Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,94%, enquanto o ISE recuou 0,26%.
• No lado das empresas, (i) o Conselho de Administração da Vale escolheu, por unanimidade, Gustavo Pimenta, atual diretor financeiro, como novo CEO da companhia, para substituir Eduardo Bartolomeo - a definição do novo nome à frente da mineradora encerra um período de meses de indefinição a respeito da sucessão na mineradora, marcado pela multiplicação de nomes potenciais para o cargo e pela tentativa do governo de emplacar um indicado ao cargo; e (ii) a ExxonMobil afirmou que a demanda global de petróleo deve permanecer praticamente inalterada até 2050, seguindo acima de 100 milhões de barris por dia - segundo executivos da companhia, qualquer medida para reduzir o investimento em combustíveis fósseis desencadearia um novo choque nos preços da energia.
• Na política, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou ontem a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), com expectativa de atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos - esses recursos incluem novos projetos de energia elétrica renovável, combustíveis de baixo carbono e exploração de minerais estratégicos à transição energética, como lítio.
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Brasil
Empresas
Conselho da Vale elege Gustavo Pimenta como novo CEO da empresa
"O Conselho de Administração da Vale escolheu, por unanimidade, Gustavo Pimenta, atual diretor financeiro, como novo CEO da companhia, para substituir Eduardo Bartolomeo. A definição do novo nome à frente da mineradora encerra um período de meses de indefinição a respeito da sucessão na mineradora, marcado pela multiplicação de nomes potenciais para o cargo e pela tentativa do governo de emplacar um indicado ao cargo. Em comunicado ao mercado, a Vale ressalta que a definição foi o fim de um rigoroso processo de seleção suportado por empresa de padrão internacional, em conformidade com o Estatuto Social da Vale, políticas corporativas, regulamento interno do colegiado e legislações aplicáveis."
Fonte: O Globo; 26/08/2024
"A Scala, que está construindo o maior “campus” de data centers da América Latina e acaba de levantar R$ 1,4 bilhão em títulos de dívida “verde”, está se associando à Serena Energia em dois projetos de geração eólica na Bahia. A companhia nasceu em 2020, depois que a americana DigitalBridge comprou a divisão de data centers do UOL e consolidou na empresa sua estratégia para a América Latina. Desde a transação, a companhia anunciou investimentos da ordem de US$ 20 bilhões na região. A Scala está comprando participações em duas SPEs (sociedades de propósito específico) da Serena, Assuruá 4 e VDB F3. Com a transação, parte da energia gerada pelo parque será consumida pela Scala no regime de autoprodução. Além de acessar energia renovável, a companhia vai usufruir de benefícios legais para autoprodutores de eletricidade, em um movimento societário que vem se tornando recorrente no mercado. No ano passado, uma das rivais da Scala, a Odata, já havia anunciado contrato para participação em Assuruá 4. Vorazes consumidoras de energia, companhias de data centers vêm olhando para energia verde. A Scala sustenta já ser “neutra” em carbono."
Fonte: O Globo; 26/08/2024
Autoprodução de hidrogênio verde é modelo mais viável no Brasil, diz CNI
"A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou, nesta segunda (26/8), um estudo destacando que os investimentos anunciados em mais de 20 projetos de hidrogênio de baixo carbono no Brasil já somam R$ 188,7 bilhões. Entre os principais destinos desses recursos, o Porto de Pecém, no Ceará, se destaca, atraindo aproximadamente R$ 110,6 bilhões. O documento aponta que, apesar da maior parte desses projetos serem de larga escala e olharem a exportação, a produção descentralizada, ou autoprodução, de hidrogênio verde no Brasil, utilizando energia elétrica da rede ou geração distribuída, representa o caminho mais viável para o desenvolvimento imediato da indústria no país. Na avaliação da CNI, esses projetos podem se materializar mais rapidamente em função da menor escala de produção e da complexidade comercial. “O entusiasmo com a exportação de hidrogênio e derivados não pode ofuscar aquela que é a oportunidade mais viável no curto prazo para a cadeia de hidrogênio no Brasil: a descarbonização de setores e empresas industriais brasileiras”, diz o estudo. Produzir hidrogênio no local de consumo, utilizando a energia da rede elétrica — que já é 92% renovável —, ofereceria, entre outras vantagens, a eliminação de custos de transporte e a isenção de impostos associados à comercialização. Além disso, como a produção de hidrogênio verde em larga escala ainda é limitada, uma vez que os eletrolisadores comerciais têm capacidade máxima de 20 MW, os projetos de menor escala estariam em posição favorável. O estudo ainda aponta que esse modelo de negócio também possibilita o uso do oxigênio gerado no processo de eletrólise para melhorar a eficiência de combustão em fornos e aquecedores industriais, aumentando ainda mais a viabilidade econômica dos projetos."
