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Vale (VALE3) passa por mais uma mudança no Conselho de Administração | Café com ESG, 02/07

Marie Insker renunciou posição de conselheira independente; CBIOs podem ser submetidos ao padrão do IVA

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 0,65% e 0,09%, respectivamente.

• No Brasil, (i) quatro meses depois de José Luciano Penido renunciar ao conselho da Vale, Vera Marie Inkster, conselheira independente e uma das 2 mulheres no conselho de 13, decidiu seguir o mesmo caminho, agravando a crise no conselho devido ao aumento da influência do Governo por meio da Previ - Vera, que renunciou ontem ao cargo, é ex-CEO da mineradora canadense Lundin Mining e estava há apenas um ano no board da Vale; e (ii) a Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) alerta que os créditos de descarbonização (CBIOs) podem ser submetidos à oneração padrão do Imposto de Valor Agregado (IVA), estimado em 26,5%, se não for mantida a regra de desoneração atual – em nota divulgada ontem, a associação cobra do Congresso Nacional a manutenção da desoneração dos créditos de descarbonização no PLP 68/2024, que regulamenta a reforma tributária.

• No internacional, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial e Boston Consulting Group, a cadeia de valor da indústria da construção, responsável por 37% das emissões globais, precisa acelerar sua transição para materiais mais sustentáveis, com o potencial de desbloquear US$ 1,8 trilhão em oportunidades de mercado - para destravar essas oportunidades é preciso, no entanto, superar barreiras como lacunas nas regulamentações e nos padrões da indústria, adoção de tecnologias avançadas, biomateriais, entre outros.

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Brasil

Empresas

Na Vale, uma nova renúncia — e um Governo cada vez mais presente

"Quatro meses depois de José Luciano Penido renunciar ao conselho da Vale denunciando uma “evidente e nefasta influência política” na empresa, outra conselheira independente decidiu seguir o mesmo caminho. Vera Marie Inkster — uma ex-CEO da mineradora canadense Lundin Mining que estava há apenas um ano no board da Vale (e uma das duas mulheres no conselho de 13) — renunciou hoje ao cargo, agravando a crise no conselho devido ao aumento da influência do Governo por meio da Previ. Marie, que é cidadã canadense, não explicou o motivo da renúncia, mas o Brazil Journal apurou que ela foi agredida verbalmente mais de uma vez por conselheiros alinhados à posição do Governo — o que certamente pesou na decisão. Há algumas semanas, Marie já havia renunciado ao Comitê de Indicação e Governança, responsável por avaliar nomes para o conselho e o management da empresa, depois de um desses embates. Ela também fazia parte do Comitê de Auditoria e Risco. Com sua saída, o conselho da Vale passa a ter apenas 11 membros, dos quais 6 são independentes: Manuel Oliveira, o ‘Ollie’; Douglas James Upton; Paulo Hartung; Rachel Maia; Marcelo Gasparino; e Luis Henrique Guimarães — que representa a Cosan mas é considerado independente para efeitos regulatórios. A Previ tem dois representantes — o chairman Daniel Stieler e João Luiz Fukunaga –, enquanto o Bradesco tem um representante (Fernando Buso), a Mitsui outro (Shonji Kumai) e há ainda um representante dos funcionários (André Viana Madeira). O Governo, no entanto, tem conseguido cooptar parte importante do conselho — o que ficou claro na votação pela saída do CEO Eduardo Bartolomeo. Naquela votação, no final do ano passado, seis conselheiros — incluindo o representante do Bradesco e dois independentes (Rachel e Gasparino) votaram pela saída do atual CEO — alinhando-se à Previ."

