Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em queda, com o IBOV e o ISE caindo 0,43% e 1,07%, respectivamente.
• No lado das empresas, (i) foi inaugurado dentro da usina de Itaipu Binacional, nesta segunda (17), a primeira fábrica do Brasil para produção de petróleo sintético a partir do biogás e hidrogênio verde, com foco na produção de combustível sustentável de aviação – com aporte de 1,8 milhão de euros do governo alemão, o empreendimento foi criado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável; e (ii) a Vivo anunciou a antecipação de sua meta de net zero de 2040 para 2035, de olho em reduzir 90% das emissões dos escopos 1, 2 e 3 até meados da próxima década – o percentual restante deve ser neutralizado com investimentos em créditos de carbono de projetos de restauração florestal em diferentes biomas brasileiros.
• Na política, o plenário do Senado pode votar hoje o PL 2.308/2023, que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor – a sessão deliberativa está marcada para começar às 14 horas e tem outros quatro itens na pauta.
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Brasil
Empresas
Brasil inaugura 1ª fábrica de petróleo sintético para aviação a partir de biogás e hidrogênio verde
“Foi inaugurado dentro da usina de Itaipu Binacional, nesta segunda (17), a primeira fábrica do Brasil para produção de petróleo sintético a partir do biogás e hidrogênio verde, com foco na produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). O empreendimento foi criado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio do projeto H2Brasil. A usina recebeu 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 10 milhões) do governo alemão e tem por objetivo viabilizar uma rota para produção de combustíveis verdes a partir da composição de materiais orgânicos. Como o projeto ainda é de caráter experimental, a unidade vai produzir 6 quilos por dia de uma mistura de hidrocarbonetos sintetizada a partir de biogás e hidrogênio verde, chamada de biosyncrude, que será destinada à produção do SAF. Para produzir um volume de combustível suficiente para suprir uma aeronave comercial de grande porte, seria necessário fazer uma campanha de produção. O SAF pode ser obtido a partir de diferentes rotas tecnológicas e com matérias-primas que vão de oleaginosas a etanol e resíduos sólidos urbanos. No caso da unidade do Paraná, a ideia é utilizar até 50 Nm³/dia de biogás produzido na unidade de biodigestão da Itaipu como fonte de carbono para a produção dos hidrocarbonetos. Além disso, serão utilizados 53 Nm³/dia de hidrogênio verde produzido pelo Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI) do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O biosyncrude será enviado para o Laboratório de Cinética e Termodinâmica Aplicada (Lacta) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para caracterização e refino para obtenção do SAF. Além disso, o Laboratório de Materiais e Energias Renováveis (Labmater) da UFPR (Palotina/PR) realizou estudos sobre o processo de reforma a seco do biogás e desenvolveu os catalisadores utilizados. “
Fonte: Valor Econômico; 17/06/2024
Geração própria de energia atinge 30 GW no Brasil e fonte solar é destaque
“O Brasil atingiu nesta segunda-feira (17) 30 gigawatts (GW) de capacidade em geração própria de energia elétrica, também chamada de geração distribuída (GD), segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel). Este montante está espalhado em quase 3,9 milhões de unidades consumidoras (UCs) distribuídas pelo Brasil. Cada UC representa a casa de uma família, um estabelecimento comercial ou imóvel abastecido por micro ou mini usinas, todas elas utilizando fontes renováveis. Mas também faz parte de grandes grupos econômicos que investem pesadamente no setor por conta dos subsídios. O Estado de São Paulo é o líder na modalidade, com mais de 4 GW de potência instalada, seguido por Minas Gerais, com quase a mesma quantidade. Além disso, a GD já ultrapassa 1 GW em mais 8 Estados do Brasil. “Esse marco não só demonstra a capacidade e o potencial do país em adotar fontes de energia renovável, mas também destaca a importância de políticas públicas eficientes e o engajamento da sociedade em busca de soluções energéticas mais sustentáveis”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista. Quase 99% da geração distribuída ocorre a partir da fonte solar gerada a partir de pequenos sistemas fotovoltaicos de geração própria. O residual inclui algumas térmicas movidas a combustível renovável, centrais geradoras hidrelétricas (CGH) e energia eólica. Com a sanção do marco legal da geração distribuída, em 2022, o setor passou por um senso de urgência no desenvolvimento de novos projetos nessa área e viveu uma espécie de “corrida pelo sol” para garantir a gratuidade da cobrança da tarifa de uso da rede das distribuidoras, a chamada Tusd, até 2045. Esta forte política estatal de incentivos dados ao setor fez com que a fonte solar fosse a que mais crescesse no Brasil nos últimos anos e vem ditando a expansão do setor elétrico brasileiro.”
