Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,1% e 2,0%, respectivamente.
• No Brasil, (i) a Vale concluiu as negociações com o Departamento de Energia (DOE) do governo dos Estados Unidos e dará início à fase 1 de desenvolvimento de uma unidade para produção de briquetes em escala industrial no Estado da Louisiana - em comparação com a produção tradicional de pelotas de minério de ferro, a tecnologia do briquete oferece uma redução significativa das emissões de gás carbônico, óxidos de enxofre e óxidos nitrosos, em um processo com uso mínimo de água; e (ii) o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a meta anual de 40,39 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) do RenovaBio a serem adquiridos por distribuidoras de combustíveis para compensar emissões com as vendas de gasolina e diesel em 2025 - após a consulta realizada em setembro deste ano, decidiu-se um volume inferior ao previsto em 2023, quando se projetava uma meta de 42,56 milhões de CBIOs para 2025.
• No internacional, o governo dos Estados Unidos elevou as tarifas a produtos da China usados na geração de energia renovável - o anúncio prevê um aumento de 50% nas taxas de wafers solares e polissilício chineses, usados para a produção de placas solares, a partir de 1º de janeiro de 2025.
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Brasil
Empresas
Yara avalia projetos de hidrogênio em larga escala no Brasil de olho nos subsídios
"A Yara, companhia norueguesa do setor de fertilizantes, avalia a implementação de projetos de hidrogênio de baixo carbono em larga escala no Brasil visando a produção de amônia. Segundo Daniel Hubner, vice-presidente de Soluções Industriais da Yara, a empresa está de olho na janela de subsídios governamentais previstos no marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, bem como na lei de incentivos para o hidrogênio, que juntos devem disponibilizar mais de R$ 20 bilhões entre 2028 e 2032. “A lei do hidrogênio vai dar um incentivo a partir de 2028. Se gente faz um projeto piloto aqui, entre fazer, implementar e depois passar para o grande, provavelmente a gente vai perder essa janela”, disse à agência eixos. “Como empresa, a gente está checando. Estamos prontos e podemos pensar em uma coisa maior, ou se ainda tem aprendizado em um projeto piloto. A questão é que teria um trade-off e perderíamos a janela, provavelmente, desses incentivos que podem ser importantes para fazer a diferença”, completa o executivo. Segundo Hubner, o Brasil precisa focar em projetos de grande escala para alavancar o mercado de hidrogênio. “Não adianta o país agora colocar 50 projetos pilotos, não vai mudar a realidade. É um projeto grande, estruturante, que vai mudar o ecossistema”. A empresa considera tanto o hidrogênio verde, produzido via eletrólise de água com energia renovável, quanto o hidrogênio gerado por meio da reforma do gás natural ou biometano com captura e armazenamento de carbono (CCS)."
Fonte: Eixos; 11/12/2024
"Um lobby de agricultores no Brasil está tentando encerrar um acordo de duas décadas que proíbe os comerciantes de grãos de comprar soja de fazendas em terras desmatadas na floresta amazônica, alegando que o acordo criou um campo de jogo desigual. O lobby dos produtores de soja da Aprosoja-MT, com sede no oeste do estado do Mato Grosso, disse na quarta-feira que o acordo promoveu “um cartel de compras”, prejudicando os produtores que cumprem rigorosamente o código florestal do país sul-americano. O grupo disse em um comunicado que pediu formalmente ao órgão de fiscalização antitruste CADE para encerrar o acordo. O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo, sendo o Mato Grosso o estado mais produtivo do país. Gigantes globais de commodities, incluindo a ADM e a Bunge, aderiram voluntariamente à “moratória da soja amazônica” em meados dos anos 2000, comprometendo-se a parar de comprar soja de fazendas na floresta tropical que foram desmatadas a partir de 2008. De acordo com as regras florestais, os proprietários de terras na Amazônia podem desmatar até 20% de sua propriedade. Mas o aumento do desmatamento no início dos anos 2000 provocou pedidos de ação por parte de empresas que temiam uma proibição mais ampla. Cientistas e conservacionistas elogiaram a moratória por desacelerar o desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo e um baluarte contra a mudança climática, uma vez que suas árvores absorvem grandes quantidades de gases de efeito estufa que aquecem o clima."