Fonte: Brazil Journal; 01/07/2024

Mudança climática exige busca por mais produtividade pelo agronegócio, diz analista

"Realizado na quinta (27) e sexta (28), o GAFFFF – Global Agribusiness Festival, organizado pela XP e Datagro e realizado no Alianz Parque, na capital paulista, teve ampla programação cultural e também de debates em torno do futuro do agronegócio. Marcela Ungaretti, head de research ESG da XP, fez um balanço, nesta segunda-feira (1), no Morning Call da XP, sobre evento. Ela apontou três pilares importantes debatidos na sessão de palestras do GAFFF. O primeiro deles foi a sustentabilidade. “Conforme o cenário de mudanças climáticas se torna mais alarmante, os painelistas reforçaram a importância de se buscar cada vez mais maior produtividade agrícola, somada a preservação ambiental”, ressaltou a analista. Há uma visão de que as mudanças climáticas estão ocorrendo mais rápidas do que se previa. Segundo a equipe do research da XP, elas representam hoje um risco real. O segundo tema destacado por Marcela Ungaretti foi a parte de biocombustível e como o Brasil vem avançando na transição energética. “Eles (painelistas do evento) destacaram que a matriz energética majoritariamente limpa do Brasil acaba tendo um diferencial extremamente importante, e que os biocombustíveis possuem um papel fundamental quando se pensa na descarbonização”, afirma a head. De acordo com a analista, isso reforça inclusive o papel do Brasil nessa questão no mundo, numa perspectiva mais ampla. O research da XP pontua também a busca das empresas pela emissão zero de carbono no processo produtivo. A terceira mensagem captada pela analista nas palestras do GAFFFF foi em relação à tecnologia, inovação e regulamentação. “No tema de regulamentação, vale destacar os programas que foram bastante mencionados pelos painelistas. O primeiro deles em relação ao Mover”, relata ela."

Fonte: InfoMoney; 01/07/2024

Eletrobras conclui venda de participação em complexo eólico no Piauí para fundos de investimentos

"A Eletrobras concluiu a venda da sua participação minoritária de 49% em 15 sociedades de propósito específico (SPEs) — que formam o complexo eólico de Chapada do Piauí I e Chapada do Piauí II — para Infraestrutura Brasil Holding XX, gerido pelo Pátria Investimentos, e para a Invenergy Wind South America. O complexo eólico é composto por um total de 15 SPEs, somando 377,5 megawatts (MW) de capacidade instalada localizados no Piauí."

Fonte: Valor Econômico; 01/07/2024

Mudança climática é ‘risco imediato’ para 52% dos brasileiros

"Mais da metade (52%) dos brasileiros acha que as mudanças climáticas são um risco imediato para a população do planeta, enquanto 43% opinam que elas só representarão perigo para quem viver daqui a muitos anos. Apenas 5% dizem que a crise do clima não representa risco algum. Os números são de pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 1º, que trata das percepções e opiniões sobre as alterações no clima. O levantamento ouviu 2.457 pessoas de 16 anos ou mais em 130 municípios pelo Brasil, entre os dias 17 e 22 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com taxa de confiança de 95%. “O percentual de brasileiros que compreende a mudança climática é elevado em comparação a outros países (por exemplo, os Estados Unidos)”, analisa Mercedes Bustamante, professora do departamento de Ecologia da Universidade de Brasília. Ela se refere a outros dados da pesquisa que mostram que 77% das pessoas dizem acreditar que as mudanças climática são provocadas principalmente pelas atividades humanas. A pesquisadora pondera que é interessante comparar esses índices com a divisão que aparece quando os entrevistados são questionados sobre os efeitos do aquecimento global. “Isso talvez seja uma indicação [de que há uma] percepção da existência do problema, mas ainda não [percebe-se] como seus mais variados efeitos já estão no dia a dia.” Estudos mostram que o planeta já aqueceu mais de 1,2°C desde o período pré-industrial (1850-1900), que marca o grande aumento na emissão de carbono pela humanidade, e que fenômenos climáticos extremos, como tempestades e ondas de calor, já estão mais intensos e frequentes. O Datafolha aponta ainda que, para 58% dos entrevistados, a humanidade não conseguirá agir para reverter os impactos das mudanças climáticas."