Fonte: Epbr; 26/08/2024
Potássio na Amazônia: pedido de IPO traz detalhes e riscos do projeto
"A Brazil Potash, que controla a Potássio do Brasil, entrou com pedido de oferta pública inicial (IPO) para listar ações na bolsa de Nova York (Nyse). No documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana), a companhia detalha em que pé está o projeto que pretende explorar potássio no coração da Amazônia e quais são seus principais riscos. A companhia, sediada no Canadá, não divulgou quanto planeja captar com a venda das ações. Mas conforme antecipado pelo Reset, o plano é levantar US$ 150 milhões ainda este ano, segundo pessoas com conhecimento da operação. O desenvolvimento do projeto está orçado em US$ 2,5 bilhões, mas o prospecto preliminar indica gastos extras ao informar que parte dos recursos captados será usada para financiar a conclusão de “engenharia adicional” e compra de “terras adicionais”. A estimativa de valor total do projeto não inclui taxas de financiamento, capital de giro e possíveis estouros de custos. Os recursos do IPO serão usados também para a obtenção de licenças de operação e outras autorizações, reforço de capital de giro e acordo com os indígenas da comunidade Mura. O projeto prevê extrair 60 milhões de toneladas de potássio, ao longo de 23 anos, em Autazes, município a 113 quilômetros de Manaus. Ele é considerado essencial para a soberania nacional pelo governo, já que o Brasil importa 95% do potássio usado como fertilizante na agricultura."
Fonte: Capital Reset; 27/08/2024
Brasil precisa reduzir emissões em 92% até 2035 se quiser liderar agenda climática global
"Noventa e dois por cento. Essa é a dimensão da redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) que o Brasil deve se empenhar em cumprir para ficar na dianteira global da agenda de descarbonização. O número vem de um complexo cálculo feito por um grupo de organizações que integram a rede do Observatório do Clima, que contou com o uso de tecnologias de projeção de emissões. Foram feitos ainda vários debates e discussões para chegar a propostas factíveis e escaláveis de mudanças em diversos setores da economia, especialmente indústria e agronegócio. O grupo divulgou nesta segunda-feira (26) um relatório detalhando as propostas, que servirão como sugestão para o Brasil adotar em sua 2ª Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), a ser apresentada pelo governo brasileiro em breve no âmbito do Acordo de Paris (2030-2035). “Brasil se compromete a limitar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa a 200 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente em 2035, considerando carbono nos solos agrícolas e sem considerar remoções por áreas protegidas. Trata-se de uma redução de 92% em relação aos níveis de emissão líquida de 2005, estimados em 2.440 milhões de toneladas pelo SEEG-Observatório do Clima", destaca o relatório. O esforço está alinhado com as estimativas de contribuição justa do Brasil para evitar um aquecimento do planeta maior que 1,5ºC neste século. “Queremos fazer uma entrega compatível com o necessário para frear o aumento das mudanças climáticas. É uma forma de pressionar publicamente para que a coisa certa seja adotada”, comenta Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima."
Fonte: Valor Econômico; 26/08/2024
Hospitais entram na corrida para reduzir emissões
"As fortes chuvas e inundações que atingiram o Rio Grande do Sul em maio trouxeram impactos à operação do hospital Moinhos de Vento, localizado no bairro de mesmo nome, em Porto Alegre. Mesmo não tendo sofrido com alagamentos, a unidade de 485 leitos enfrentou restrições de acesso, risco de falta de energia elétrica e de insumos necessários ao seu funcionamento, em decorrência do bloqueio das vias, além de ter ficado 16 dias sem abastecimento regular de água. A solução no primeiro momento foi criar um comitê de crise que fizesse frente ao desafio de manter a instituição operando, com atendimento aos pacientes e suporte a outros hospitais da região.Anos antes, porém, o Moinhos de Vento já havia estruturado um plano para enfrentamento de crises e catástrofes, que deu um norte sobre o que priorizar no momento emergencial. “Depois das enchentes de maio, o preparo para essas situações se mostrou fundamental e reforçou a necessidade de priorizar algumas ações de fortalecimento da resiliência da nossa estrutura”, diz Mohamed Parrini, CEO do hospital Moinhos de Vento. O preparo dessa “infraestrutura resiliente em longo prazo”, nas palavras do CEO, inclui aumentar as fontes de energia renovável, o armazenamento e os métodos de tratamento de água, de modo a garantir autonomia em situações de desabastecimento generalizado."