Fonte: Valor Econômico; 17/06/2024
Um terço dos brasileiros considera mudar de casa por eventos climáticos extremos, mostra pesquisa
“Levantamento realizado pela plataforma de dados imobiliários Place e pelo Instituto Cidades Responsivas identificou que 437,6 mil domicílios foram afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O sistema cruzou dados do IBGE com estudo do Grupo de Gestão e Planejamento de Recursos Hídricos (Gespla) da UFRGS. A incidência de eventos climáticos extremos, como as chuvas que fizeram a bacia do rio Guaíba subir, já afeta a vontade de brasileiros de mudar de casa, segundo pesquisa feita pela plataforma Loft e pela empresa de inteligência Offerwise. Da amostra de mil participantes, de todas as regiões do país, 27% disseram que “talvez” pretendiam se mudar por causa de eventos extremos, como chuvas intensas, secas prolongadas ou ondas de calor e de frio, e 7% disseram que sim, pretendem se mudar. No entanto, apenas 17% da amostra disse ter recursos suficientes para mudar de casa. Dos entrevistados, 30% disseram que a tragédia no Rio Grande do Sul afetou de alguma forma o desejo de mudar de onde vivem hoje. A parcela sobe para 38% entre as pessoas com 18 a 24 anos, mas cai para 25% para a faixa etária mais alta, a partir de 55 anos. Mesmo assim, a região Sul é a que apresenta a maior parcela de entrevistados que disseram não pretender se mudar, de 71%. O Nordeste tem a menor proporção de recusa, de 60%. Questionados se eventos extremos já afetaram a sua moradia, 66% dos habitantes da região Sul disseram que sim, parcela parecida com os 64% de moradores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entre os habitantes do Sudeste, 59% disseram ter sido afetados. No geral das regiões, a faixa etária dos 25 aos 34 anos foi a mais afetada, com 67% de respostas positivas, ante 55% dos participantes com 55 anos ou mais.”
Fonte: Valor Econômico; 17/06/2024
Vivo antecipa meta de net zero de 2040 para 2035
“A Vivo anunciou a antecipação de sua meta de net zero de 2040 para 2035, de olho em diminuir as emissões de gases do efeito estufa do escopo 3, que tem origem nas cadeias de fornecedores e suprimentos e nos clientes. A intenção da companhia do Grupo Telefônica é reduzir 90% das emissões dos escopos 1, 2 e 3 até meados da próxima década. O percentual restante deve ser neutralizado com investimentos em créditos de carbono de projetos de restauração florestal em diferentes biomas brasileiros. No ano passado, a companhia já havia conseguido diminuir 90% das emissões do escopo 1 e 2, alcançando uma meta prevista para 2030 (na comparação com 2015), passando de 264 mil toneladas de gases de efeito estufa emitidas em 2015 para 25,5 mil toneladas em 2023. O escopo 1 diz respeito ao CO2 decorrente das atividades diretas de uma companhia, e o escopo 2 abrange as emissões associadas ao uso de energia. “Isso nos coloca muito à frente de empresas com objetivos chegando a 2050, [por exemplo]. Isso demonstra a urgência de que todos antecipemos nossas metas”, afirmou o CEO da Vivo, Christian Gebara, durante o evento de apresentação da meta. Para chegar ao novo marco, o foco da Vivo estará em mitigar a pegada de carbono de seus 1,2 mil fornecedores, que fazem parte do escopo 3. Nos últimos dois anos, a companhia já vinha desenvolvendo um programa com um grupo de 125 fornecedores intensivos em carbono, que emitem 85% do volume total da cadeia de suprimentos. A Vivo criou um programa para auxiliá-los na estruturação de planos de ação e inventários de emissões, além de estimular a criação de compromissos voluntários. De acordo com a empresa, 61% desses fornecedores já aderiram à iniciativa.”