Fonte: Valor Econômico; 02/07/2024

Política

Audiência discute cobrança de compensação financeira de usinas eólicas

"A Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados discute, na próxima terça-feira (2/7), a cobrança de uma compensação financeira das usinas de energia eólica e solar a ser paga aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração direta da União. A cobrança está prevista no Projeto de Lei 3864/23, de autoria do deputado Bacelar (PV/BA), e será equivalente a 7% do valor da energia produzida. Hoje, a legislação do setor elétrico só prevê o pagamento de compensação financeira pelas usinas hidrelétricas. Esse pagamento corresponde a uma indenização ao Estado pela exploração de recursos hídricos. O debate atende a pedido da deputada Silvia Waiãpi (PL/AP) e será realizado a partir das 10 horas, no plenário 14. Segundo Silvia Waiãpi, a audiência é “crucial para esclarecer a população sobre a posição das entidades e os possíveis reflexos financeiros em caso de aprovação do projeto”. Próximos passos: o PL 3864/23 recebeu parecer pela rejeição do relator, deputado Gabriel Nunes (PSD/BA), e aguarda votação na CME, que é a primeira comissão a analisá-lo."

Fonte: Epbr; 01/07/2024

Não faz sentido cobrar royalties de eólicas offshore, avalia EPE

"Nota técnica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) recomenda que não sejam cobrados royalties de projetos de eólicas offshore, uma vez que o recurso é renovável. A avaliação é uma das conclusões de dois estudos publicados pelo órgão na semana passada, sobre as condições de desenvolvimento da tecnologia no país. “Os royalties no setor de petróleo e gás natural são, por definição, uma compensação financeira paga à União pelas empresas produtoras de petróleo e gás natural no Brasil como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos finitos e não renováveis”, afirma a EPE, “Portanto, não há sentido em se cobrar royalties de usinas eólicas offshore”, completa. Entretanto, o órgão destaca que outros modelos do setor de óleo e gás podem ser replicados, como o bônus de assinatura, a participação especial e o pagamento pela ocupação ou retenção de área, com cobrança diferenciada entre as etapas de estudos de potencial, construção e operação comercial. A experiência internacional também pode servir como referência para a elaboração critérios de cobrança no setor eólico, avalia a EPE. Poderiam ser usadas como base de cálculo a proporcionalidade à área ocupada ou à potência instalada, e a recuperação de custos com o processo. O importante, destaca o estudo, é que sejam definidos os limites da área, para evitar o uso especulativo e estimular a competição. “Há países que definem limites mínimos e máximos de área ou de potência, enquanto outros consideram valores de densidade de potência. Há ainda países que não definem critérios explícitos, ficando à cargo do ente governamental a definição das áreas e prismas, o que se assemelha à previsão do processo de cessão planejada do Brasil”, afirma a segunda nota técnica."

Fonte: Epbr; 01/07/2024

Reforma pode elevar carga tributária sobre CBIOs, alerta setor de etanol

"A Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) alerta que os créditos de descarbonização (CBIOs) podem ser submetidos à oneração padrão do Imposto de Valor Agregado (IVA), estimado em 26,5% pelo Ministério da Fazenda, se não for mantida a regra de desoneração atual. Em nota divulgada nesta segunda-feira (1/7), a associação cobra do Congresso Nacional a manutenção da desoneração dos créditos de descarbonização no PLP 68/2024, que regulamenta a reforma tributária. A legislação atual fixa em 9,25% a tributação de impostos federais (PIS e Cofins) dos CBIOs comercializados no mercado. Já a calibragem da carga tributária pós-reforma ainda será feita por meio de um projeto de lei ordinário, de autoria do Executivo. Para a Unica, esse possível salto na alíquota configura “verdadeiro desincentivo ao título ambiental de descarbonização, que representa uma tonelada de gases de efeito estufa que deixou de ser emitida”. “Enquanto o mundo discute taxação de carbono, teríamos um movimento contrário com ampliação de impostos sobre o único mercado de créditos de descarbonização em funcionamento no país”, completa a nota. Outro pleito encaminhado ao Congresso pelo setor diz respeito à competitividade tributária em comparação aos combustíveis fósseis. Esse diferencial já é garantido pela EC 132/23 (PEC que consolidou a reforma), em linha com a EC 123/22 – lei aprovada em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), para estimular o consumo de biocombustíveis. A Unica pede que o PLP 68/2024 estabeleça um teto de 30% para a diferença de alíquota entre o etanol hidratado e a gasolina comum (concorrentes diretos), além de cobrar a garantia do reaproveitamento total dos créditos gerados no processo de produção da cana de açúcar."