Fonte: Valor Econômico; 27/08/2024
Política
Marina é chamada ao Planalto para reunião sobre crise das queimadas no país
"A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi chamada para uma reunião no Palácio do Planalto, no começo da noite desta segunda-feira, sobre as queimadas que atingem o país. O encontro será comandado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. A expectativa é que os titulares de outras pastas, como Waldez Goes (Integração Regional), também participem. No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marina se reuniram com funcionários do Ibama em Brasília neste domingo para discutir e anunciar medidas para combater os incêndios no interior de São Paulo e em outros estados. Segundo Marina, a Polícia Federal já abriu 31 inquéritos entre Amazônia e Pantanal, além de dois em São Paulo. A ministra reforçou que Lula criou há mais de dois meses uma sala de situação para monitorar o problema de estiagem e fogo. Também informou a decisão do presidente de participar de reunião na Casa Civil, com mais de 20 ministérios e governadores dos estados atingidos para tratar dos focos de incêndio. Marina também afirmou que os órgãos públicos estão dividindo os esforços para combater os incêndios e achar os culpados. Além de órgãos ambientais e Polícia Federal, integram os trabalhos ministérios como Casa Civil, Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça."
Fonte: O Globo; 26/08/2024
Governo aprova Política Nacional de Transição Energética com expectativa de atrair R$ 2 tri
"O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, nesta segunda-feira (26/8), a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), com expectativa de atrair cerca de R$ 2 trilhões em investimentos em dez anos. Esses recursos incluem novos projetos de energia elétrica renovável, combustíveis de baixo carbono e exploração de minerais estratégicos à transição energética, como lítio. A PNTE foi lançada em reunião com a presença do presidente Lula (PT). Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a política estabelece as diretrizes que irão nortear a estratégia brasileira para a transição energética. A intenção é deixar clara a ambição brasileira para sua matriz energética, em um esforço para posicionar o país nas discussões globais – levando em conta que Belém, no Pará, recebe em 2025 a principal conferência sobre mudanças climáticas. “Vamos protagonizar, no mundo, a nova economia – a economia verde. São R$ 2 trilhões em investimentos, são 3 milhões de empregos para brasileiras e brasileiros. É energia eólica, solar, hídrica, biomassa, biodiesel, etanol, diesel verde, captura e estocagem de carbono, combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ainda de acordo com Silveira, a PNTE pretende integrar políticas e ações governamentais para uma transição “justa, inclusiva e equilibrada”. A política terá dois instrumentos centrais para sua implementação. Com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte), o governo pretende incluir a sociedade nas discussões, a partir de consultas a agentes públicos e privados."
Fonte: Epbr; 26/08/2024
Internacional
Empresas
Exxon alerta sobre choque do petróleo se os fornecedores assumirem que a demanda cairá até 2050
"A ExxonMobil afirmou que a demanda global de petróleo permanecerá praticamente inalterada até 2050 e advertiu que qualquer medida para reduzir o investimento em combustíveis fósseis desencadearia um novo choque nos preços da energia. Em uma previsão divulgada na segunda-feira, a supermajor norte-americana disse que a demanda de petróleo permanecerá acima de 100 milhões de barris por dia nos próximos 25 anos - uma previsão que pressupõe que uma transição energética não conseguirá conter a sede mundial por combustíveis fósseis. A Exxon alertou sobre um novo choque global do petróleo se as empresas não conseguirem continuar investindo para atender a essa demanda, dizendo que os preços do petróleo poderiam quadruplicar com a queda da oferta. A previsão da Exxon contrasta fortemente com a da grande petrolífera britânica BP, que espera que o consumo de petróleo diminua para 75 milhões de b/d em 2050. A Agência Internacional de Energia projeta que a demanda de petróleo cairia para 54,8 milhões de b/d se os governos cumprissem suas promessas climáticas dentro do prazo. A previsão da empresa petrolífera texana ocorre em meio a um debate cada vez mais tenso entre os produtores de combustíveis fósseis que tentam defender seu mercado e os formuladores de políticas e cientistas do clima que alertam para o perigo do aquecimento global, a menos que os consumidores reduzam rapidamente a queima de combustíveis fósseis. Há muito tempo a Exxon argumenta que o mundo precisará de mais petróleo para tirar da pobreza bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento."
Fonte: Financial Times; 26/08/2024
Política
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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