Fonte: Capital Reset; 17/06/2024
Por liderança climática, Natura recebe certificação pioneira global em carbono
“A qualidade dos créditos de carbono do mercado voluntário tem sido tema de intenso debate nos últimos anos, e a discussão também acontece do lado das empresas que os adquirem. Atenta a essa questão, a Natura deu um importante passo: foi a segunda companhia do mundo e a primeira indústria a obter o nível mais alto de um selo que atesta a integridade no uso dos créditos de carbono. A certificação de nível Platina é concedida pela Iniciativa de Integridade dos Mercados de Carbono Voluntários (VCMI), um órgão regulatório que atesta as compensações em créditos de alta qualidade e, acima de tudo, que são acompanhadas de uma estratégia de descarbonização alinhada com a ciência. Em 2022, a Natura comprou e aposentou créditos de carbono de alta qualidade, iguais ou superiores a 100% de suas emissões remanescentes – o equivalente a 320 mil toneladas de CO2 equivalente. No nível ouro, as empresas precisam compensar de 50% a 100% das emissões e, no nível prata, de 10% a 50%. A Natura é a primeira empresa do hemisfério sul a conquistar a certificação platina, e a segunda do mundo (a primeira foi a Bain&Company). “A certificação demonstra a consistência, integridade e transparência da empresa em relação às mudanças climáticas. A Natura pode contribuir para o aumento da conscientização das empresas e para o debate sobre o assunto, visando o aumento da credibilidade do mercado voluntário de carbono”, afirma Ana Costa, vice-presidente de assuntos corporativos e sustentabilidade da Natura. Obtida no último dia 10 de junho, a certificação se refere aos créditos comprados pela Natura durante o ano de 2022. Anualmente, a companhia realiza o seu inventário de carbono, que passa por verificação de auditoria independente e é reportado de acordo com o Protocolo GHG.”
Fonte: Capital Reset; 17/06/2024
Pesquisa mostra que empresas de bens de consumo fazem análises ESG, mas não rastreiam todo o risco
“Uma pesquisa realizada pela TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, em parceria com Attest ESG, empresa de avaliações e consultoria em finanças sustentáveis, que pertence à EXAME, mostra que a maior parte das empresas de bens de consumo entrevistadas identifica e avalia os impactos sociais e ambientais em seus negócios, porém, menos de 20% rastreiam todo o potencial de risco. O levantamento visa avaliar a presença dos critérios ESG na análise da cadeia de valor das empresas do setor de bens de consumo, assim como o envolvimento da média liderança na implementação de práticas relacionadas aos critérios ESG. Também busca compreender como as empresas entrevistadas utilizam a tecnologia para impulsionar a agenda ESG e a colaboração entre as cadeias de valor para promover a sustentabilidade nas organizações. As conclusões do trabalho incluem o fato de que 53% das empresas entrevistadas identificam e avaliam os impactos dos incidentes relacionados aos Direitos Humanos em seus negócios e cadeia de fornecimento. Da mesma forma, mais da metade identifica os riscos sociais e ambientais mais relevantes em sua cadeia de fornecedores ou setores com maior risco. Em se tratando de mapear os riscos, no entanto, apenas 18% rastreiam 100% dos materiais potencialmente arriscados. Apenas 15% envolvem os fornecedores na identificação e análise dos riscos sociais e ambientais, enquanto 24% possuem e aplicam uma política de riscos na cadeia de fornecedores. Além disso, 26% possuem indicadores para monitorar o desempenho dos fornecedores em relação à conformidade ambiental e social. A mesma tendência se dá quando se analisa a presença de uma taxonomia para avaliar os riscos ESG. Quase metade das empresas (48%) possui indicadores para analisar os riscos sociais e ambientais, e 40% analisam os possíveis impactos financeiros, de reputação e conformidade dos riscos identificados.”
Fonte: Exame; 17/06/2024
ESG na essência: Grupo Boticário é a empresa do ano no Melhores do ESG
“A sustentabilidade está na essência do Grupo Boticário. Essa maneira de atuar, olhando para a questões sociais e ambientais e buscando ter um impacto positivo na sociedade, é um pilar da empresa de beleza desde sua fundação, em 1977. E a evolução é constante. Em 2023, o grupo avançou em sua estratégia de instituir uma governança baseada nos princípios socioambientais do ESG, uma abordagem que poucas empresas, no mundo, ousam adotar. Ao colocar o G de governança como prioridade, o Grupo Boticário garante que a sustentabilidade fará parte de cada aspecto da companhia. Nada acontece sem que as dimensões do ESG sejam amplamente consideradas, e o incentivo para isso está na importância do tema para seus controladores. É por essa visão abrangente e sistêmica que o Grupo Boticário foi eleito como a empresa do ano na premiação Melhores do ESG, da EXAME. O reconhecimento se dá, também, pelo desempenho do grupo nos negócios. Os números falam por si. De 2013 a 2023, o Grupo Boticário multiplicou seu faturamento por 4, e fechou o ano passado com receita superior a 30 bilhões de reais. O avanço ganhou tração nos últimos dois anos, quando a receita quase dobrou. A companhia vem expandindo o número de lojas (mais de 3.800), de marcas (já são 12), de lançamentos (já são 3.000 todos os anos) e de canais de distribuição (que incluem franquias, lojas próprias, comércio eletrônico, vendas diretas, farmácias e supermercados). Some-se a isso uma estrutura que já tem 20.000 funcionários diretos, 25.000 indiretos, estimadas 2 milhões de distribuidoras porta a porta, 24 milhões de clientes recorrentes e mais de 50 países atendidos. Brasil adentro, existe uma loja do Boticário a cada 3 quilômetros. “Somos a empresa com a estrutura mais completa no mercado global de beleza”, diz Artur Grynbaum, sócio e vice-presidente do conselho da companhia.”
