais de US$ 1,1 bilhão em 2023. Neste ano, a Aegea fez emissões similares que somam US$ 692 milhões, acompanhada pela Sabesp – que emitiu US$ 437 milhões para financiar a gestão sustentável da água – e pela Sanepar, que fez uma captação de US$ 124 milhões para projetos relacionados ao tratamento da água."

Fonte: Capital Reset; 06/09/2024

Geração fotovoltaica centralizada chega a 15 GW no Brasil

"As grandes usinas solares em operação no Brasil ultrapassaram a marca de 15 gigawatts (GW) de potência operacional, conforme mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Essas usinas operam em todos os estados do país, sendo a maior parte instalada na região Nordeste (58,6%), seguida pela Sudeste (40,3%). A entidade calcula que, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 64,3 bilhões em novos investimentos e mais de 452,5 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 21,3 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Segundo a Absolar, os empreendimentos têm sofrido cortes recorrentes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o chamado curtailment. A entidade estima um desperdício acumulado de energia, somando centrais solares e eólicas, de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos. Para a associação, é preciso reforçar o planejamento e os investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo nas linhas de transmissão e novas formas de armazenamento de energia. O presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Kolosuk, afirma que é plenamente possível aumentar a participação das renováveis na matriz elétrica brasileira, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia elétrica e os veículos elétricos”, diz Koloszuk."

Fonte: Eixos; 06/09/2024

Petrobras e Embrapa firmam parceria para combustíveis e fertilizantes de baixa emissão

"A Petrobras e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) assinaram, nesta sexta (6/9), um termo de cooperação para desenvolver estudos técnicos em matérias-primas renováveis para a produção de biocombustíveis, química verde e fertilizantes. A parceria envolve o desenvolvimento pela Petrobras de soluções tecnológicas e a implantação de unidades para produção de biocombustíveis e bioprodutos. O termo também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, como macaúba, as de entressafra e consorciadas, como o milho safrinha e outros tipos de oleaginosas. Caberá à Embrapa desenvolver um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, envolvendo técnicas agrícolas racionais, como o protocolo de certificação desta cultura. As alternativas deverão refletir o leque de opções para agroenergia nos diferentes biomas e sistemas de produção no país. “A diversificação e o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo adequados são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas, como os biocombustíveis. Além disso, a companhia tem interesse em ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional, bem como atender as metas do Plano Nacional de Fertilizantes. A Embrapa possui expertise necessária para ajudar a alavancar todas essas frentes”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, a parceria com a Petrobras é estratégica para potencializar as contribuições para os produtores rurais e políticas públicas em bioeconomia e desenvolvimento sustentável. Ela lembrou que, em 2023, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) emitidos."

Fonte: Eixos; 06/09/2024

Amazonas receberá primeiro hub de bioeconomia da região Norte

"O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) receberá o primeiro hub de inovação em bioeconomia da região Norte, resultado de uma parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Sebrae e a Fundação Amazonas Sustentável (FAS). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5/9) por Rodrigo Rollemberg, secretário da Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), durante o workshop Iniciativas de Pesquisa e Inovação para a Amazônia, promovido pela Finep na sede do CBA, em Manaus. Rollemberg revelou que uma área no CBA, projetada há 22 anos para ser um hotel, mas que nunca funcionou como tal, será transformada em um espaço para startups e aceleradoras voltadas à bioeconomia. “O Sebrae vai oferecer bolsas e mentorias para empreendedores, criando um ambiente de inovação que desenvolverá produtos e negócios a partir da biodiversidade amazônica, gerando benefícios para a população local”, afirmou o secretário. O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, participou do encerramento do workshop e destacou a importância da criação do hub no CBA, afirmando que ele pode se tornar o ponto de convergência entre empreendedores e pesquisadores da biodiversidade amazônica, promovendo mais inovação, renda e oportunidades de emprego. O Hub de Inovação em Bioeconomia faz parte do projeto CBA Open, que busca promover os Bionegócios na Amazônia por meio de alianças estratégicas com governos, empresas, startups e outras instituições, tendo como objetivo a criação de produtos e serviços inovadores a partir da biodiversidade da região. A iniciativa contará ainda com a colaboração do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)."