Fonte: Epbr; 01/07/2024

Internacional

Empresas

Transição na indústria de construção pode movimentar US$ 1,8 tri até 2030

"Responsável por 37% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), a cadeia de valor da indústria da construção precisa acelerar sua transição para materiais mais sustentáveis, com o potencial de desbloquear US$ 1,8 trilhão em oportunidades de mercado, sendo US$ 360 bilhões na China, calcula relatório do Fórum Econômico Mundial e Boston Consulting Group. Para destravar essas oportunidades é preciso, no entanto, superar barreiras como lacunas nas regulamentações e nos padrões da indústria, gestão de dados e adoção de tecnologias avançadas, biomateriais, financiamento e capacitação da força de trabalho. Faltam padrões e exemplos do que seriam os edifícios do futuro, e o custo desses novos materiais – que ainda não estão disponíveis em escala – retarda o movimento em direção à descarbonização. “O planejamento de uma transição verde completa das construções deve levar em conta o papel da cadeia de valor inteira, o que inclui emissões relacionadas à produção, construção, operação, fim da vida e além da vida útil do ativo”, diz o relatório. O setor envolve múltiplas indústrias difíceis de descarbonizar, como cimento e aço. Depois de prontos, os edifícios também se convertem em espaços onde se consome muita energia. Desenvolver novos materiais e métodos de construção com menor impacto ambiental e maior eficiência no consumo de energia e insumos são algumas das estratégias elencadas pelo relatório para reduzir as emissões do segmento em 80% até 2030. Isso também resultaria em retornos financeiros, tanto relacionados aos novos produtos, quanto às economias trazidas pela eficiência. “A nova fronteira de crescimento e competitividade para os players do setor de construção será desenvolver materiais, métodos de construção e alcançar resultados operacionais que sejam de carbono zero líquido, positivos para a natureza e resilientes a choques climáticos extremos, promovendo o bem-estar da comunidade e as conexões interpessoais”, resume Gim Huay Neo, diretora administrativa do Fórum Econômico Mundial."

Fonte: Epbr; 01/07/2024

Yara Clean Ammonia e Scatec firmam acordo de compra de amônia renovável no Egito

"A norueguesa Scatec ASA anunciou nesta segunda (1/7) um acordo dos termos de compra de amônia de origem renovável da Yara Clean Ammonia, do Egito, junto com seus parceiros Egyptian Petrochemicals Holding Company (ECHEM) e Misr Fertilizers Production Company (MOPCO). No ano passado, Scatec, ECHEM e MOPCO, na condição de sponsors do contrato, celebraram um compromisso de desenvolvimento conjunto e um acordo de acionistas para a produção de amônia de origem renovável. Os sponsors desenvolverão e construirão até 480 MW de energia renovável e uma instalação de eletrolisador de até 240 MW para produção de hidrogênio renovável, que será usado como insumo para a produção de amônia nas instalações da MOPCO em Damietta, no Egito. A capacidade de produção pretendida é de até 150 mil toneladas de amônia de origem renovável por ano. A Scatec também assinou uma carta de intenções com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiamento a longo prazo do projeto. Segundo Terje Pilskog, CEO da Scatec, o grupo norueguês pretende focar no desenvolvimento de projetos de hidrogênio renovável relacionados com a capacidade existente de produção de amônia. O projeto ainda não chegou à decisão final de investimento. Hans Olav Raen, CEO da Yara Clean Ammonia, afirma que o empreendimento tem potencial de ajudar a atender sua diversificada carteira de clientes para a amônia de baixa emissão. “Assim que o projeto chegar a uma decisão final de investimento, a amônia de origem renovável deste projeto nos ajudará a atender nossos clientes de maneira confiável em vários setores do mercado”, aponta o CEO."