Fonte: Exame; 17/06/2024
O caos fundiário vai matar os créditos de carbono brasileiros?
“A operação da Polícia Federal que revelou o que deve ser o maior escândalo envolvendo créditos de carbono no país deixou muitas perguntas no ar. A Carbonext, uma das maiores desenvolvedoras de carbono do país, prestou consultoria nos projetos investigados, e eles foram auditados de forma independente e depois certificados pela Verra, sem que o problema fosse detectado. Como isso aconteceu? O que leva a outra questão inevitável: é possível confiar nos créditos de carbono vindos da Amazônia? Esta pergunta é retórica – mas ao mesmo tempo expressa uma dúvida genuína. O crime massivo de grilagem de terras no Amazonas para a realização de projetos de carbono foi cometido por uma organização criminosa com anos de experiência e a cumplicidade de servidores públicos, segundo a PF. Isso não quer dizer que todas as empresas do setor ajam da mesma maneira, e todos são inocentes até prova em contrário. Mas o problema vai além da Justiça. Bem antes da ação policial do último dia 5, os créditos de carbono já vinham enfrentando uma séria crise de confiabilidade, especialmente os que mantêm a floresta em pé, também chamados REDD+. Os compradores estão retraídos há mais de um ano, com medo de ver seus nomes envolvidos em empreendimentos que exageram o benefício climático ou exploram comunidades indígenas. Agora, a Operação Greenwashing trouxe à tona um novo elemento radioativo para o mercado voluntário: a questão fundiária, especificamente na Amazônia, onde está a maioria dos projetos de carbono do país. As etapas de checagem tipicamente realizadas em empreendimentos desse tipo foram cumpridas sem que os problemas aparecessem.”
Fonte: Capital Reset; 18/06/2024
WEG engaja 14 mil fornecedores para diminuir impactos ambientais
“Em 2023, a WEG avançou no tema ambiental, trabalhando em 610 projetos globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em mais de 50% nos escopos 1 e 2 até 2030. A empresa adotou técnicas como eletrificação de material e geração de energia renovável, resultando em 25% de redução nas emissões. Até o final deste ano, a meta é que 90% da energia consumida no Brasil seja renovável, enquanto globalmente a taxa é de 75%. A empresa também busca engajar seus 14.000 fornecedores no Programa WEG de Fornecedores Sustentáveis para avaliar riscos ambientais e propor estratégias. Para 2024, planejam programas de gestão hídrica para uma utilização mais eficiente da água. O diretor de sustentabilidade, Daniel Godinho, destaca a importância do mapeamento das empresas fornecedoras. Em 2023, a WEG avançou no tema ambiental, trabalhando em 610 projetos globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em mais de 50% nos escopos 1 e 2 até 2030. A empresa adotou técnicas como eletrificação de material e geração de energia renovável, resultando em 25% de redução nas emissões. Até o final deste ano, a meta é que 90% da energia consumida no Brasil seja renovável, enquanto globalmente a taxa é de 75%. A empresa também busca engajar seus 14.000 fornecedores no Programa WEG de Fornecedores Sustentáveis para avaliar riscos ambientais e propor estratégias. Para 2024, planejam programas de gestão hídrica para uma utilização mais eficiente da água. O diretor de sustentabilidade, Daniel Godinho, destaca a importância do mapeamento das empresas fornecedoras.”
Fonte: Exame; 18/06/2024
Política
Senado vota projeto sobre produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono
“O plenário do Senado pode votar, na terça-feira (18), o projeto de lei (PL) 2.308/2023, que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono e determina incentivos fiscais e financeiros para o setor. A sessão deliberativa está marcada para começar às 14 horas e tem outros quatro itens na pauta. O PL 2.308/2023, da Câmara dos Deputados, foi aprovado na semana passada pela Comissão Especial do Hidrogênio Verde. De acordo com o relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA), cabe à Agência Nacional de Petróleo (ANP) autorizar a produção, a importação, o transporte, a exportação e a armazenagem de hidrogênio. A produção fica restrita a empresas brasileiras sediadas no país. O projeto cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, formada por cinco programas. Um deles é o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro). O texto prevê suspender por cinco anos a incidência do PIS/Pasep e da Cofins sobre a compra de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, estoques e materiais de construção feita por produtores de hidrogênio de baixa emissão de carbono habilitados. Outro item na pauta é o PL 380/2023, que incentiva a adaptação das cidades às mudanças climáticas. O texto da Câmara dos Deputados foi aprovado na semana passada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA), com relatório favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES). O projeto assegura prioridade de adaptação às áreas em situação de vulnerabilidade e determina que sejam feitos estudos de risco climático. O objetivo é prevenir desastres ocasionados por enchentes e deslizamentos de encostas sobre regiões habitadas, desabastecimento de água e destruição de infraestrutura. O Senado pode votar, ainda, o projeto de lei da Câmara (PLC) 29/2017, que consolida e atualiza normas para o mercado de seguro privado no país.”