Fonte: Eixos; 06/09/2024

Tesouro fará primeiro leilão de linha de crédito para economia verde

"Está começando a sair do papel uma das principais apostas do governo para o financiamento climático do Brasil. O Tesouro Nacional fará o primeiro leilão para que os bancos possam tomar uma linha de crédito subsidiada para financiar projetos da economia verde. Trata-se do primeiro passo concreto do EcoInvest, programa criado no primeiro semestre para atrair capital privado internacional para financiar a transição da economia do país para baixo carbono. O processo foi aberto em julho e a entrega das propostas está marcada para 11 de outubro. Os lances mínimos são de R$ 100 milhões. Trata-se um uma modalidade financeira conhecida como blended finance, em que o capital catalítico (filantrópico ou subsidiado) entra para reduzir custos ou mitigar riscos, atraindo recursos privados em maior escala. O principal critério de seleção das propostas no leilão será justamente a capacidade dos bancos de alavancar o dinheiro subsidiado com recursos captados no exterior. Pelas regras, a alavancagem mínima tem que ser de seis vezes. Ou seja, para ter direito a receber R$ 100 milhões, o banco terá que se comprometer a captar ao menos R$ 500 milhões no mercado externo, via emissão de título de dívida ou contrato de empréstimo. A somatória de R$ 600 milhões terá que ser destinada ao financiamento de projetos que contribuam para a redução das emissões de gases de efeito estufa ou para a adaptação às mudanças climáticas, seguindo uma lista de setores e atividades que também foram definidos pelo governo. A linha tem prazo de pagamento de até dez anos, com amortizações durante o período, e custará para os bancos 1% ao ano (taxa nominal, sem inflação)."

Fonte: Capital Reset; 09/09/2024

Regras para CCS no Combustível do Futuro diminuem riscos para projetos no Brasil, avalia setor

"O Projeto de Lei 528/2020, conhecido como PL do Combustível do Futuro, incluiu a Agência Nacional de Mineração (ANM) como parte responsável, junto com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pela definição de prioridades para o uso de blocos destinados ao armazenamento de CO2 no Brasil. O capítulo que trata das regras para captura e armazenamento de carbono (CCS) incorporou ainda elementos do PL 1425/2022, de autoria do ex-presidente da Petrobras e ex-senador Jean Paul Prates (PT/RN), como a transferência de responsabilidade de longo prazo pelo CO2 armazenado e a outorga no prazo de 30 anos. O PL de Prates, dedicado ao CCS, passou pelo Senado e comissões da Câmara, o que motivou o aproveitamento de trechos já debatidos e com apoio de parlamentares e indústria. Segundo agentes do setor, as mudanças incorporadas no Combustível do Futuro trazem mais segurança jurídica para projetos de armazenamento de CO2 no país, a exemplo da participação da ANM nas decisões e a clareza sobre as responsabilidades nas operações de CCS. O texto aprovado pelos senadores acolheu a emenda de Esperidião Amin (PP/SC), que inclui o papel da agência reguladora da mineração no compartilhamento com a ANP da responsabilidade pela definição de prioridades para o uso de blocos destinados ao armazenamento de CO2. A emenda atende a um pedido da indústria carbonífera, majoritariamente concentrada em Santa Catarina, estado do senador. Fernando Luiz Zancan, presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS) – antiga Associação Brasileira de Carvão Mineral –, expressou otimismo com a inclusão da ANM no processo de desempate."

Fonte: Eixos; 06/09/2024

Rio Grande do Sul aposta em resiliência climática e mira investimentos na COP29

"Em painel durante o evento “O Brasil na COP29”, realizado nesta segunda-feira, 6, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, abordou os desafios climáticos e as oportunidades que o Brasil tem para liderar a transição energética mundial. O evento destacou a relevância do país nas discussões sobre mudanças climáticas e as iniciativas em andamento para a mitigação dos impactos ambientais, com foco na COP29, que ocorrerá em 2024. Leite, que comanda um estado recentemente devastado pelas maiores enchentes da história, ressaltou que o Rio Grande do Sul está em um processo de reconstrução após o desastre que afetou mais de 100 mil pessoas e causou perdas econômicas severas. “Foi o maior desastre climático em termos de extensão geográfica e de população atingida que o Brasil já presenciou”, disse o governador, que agradeceu à mobilização de entidades e empresas em prol do estado. O governador destacou o "Plano Rio Grande", que busca reconstruir o estado de maneira sustentável, adaptando as cidades e comunidades para eventos climáticos futuros. O plano inclui a criação de um comitê científico com 44 especialistas e incentivos para a geração de energia limpa. “Estamos determinados não apenas a reconstruir, mas a construir melhor, de forma resiliente”, afirmou. A COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas) é um evento global realizado anualmente, onde líderes mundiais discutem medidas para combater o aquecimento global e mitigar seus efeitos. Na COP29, a ser realizada em 2024, o Brasil terá um papel de destaque, especialmente nas pautas sobre transição energética e adaptação climática."