Fonte: Epbr; 01/07/2024

Amazon evita padrão de compensação de carbono que Bezos ajudou a financiar

"A Amazon, abre nova aba, tornou-se a primeira empresa a contornar um padrão global de verificação de compensações de carbono desenvolvido por uma organização sem fins lucrativos financiada em grande parte pelo fundador e presidente executivo do conglomerado tecnológico americano, Jeff Bezos. A Amazon está apoiando o desenvolvimento de um novo padrão que poderá permitir que o varejista on-line e o provedor de computação em nuvem superem a escassez de oferta de compensações com rótulos de qualidade, permitindo que ela cumpra sua meta de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa a zero, em uma base líquida, até 2040. Os críticos temem que a medida possa gerar confusão no mercado e comprometer os padrões das compensações de carbono. As empresas sob pressão para reduzir suas emissões podem comprar créditos de desenvolvedores de projetos que absorvem carbono, como o reflorestamento. O mercado de compensações permaneceu pequeno devido a um número limitado de projetos que podem verificar seus benefícios climáticos. A Amazon disse à Reuters que concluiu o trabalho no Abacus, uma estrutura para verificar a qualidade das compensações de carbono em reflorestamento e agroflorestamento. A Amazon desenvolveu o padrão com o registro de carbono Verra como uma alternativa ao padrão desenvolvido pelo Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono (ICVCM), o maior grupo mundial do setor privado e grupos ambientais dedicados à validação de compensações de carbono. A Verra anunciou pela primeira vez que estava desenvolvendo o selo com a Amazon e seu grupo de trabalho Abacus em 2022."

Fonte: Reuters; 01/07/2024

Regras de emissão de escapamento de Biden em terreno mais instável após decisão da Suprema Corte

"Uma decisão da Suprema Corte dos EUA que limita os poderes regulatórios federais para interpretar leis ambíguas pode prejudicar o esforço do presidente Joe Biden para reduzir as emissões de escapamento da frota de veículos do país, disseram dois advogados de direito ambiental à Reuters. Em uma decisão divulgada na sexta-feira, os juízes decidiram por 6 a 3 pela anulação de um precedente de 1984 conhecido como "deferência Chevron", que exigia que os juízes acatassem interpretações razoáveis de agências federais sobre leis dos EUA consideradas ambíguas, como a Lei do Ar Limpo. Embora a decisão da mais alta corte do país possa tornar mais difícil para as agências federais defenderem regulamentações rigorosas em torno de uma variedade de leis ambientais, de saúde e outras, os advogados disseram à Reuters que os esforços de Biden para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de carros e caminhões, que aquecem o planeta, podem ser particularmente vulneráveis. Isso porque as regras têm como alvo as fontes móveis de gases de efeito estufa em vez das estacionárias, como as usinas de energia, embora as leis ambientais sejam ambíguas quanto ao fato de os reguladores terem o mandato para fazer isso. "Há muito tempo se discute se e até que ponto a (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) tem autoridade para regulamentar as emissões de fontes móveis", disse Sherry Jackman, advogada ambiental e conselheira de conformidade da Greenberg Glusker em Los Angeles. O transporte é responsável por cerca de um quarto da produção de carbono dos EUA e é um alvo crucial para o governo Biden, que busca descarbonizar a economia para combater as mudanças climáticas."

Fonte: Reuters; 01/07/2024

O Grupo Banco Mundial dá início a um esforço de garantia anual de US$ 20 bilhões

"O Grupo Banco Mundial informou na segunda-feira que começou a operar uma nova plataforma única de garantia de empréstimos e investimentos que espera triplicar o fornecimento de garantias e seguros de risco fornecidos em todo o mundo para US$ 20 bilhões por ano. A meta, que pretende ser atingida até 2030 e que visa aumentar o investimento em áreas de maior risco, da África à Ucrânia, combinará as principais unidades do Banco Mundial, da Corporação Financeira Internacional (IFC) e da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA). Ele disse que, com os produtos de garantia se tornando mais comuns em todo o Grupo Banco Mundial, novos usos seriam desenvolvidos para eles, acrescentando: "Acho que é aí que podemos ser realmente inovadores e criativos na forma de usá-los". Para contextualizar, o Grupo do Banco Mundial concedeu quase US$ 6,5 bilhões em garantias no ano passado e espera fornecer cerca de US$ 10 bilhões este ano, de modo que a meta verá uma enorme expansão e aumentará o balanço patrimonial da MIGA, que atualmente está em torno de US$ 30 bilhões. Ao ser questionado se os valores anuais poderiam ultrapassar a meta de US$ 20 bilhões, ele acrescentou que o presidente do Banco Mundial "Ajay (Banga) quer que sejamos ambiciosos, portanto, se houver demanda, é claro que consideraremos isso". As mudanças são os primeiros resultados tangíveis de um grupo de executivos de investimento do setor privado reunidos no ano passado por Banga, chamado de Laboratório de Investimento do Setor Privado, para desenvolver ideias para atrair mais capital privado para energia limpa e outros investimentos em países em desenvolvimento."