Fonte: InfoMoney; 17/06/2024
Congresso pode definir direção para economia circular – e o que é transição justa
“Um caminho para ajudar o Brasil a cumprir suas metas climáticas, a economia circular está prestes a ganhar um marco legal, com o projeto de lei 1.874/2022, aguardando apreciação da Câmara dos Deputados. A matéria já passou pelo Senado e conseguiu apoio de governistas e oposição. Na Câmara, requerimentos de urgência buscam acelerar a tramitação do projeto que inaugura uma política nacional sobre o tema e traz também definições do que é transição justa. Pedro Prata, oficial de políticas para a América Latina na Fundação Ellen MacArthur, organização internacional especialista em economia circular, explica que, embora não traga medidas específicas a serem adotadas, o PL define conceitos importantes para dar um direcionamento aos investimentos do setor privado e orientar financiamentos de instituições como o BNDES. “O PL coloca o Brasil em um patamar que outros países percorreram, que é definir para o Estado brasileiro o que é economia circular. A gente já fez esse dever de casa com energia, com transição energética. A gente sabe o que é transição energética, mas a gente não sabe como lidar ainda com produtos, serviços, materiais”, comenta o especialista. Estudo da Ellen MacArthur aponta que eficiência energética e substituição de energia fóssil por renovável irão resolver apenas 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE). Ao adotar práticas circulares, é possível reduzir uma proporção significativa dos 45% restantes. Um exemplo é o impacto na circulação de produtos e materiais – em vez de produzir novos – na redução da demanda por energia. Segundo a justificativa do PL, a extração e processamento de recursos naturais já são responsáveis por mais de 90% da perda de biodiversidade, estresse hídrico e aproximadamente metade dos impactos relacionados às mudanças climáticas. Nos últimos cinquenta anos, houve contínuo aumento da demanda global por materiais.”
Fonte: Epbr; 17/06/2024
Internacional
Empresas
Mais de 800 usinas de carvão em todo o mundo poderiam ser desativadas de forma lucrativa
“Mais de 800 usinas elétricas movidas a carvão em países emergentes poderiam ser desativadas e substituídas de forma lucrativa por energia solar mais limpa a partir do final da década, segundo pesquisa realizada na segunda-feira. Embora apenas um décimo das usinas de carvão existentes esteja programado para ser desativado até 2030, mais usinas poderiam ser fechadas se fossem feitos esforços para identificar oportunidades, disse o Instituto de Economia de Energia e Análise Financeira (IEEFA). “O principal problema aqui é a falta de um pipeline de transações bem definidas, contratadas e financiáveis de carvão para limpo”, disse Paul Jacobson, principal autor do relatório. Cerca de 15,5 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono são geradas todos os anos por 2.000 gigawatts de energia a carvão. A Agência Internacional de Energia afirma que as emissões precisam chegar a zero até 2040 para que o aumento da temperatura não ultrapasse o limite de 1,5 grau Celsius. Mas o descomissionamento é caro, especialmente se as usinas ainda estiverem pagando dívidas ou vinculadas a contratos de compra de energia (PPAs) que as comprometem a fornecer eletricidade por décadas. Os governos têm procurado soluções para pagar pela transição – incluindo o Mecanismo de Transição de Energia do Banco Asiático de Desenvolvimento – mas apenas um pequeno número de projetos foi adiante. As 800 metas de transição viáveis identificadas pela IEEFA incluem cerca de 600 construídas há trinta anos ou mais, muitas das quais pagaram dívidas e não estão mais vinculadas a longos PPAs. Com as margens de lucro das energias renováveis agora suficientes para cobrir o custo de substituição das usinas de carvão, o descomissionamento das 200 usinas restantes construídas entre 15 e 30 anos atrás também poderia ser acessível, embora ainda existam obstáculos, incluindo os subsídios aos combustíveis fósseis que inflacionam o valor de um ativo.”