Fonte: Exame; 06/09/2024

Selo Verde Brasil: impulso à competitividade sustentável no mercado internacional

"Em um cenário global cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade e da responsabilidade socioambiental, o Brasil dá um passo significativo com o lançamento do Programa Selo Verde Brasil. Essa iniciativa inovadora, liderada pelo governo federal, busca impulsionar a competitividade dos produtos e serviços brasileiros no mercado internacional, ao mesmo tempo em que promove práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva. O Selo Verde Brasil surge como um selo de qualidade que atesta o compromisso das empresas brasileiras com a produção de bens e serviços que respeitam o meio ambiente e a sociedade. Ao adotar critérios rigorosos de avaliação da conformidade socioambiental em todo o ciclo de vida dos produtos, o Selo Verde Brasil possivelmente irá considerar aspectos como a rastreabilidade da produção, a redução da emissão de gases do efeito estufa e a eficiência energética, entre outros. O programa busca não apenas fortalecer a imagem do Brasil como um país comprometido com a sustentabilidade, mas também abrir portas para novos mercados e oportunidades de negócios. O Programa Selo Verde Brasil, que pode ser entendido como um “passaporte para exportar”, funciona como uma certificação abrangente que facilita a exportação de produtos e serviços brasileiros, comprovando sua conformidade com os requisitos ambientais dos principais mercados internacionais. Essa certificação voluntária, disponível para todos os setores da economia, simplifica o processo de exportação e reduz custos para as empresas."

Fonte: Valor Econômico; 06/09/2024

Internacional

Empresas

Emissão de crédito de carbono desacelera em 2024

"Em um cenário global cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas, o recente relatório da consultoria e assessoria de soluções ambientais Systemica mostra que as emissões de créditos de carbono desaceleraram em 2024. De acordo com relatório obtido em primeira mão pelo Valor, o volume de emissões no mundo caiu 39% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período do ano passado e de 2022. Até junho, a geração de novos créditos estava em 102 MtCO2e (milhões de toneladas de carbono equivalente). Considerando apenas o segundo trimestre de 2024, também houve diminuição de geração de novos créditos da ordem de 34% em relação aos primeiros três meses do ano. Os baixos preços e a demora nos registros pelas empresas verificadoras, que fornecem as metodologias de comprovação dos ativos, ajudam a explicar o mau momento do setor. Segundo Munir Soares, CEO e fundador da Systemica, notícias negativas no mercado internacional e brasileiro assombram ainda o setor e geram desconfiança de sua seriedade por algumas empresas. Desde 2023, foram divulgadas uma série de denúncias e investigações sobre créditos fantasmas, fraudes e baixa integridade de projetos, principalmente do tipo REDD+, que busca preservar a mata nativa para garantir a absorção de gás carbônico da atmosfera por aquela vegetação. Isso também se refletiu no preço dos ativos. Cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente removida da atmosfera (tCO2e). No segundo trimestre, houve declínio de mais de 6% no preço dos créditos de REDD+ globalmente, para uma média de US$ 4,10 por tCO2e."

Fonte: Valor Econômico; 09/09/2024

A sustentabilidade está caindo na lista de tarefas dos CEOs. Os clientes ainda a veem como uma prioridade.

"A sustentabilidade e outras questões ambientais estão caindo na lista de prioridades dos executivos-chefes, mesmo com o aumento das preocupações climáticas dos consumidores, de acordo com um novo relatório. Inteligência artificial, crescimento, inflação e incerteza geopolítica são agora as principais questões para os CEOs ao planejarem suas estratégias, disse a Bain & Co. em um relatório publicado na segunda-feira. Ao mesmo tempo, 60% dos consumidores estão mais preocupados com a mudança climática do que há dois anos, principalmente por causa de suas próprias experiências pessoais com condições climáticas extremas, segundo o relatório. “Quando você observa a importância dos [esforços ambientais, sociais e de governança corporativa], pode ver claramente um grande pico em 2021 e 2022, onde também houve muita ação por trás da” conferência climática COP26 de Glasgow em 2021, disse Torsten Lichtenau, líder da prática global de transição de carbono da Bain. “Agora, caiu de volta aos níveis de 2019.” Lichtenau disse que muitas empresas estabeleceram metas extremamente ambiciosas em relação ao clima e ESG nos últimos anos e agora estão se tornando mais realistas ao estabelecer metas, observando como é difícil e caro descarbonizar de fato. “Se observarmos a jornada, passamos pela parte em que temos grandes ambições, estabelecemos metas e, em seguida, temos uma queda e voltamos a uma forma mais realista de conduzi-las”, disse ele. Muitas empresas têm se manifestado menos sobre ESG e algumas até deram nomes diferentes a esses esforços."