Fonte: Reuters; 01/07/2024

Política

EUA analisam preço do carbono nas importações, diz enviado climático

"Os Estados Unidos estão analisando um possível sistema de precificação de carbono sobre as importações entre uma "gama de opções", disse seu diplomata climático mais graduado, no que seria uma mudança importante de política, já que o país busca combater a concorrência industrial chinesa e reduzir as emissões. John Podesta disse que os EUA lutariam contra o "parasitismo" dos produtores estrangeiros de importações industriais com uso intensivo de carbono, em uma entrevista ao Financial Times de Londres. "Não vamos simplesmente abrir mão de nossa base industrial para pessoas que estão praticando dumping de carbono e se aproveitando de um sistema que não leva em conta e, de fato, subsidia o dumping de altos custos de produção de carbono em mercados abertos", disse ele. Podesta assumiu a função de enviado climático dos EUA no lugar de John Kerry no início deste ano, depois de liderar o lançamento do impulso de energia limpa de US$ 369 bilhões de Biden sob o marco da Lei de Redução da Inflação assinada há quase dois anos. "O sistema de comércio global não leva em conta adequadamente o carbono incorporado em bens comercializáveis", disse ele. "Portanto, estamos fazendo uma revisão disso, tentando aprofundar os dados de que precisaremos para implementar uma estrutura de política para isso." Podesta, que anunciou uma força-tarefa para clima e comércio em abril, disse que os dados coletados seriam levados em conta nas considerações políticas. "Precisamos decidir o que faremos em relação a essa questão do carbono no setor de bens comercializáveis, especialmente aço e alumínio, cimento, vidro, fertilizantes, etc.", disse ele."

Fonte: Financial Times; 01/07/2024

A rivalidade com a China ajuda a impulsionar o debate sobre o preço do carbono nos EUA

"Há muito tempo, os economistas consideram a precificação internacional do carbono como uma das ferramentas políticas mais importantes - sem dúvida, a mais importante - na luta contra as mudanças climáticas. Até o momento, a UE tem sido a principal impulsionadora, com um esquema de comércio de carbono industrial de longa data e um imposto sobre importações intensivas em carbono. Agora, o ímpeto está crescendo em torno de uma medida semelhante por parte dos EUA, como ficou claro na conversa que Attracta Mooney, correspondente do FT para assuntos climáticos, e eu tivemos em Londres com John Podesta, assessor sênior da Casa Branca para políticas climáticas internacionais. Essa medida pode ser um desenvolvimento importante para a transição energética global, mesmo que seja a rivalidade econômica dos EUA com a China que a faça ultrapassar os limites. O fraco desempenho de Joe Biden no debate de quinta-feira com Donald Trump deu mais peso às previsões de que seu governo está entrando em seus últimos meses. Mas nossa conversa com John Podesta ressaltou o crescente apoio político nos EUA em torno da precificação do carbono, especialmente em produtos importados. É possível que esse impulso cresça mesmo em um segundo governo Trump, graças à preocupação bipartidária com a concorrência industrial chinesa. Até o momento, a Casa Branca de Biden parece ter tomado uma decisão consciente de não priorizar um sistema nacional de precificação de carbono, como já foi implementado de várias formas na maioria das outras economias de alta renda e na China. Esse conceito há muito tempo é visto como politicamente tóxico nos EUA, o maior produtor mundial de petróleo e gás. A estratégia de energia limpa de Biden enfatizou muito mais as cenouras do que os paus, principalmente por meio de incentivos generosos oferecidos pela Lei de Redução da Inflação."

Fonte: Financial Times; 01/07/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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