Fonte: Reuters; 17/06/2024
Brookfield lança fundo de US$ 5 bi para descarbonizar emergentes
“A Brookfield Asset Management lançou seu primeiro fundo voltado para investimentos em projetos de transição climática em mercados emergentes. A gigante de recursos alternativos — que tem mais de US$ 925 bilhões sob gestão – quer levantar US$ 5 bilhões para o Catalytic Transition Fund (CTF). A primeira menção sobre o fundo aconteceu no fim do ano passado, durante a COP-28, quando o ALTÉRRA – o fundo climático de US$ 30 bilhões dos Emirados Árabes Unidos – se comprometeu a colocar US$ 1 bilhão no CTF. (A Brookfield, TPG e Blackstone são parceiros do ALTÉRRA). O CTF terá como foco projetos de energia renovável e descarbonização – desde projetos greenfield em usinas solares e eólicas até aportes em negócios de biocombustíveis e baterias. Segundo o head de energia renovável & transição e managing partner da Brookfield, André Flores, o Brasil deve dividir o protagonismo dos investimentos do fundo com a Índia, mas o CTF também vai procurar ativos no Leste Europeu, Oriente Médio e no leste asiático. Por aqui, os investimentos devem ir para mercados menos maduros, como o de biomassa, resíduos industriais e baterias. “Temos olhado para mercados ainda a serem desenvolvidos no Brasil, então dificilmente vamos investir em energia eólica e solar por meio do CTF, por exemplo,” Flores disse ao Brazil Journal. A Brookfield não descarta fazer investimentos por meio de joint ventures ou se tornar um minoritário relevante. Os cheques serão menores do que a Brookfield está acostumada a assinar: o investimento médio será de US$ 150 milhões, porém há espaços para aportes menores, a partir de US$ 50 milhões. A gestora espera encerrar a captação do fundo em 2025. Boa parte desse dinheiro deve vir dos investidores que já estão nos outros dois fundos de Global Transition da gestora, que somam US$ 25 bilhões.”
Fonte: Brazil Journal; 17/06/2024
Mundo instalou 11 GW de nova capacidade eólica offshore em 2023
“A indústria eólica instalou 10,8 GW de nova capacidade offshore em 2023, elevando o total global para 75,2 GW, e caminha para novos recordes, aponta relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, em inglês) divulgado nesta segunda (17/6). “A energia eólica offshore está preparada para um crescimento verdadeiramente global depois de 2023 ter registado o segundo maior número de instalações anuais, bem como desenvolvimentos políticos importantes que estabeleceram as bases para a expansão acelerada da indústria durante a próxima década”, analisa a organização. No ano passado, apesar dos desafios macroeconômicos enfrentados pelo setor em alguns mercados-chave, houve um crescimento de 24% em nova capacidade em relação ao ano anterior. Na avaliação do GWEC, essa taxa de crescimento deve continuar até 2030, mantido o cenário político atual. Nos próximos dez anos, a expectativa é que sejam instalados 410 GW de nova capacidade eólica offshore, alinhando a implantação da energia eólica offshore com as metas globais de instalação de 380 GW até 2030. A maior parte disso ocorrerá na virada da década, com dois terços instalados entre 2029 e 2033. Este crescimento previsto será impulsionado por uma onda de instalações em mercados relativamente novos para a eólica offshore, como Brasil, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Vietnã, Colômbia, Irlanda e Polônia. O relatório explica que as políticas locais e o “foco sem precedentes” de governos, indústria e sociedade civil no setor está estabelecendo as condições para o desenvolvimento eólico offshore a longo prazo e em grande escala. No entanto, aponta que gargalos nas áreas de finanças, demanda e aquisições industriais, desenvolvimento da cadeia de suprimento, licenciamento, consenso social, desenvolvimento da força de trabalho e infraestruturas de rede precisam ser superados o quanto antes, ou esta expansão estará em risco.”
Fonte: Epbr; 17/06/2024
Pare de debater os mercados de carbono e comece a criá-los
“A realidade brutal da física climática é que o orçamento de carbono para limitar o aquecimento a 1,5ºC se esgotará em uma década se o mundo continuar em sua trajetória atual. Isso faz com que as reduções de emissões hoje sejam especialmente cruciais, pois criam tempo para os enormes investimentos necessários em tecnologias limpas, ao mesmo tempo em que ampliam o horizonte para comercializar essas inovações. Os mercados voluntários de carbono podem desempenhar um papel fundamental na concretização desse valor temporal do carbono. Atualmente, os VCMs são pequenos – apenas US$ 2 bilhões de emissão anual em todo o mundo. Isso se deve, em grande parte, à falta de integridade. Há questões válidas sobre a credibilidade das alegações feitas para os projetos e pelos compradores, os impactos negativos sobre as comunidades locais e indígenas e se a expansão dos créditos poderia desincentivar as reduções absolutas de emissões. Os formuladores de políticas estão agora se preparando para lidar com essas preocupações. O governo dos EUA deu um passo inovador no mês passado ao anunciar seus princípios para a participação responsável em VCMs. Ele está colocando em prática o poder das soluções baseadas no mercado para construir uma economia limpa que apoie empregos, comunidades e crescimento. Esse é um primeiro passo fundamental. Para atingir a escala necessária, as principais economias devem trabalhar em conjunto para criar mercados integrados globalmente, principalmente para expandir drasticamente as oportunidades de descarbonização para economias emergentes e em desenvolvimento que, atualmente, estão carentes de capital. Os VCMs de alta integridade podem promover uma transição mais suave e eficiente. Se bem projetados, eles podem acelerar o ritmo das reduções absolutas de emissões.”