Fonte: WSJ; 09/09/2024

Painéis solares, carros elétricos e agricultura circular: como a China está tentando se transformar em uma 'sociedade ecológica'

"Pequim já foi considerada uma das cidades mais poluídas do mundo, mas a barulhenta capital chinesa de quase 22 milhões de habitantes conseguiu vencer “a batalha pelos céus azuis”. Hoje, a poluição do ar atingiu níveis aceitáveis e para onde quer que se olhe há bolsões de florestamento urbano; a fumaça tóxica dos veículos convencionais rapidamente cede espaço à novíssima frota de carros elétricos; e do alto dos viadutos é impossível não reparar no brilho dos painéis de energia solar instalados sobre os telhados de casas e edifícios. Nesta cidade e em muitas outras partes do país, incluindo zonas rurais, a “civilização ecológica” prometida pelo presidente Xi Jinping parece se tornar cada vez mais uma realidade. Profundamente influenciada por princípios filosóficos do confucionismo e do taoísmo, que enfatizam a harmonia entre homem e natureza, a ideia foi oficialmente apresentada pelo Partido Comunista da China em 2007 e incorporada à Constituição em 2018 como uma resposta à rápida industrialização do país, que sustentou o forte desenvolvimento econômico das últimas décadas, mas causou problemas ambientais severos. "A liderança chinesa reconheceu que um novo modelo de desenvolvimento era necessário, a fim de assegurar um futuro sustentável para o país", afirma Bernardo Bernardi, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas. O país então passou a investir fortemente em tecnologia verde, e em pouco mais de 10 anos, conseguiu multiplicar sua capacidade solar instalada em 145 vezes, totalizando 609 gigawatts (gw) em 2023, em comparação com 4,2 gw em 2012. Só em 2023, foram instalados 217 gw, um número que supera o recorde nacional anterior de 87 gw em 2022 e ultrapassa toda a frota solar de 175 gw nos EUA, de acordo com dados da Administração Nacional de Energia (NEA, na sigla em inglês)."

Fonte: Capital Reset; 08/09/2024

China e EUA pressionam um ao outro sobre as prioridades das negociações climáticas da COP29 da ONU

"O principal diplomata climático de Washington, John Podesta, pressionou os líderes chineses a apresentarem planos ambiciosos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2035, em uma das últimas reuniões entre os dois maiores poluidores do mundo antes da cúpula climática COP29 da ONU, em novembro. Podesta visitou a China na semana passada, juntamente com outras autoridades dos EUA, para reuniões com seu colega chinês Liu Zhenmin e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, além de outros ministérios envolvidos com o clima e o meio ambiente. Eles discutiram suas novas metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2035, bem como o financiamento climático - ambos devem ser fundamentais para as negociações climáticas mais amplas da ONU em Baku, Azerbaijão, este ano. A cúpula da ONU começará logo após a eleição presidencial dos EUA, com os preparativos sendo feitos à sombra de uma ameaça de Donald Trump de se retirar da ação climática global, caso ele vença. A mídia estatal chinesa informou, após as reuniões de Podesta, que Pequim pediu a Washington que “mantenha a consistência com as políticas e faça esforços conjuntos com a China para lidar com os desafios globais”. Um relatório do departamento de estado disse que os dois lados discutiram seus esforços para lidar com as emissões de metano e óxido nitroso, ambos poderosos gases de efeito estufa que não são CO₂, e se comprometeram a realizar uma cúpula sobre o tema como parte das negociações em Baku. A redução dessas emissões é considerada uma das maneiras mais baratas e rápidas de limitar o aquecimento global no curto prazo."

Fonte: Financial Times; 08/09/2024

COP29 conta com apoio do G20 para avanços

"A Conferência do Clima em Baku, no Azerbaijão (COP29), em novembro, vai definir os termos da nova meta para o financiamento climático (NCQG). A discussão considera as necessidades dos países em desenvolvimento e o papel dos países ricos. Para atingir os objetivos, o Azerbaijão espera ter o apoio de fóruns multilaterais como o G20, presidido pelo Brasil este ano, com discussões sobre a reforma do sistema financeiro global e finanças sustentáveis. O foco também se dá pela sucessão: em 2025, a COP30 será em Belém (PA). Em 2009, em Copenhague, os países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano até 2020, prazo depois estendido até 2025, para ajudar os países mais vulneráveis a mitigar e se adaptar às mudanças climáticas. O montante só foi atingido em 2022, quando chegou a US$ 115,9 bilhões, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Agora, o tema volta à arena global para novas definições. Historicamente, nas conferências climáticas, entendeu-se que os países ricos só chegaram ao nível de desenvolvimento em que estão a partir de um modelo econômico baseado em combustíveis fósseis. Significa que foram os que mais contribuíram para a crise climática. Isso levou ao reconhecimento de que esses países deveriam tomar a liderança para “paga a conta” e dar suporte de adaptação aos países em desenvolvimento. O Azerbaijão, sede da conferência marcada para o período de 11 a 22 de novembro, tem buscado redes de cooperação para ações complementares às discussões da COP29."

Fonte: Valor Econômico; 09/09/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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