Fonte: Financial Times; 17/06/2024
Bill Gates quer investir ‘bilhões de dólares’ em energia nuclear; entenda o motivo
“Bill Gates está preparado para entrar forte em um novo negócio. O bilionário fundador da Microsoft falou que está pronto para investir “bilhões dólares” em um projeto de energia nuclear no estado do Wyoming para satisfazer as crescentes necessidades energéticas dos Estados Unidos. De acordo com a Bloomberg, a TerraPower, startup fundada por Gates, iniciou a construção de seu primeiro reator comercial na semana passada no estado americano, onde uma usina a carvão está fechando. A TerraPower explora reatores mais simples e baratos desde 2008 e espera concluir o novo reator em 2030. “Coloquei mais de US$ 1 bilhão s e colocarei outros bilhões nesse negócio”, disse Gates, a sexta pessoa mais rica do mundo, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg. A central da TerraPower, que tem o apoio do Departamento de Energia dos EUA, estava inicialmente prevista para operar em 2028. Mas isso significaria depender do combustível da Rússia, o que é “inaceitável agora”, disse Gates no Fareed Zakaria GPS da CNN. “O carvão está sendo superado pelo gás natural”, disse Gates à CNN. “E então o que temos que fazer é competir de forma eficaz com o gás natural.” A energia nuclear isenta de carbono é cada vez mais vista como uma parte fundamental da luta contra as alterações climáticas. Cada vez mais empresas estão a promover reatores menores. No ano passado, 25 países na COP28 em Dubai declararam que querem triplicar sua capacidade nuclear.”
Fonte: Exame; 17/06/2024
IA pode ajudar o setor de transporte marítimo a reduzir as emissões, diz relatório
“O setor de transporte marítimo comercial global poderia reduzir suas emissões de carbono em 47 milhões de toneladas por ano ao implantar a inteligência artificial para a navegação marítima, mostrou um estudo da startup de transporte autônomo Orca AI na terça-feira. O uso da tecnologia poderia reduzir a necessidade de manobras e desvios de rota em encontros próximos com alvos marinhos de alto risco, como navios, boias e mamíferos marinhos, alertando a tripulação em tempo real, de acordo com o relatório. O transporte marítimo, responsável por movimentar cerca de 90% do comércio global, contribui com quase 3% das emissões mundiais de dióxido de carbono. A previsão é de que essa participação aumente nos próximos anos, a menos que medidas mais rígidas de controle de poluição sejam implementadas. A Organização Marítima Internacional tem como objetivo reduzir as emissões em 20% até 2030, uma meta ameaçada pela atual crise do Mar Vermelho. “No curto prazo, isso pode levar a menos membros da tripulação na ponte, enquanto os que estiverem na ponte terão uma carga de trabalho reduzida e mais atenção para lidar com tarefas de navegação complexas, otimizando a viagem e reduzindo o combustível e as emissões”, disse Yarden Gross, CEO da Orca AI, à Reuters. “No longo prazo, isso abrirá a porta para o transporte totalmente autônomo.” As emissões globais de dióxido de carbono do transporte marítimo atingiram uma estimativa de 858 milhões de toneladas em 2022, um aumento marginal em relação ao ano anterior, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Uma média de 2.976 incidentes marítimos são registrados por ano, mostrou o estudo da Orca AI. A redução nos desvios de rota poderia ajudar os navios a cortar 38,2 milhões de milhas náuticas por ano de suas viagens, economizando uma média de US$ 100.000 em custos de combustível por navio, de acordo com o relatório da Orca AI.”
Fonte: Reuters; 18/06/2024
“Os principais grupos de lobby do setor de petróleo e milho dos EUA disseram na terça-feira que estavam processando o governo do presidente Joe Biden por causa de seu plano para reduzir as emissões de veículos pesados que causam o aquecimento do planeta, argumentando que as regulamentações causarão danos econômicos. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA finalizou na primavera deste ano novas regras para modelos de semirreboques, ônibus e outros veículos pesados lançados de 2027 a 2032, em uma tentativa de reduzir 1 bilhão de toneladas de emissões de gases de efeito estufa até 2055. Os veículos pesados são grandes contribuintes para a mudança climática, respondendo por cerca de 7% das emissões nacionais, de acordo com dados da EPA, e os padrões formaram uma parte importante do plano mais amplo de Biden para combater o aquecimento global. “A EPA está forçando uma mudança para uma tecnologia que simplesmente não existe atualmente para esses tipos de veículos – e mesmo que um dia seja possível, quase certamente terá consequências para o americano médio”, disse Ryan Meyers, vice-presidente sênior e conselheiro geral do American Petroleum Institute (API). A API é o principal grupo de lobby de petróleo e gás dos EUA e inclui a Exxon Mobil (XOM.N), abre nova aba como membro. A National Corn Growers Association (Associação Nacional de Produtores de Milho), a American Farm Bureau Federation (Federação Americana do Bureau Agrícola) e a Owner-Operator Independent Drivers Association (Associação de Motoristas Independentes Proprietários de Veículos) disseram que se juntaram ao processo de terça-feira, argumentando a favor de outros métodos para combater a mudança climática, como os biocombustíveis.”
Fonte: Reuters; 18/06/2024
O potencial dos créditos de biodiversidade
“A busca pelo bem-estar da humanidade é uma meta unânime e nobre, e consequentemente qualquer iniciativa que permita melhorar nossa qualidade de vida deve ser difundida e, idealmente, amplamente usada. Hoje em dia não existem dúvidas da relação direta e positiva entre a biodiversidade e o bem-estar da humanidade. Por isso, é muito bem-vinda qualquer iniciativa que vise valorizar áreas com floresta em pé ou com vegetação nativa para ser mais nacionalmente abrangente. Portanto, a ideia, traduzida para o nosso território, é manter a vegetação nativa em qualquer bioma que ocorre no Brasil. Uma das novas iniciativas que tem sido difundida mundo afora após o lançamento do Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal em 2022 são os créditos de biodiversidade. Trata-se de uma iniciativa que pode ampliar o financiamento privado para conservar a natureza e dar algum retorno financeiro para o setor produtivo interessado, o que geraria um interessante jogo de “win-win” para todos os setores. Algo que chama a atenção de forma positiva, e que aparece na literatura como quase um consenso, é a meta de ganho líquido com os créditos em biodiversidade. Portanto, como bem argumentado na literatura específica, os créditos de biodiversidade não devem ser usados como compensação de degradação, para qual existe legislação específica. O termo biodiversidade foi lançado décadas atrás pelo biólogo Edward O. Wilson (professor de Harvard) para abarcar não somente todas as formas de vida, como também a diversidade entre e dentro das espécies (por exemplo entre as populações locais da fauna e flora), sendo, portanto, muito mais abrangente do que a simples contagem de espécies.”
Fonte: Valor Econômico; 18/06/2024
Política
Países da UE aprovam lei histórica sobre a natureza após atrasos
“Os países da União Europeia aprovaram uma política emblemática para restaurar a natureza danificada na segunda-feira, após meses de atraso, tornando-a a primeira lei verde a ser aprovada desde as eleições para o Parlamento Europeu neste mês. A lei de restauração da natureza está entre as maiores políticas ambientais da UE, exigindo que os estados-membros introduzam medidas de restauração da natureza em um quinto de suas terras e mares até 2030. Os ministros do meio ambiente dos países da UE apoiaram a política em uma reunião em Luxemburgo, o que significa que agora ela pode ser aprovada como lei. A votação foi realizada depois que a ministra do meio ambiente da Áustria, Leonore Gewessler, dos Verdes, desafiou seus parceiros de coalizão conservadores, comprometendo-se a apoiar a política – dando-lhe apoio suficiente para ser aprovada. “Sei que enfrentarei oposição na Áustria em relação a isso, mas estou convencida de que este é o momento de adotar essa lei”, disse Gewessler aos repórteres. A política tem como objetivo reverter o declínio dos habitats naturais da Europa – 81% dos quais são classificados como tendo saúde precária – e inclui metas específicas, por exemplo, para restaurar as terras de turfa para que possam absorver as emissões de CO2. A decisão da ministra austríaco irritou o Partido Popular, conservador, do chanceler Karl Nehammer, que se opõe à lei. A ministra do OVP para assuntos da UE, Karoline Edtstadler, disse que o voto favorável de Gewessler seria inconstitucional. A Bélgica, que detém a presidência rotativa da UE e preside as reuniões de ministros, disse que a disputa do governo austríaco não afetaria a legalidade do voto dos ministros da UE.”
Fonte: Reuters; 17/06/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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