Fonte: Reuters; 11/12/2024
Maria Luiza Paiva, vice-presidente de sustentabilidade da Vale, pede demissão, dizem fontes
"Sob nova direção, as mudanças seguem acontecendo na Vale. O Valor apurou que nesta terça-feira (10) a mineradora fez comunicação interna aos funcionários anunciando novas alterações no alto comando da companhia. A principal mudança, apurou este jornal, foi a decisão de Maria Luiza Paiva, vice-presidente executiva de sustentabilidade, de se demitir do cargo. “Malu”, como é conhecida, estava na Vale desde fevereiro de 2021 depois ter ocupado cargo semelhante na Suzano. Um processo sucessório será aberto para indicar outro executivo para a área e a vice-presidência de sustentabilidade será mantida no organograma do comitê executivo da Vale. Esse comitê é formado por vice-presidentes e pelo CEO, Gustavo Pimenta. Uma das razões para a saída seria pessoal, de projeto de vida, disse uma fonte. “A mudança foi sem estresse, fruto de decisão pessoal. São ciclos que se abrem e se fecham.” Nos bastidores, comenta-se que a decisão se insere no processo de mudanças pelas quais a empresa vem passando desde que Pimenta assumiu como presidente da companhia, em 1º de outubro. O Valor também apurou que a vice-presidência executiva de projetos, sob o comando de Alexandre Pereira, será extinta. E as atribuições dessa área serão divididas entre outras duas vice-presidências: a de operações, sob o comando de Carlos Medeiros, e a técnica, cujo vice-presidente é Rafael Bittar. Desde a posse de Pimenta, ocorreram outras mudanças nas vice-presidências da Vale. Rogerio Nogueira assumiu como vice-presidente executivo comercial e de novos negócios para minério de ferro; Marcelo Bacci, ex-Suzano, foi nomeado CFO e Cátia Porto, ex-Carrefour, assumiu como vice-presidente-executiva de pessoas."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
Vale conclui negociações para desenvolver fábrica nos EUA
"A Vale concluiu as negociações com o Departamento de Energia (DOE) do governo dos Estados Unidos e dará início à fase 1 de desenvolvimento de unidade para produção de briquetes em escala industrial no Estado da Louisiana. Nessa fase, mais de US$ 3,8 milhões dos fundos concedidos serão aplicados em estudos de engenharia e no envolvimento da comunidade ao longo do ano de 2025. O briquete da Vale é formado por minério de ferro e uma solução tecnológica de aglomerantes, que inclui, em sua composição, areia proveniente de rejeitos de mineração. O acordo prevê a alocação de até US$ 282,9 milhões durante todo o período do projeto, até 2031. O projeto prevê a produção em escala industrial do briquete de minério de ferro da Vale, customizado para a rota de redução direta (DRI). A capacidade prevista da planta é de 1,5 milhão de toneladas por ano, com potencial de expansão. A localização, ao longo do rio Mississippi, é favorável para o acesso a atuais e potenciais consumidores finais no mercado dos Estados Unidos, afirma a Vale. Em comparação com a produção tradicional de pelotas de minério de ferro, a tecnologia do briquete oferece uma redução significativa das emissões de gás carbônico, óxidos de enxofre e óxidos nitrosos, em um processo com uso mínimo de água, explicou a companhia em nota. O briquete de minério de ferro contribui para o cumprimento do compromisso da Vale de reduzir em 15% de suas emissões líquidas de escopo 3 (emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor da empresa) até 2035."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
CSN aplica nova tecnologia para redução de consumo de combustíveis fósseis
"A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) incorporou em novembro nos regeneradores do alto-forno 2 da Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, uma tecnologia capaz de reduzir o consumo de combustíveis fósseis através da utilização de hidrogênio renovável. Essa é a primeira vez que o produto, criado pela empresa portuguesa UTIS, foi implementando em uma siderúrgica no mundo. A parceria entre as companhias entra na meta de redução das emissões de carbono da CSN, projetadas até 2030. A aplicação do sistema, chamado de UC3, ocorre nos regeneradores do alto-forno 2 para otimizar a combustão, trazendo mais estabilidade ao processo. Isso garante maior temperatura de sopro, já que os regeneradores, conforme Fabiam Franklin, diretor de metalurgia da CSN, têm um papel crucial na recuperação e reutilização da energia dos gases gerados na produção do ferro gusa, aumentando a eficiência térmica e reduzindo o consumo de combustíveis fósseis no alto-forno. A redução desses combustíveis, como o coque, no alto-forno, e o gás de coqueria ou gás natural, nos regeneradores, com o uso da tecnologia, segue em linha com objetivo de diminuir os gases de efeito estufa do processo siderúrgico. Por meio da tecnologia da UTIS, segundo Franklin, a CSN vem conseguindo diminuir “de forma acentuada” o consumo de combustíveis fósseis, apresentando ganhos ambientais e redução de custos. “No plano de redução de C02 da empresa este projeto calhou completamente e contribui diretamente no processo que consome mais energia. Essa tecnologia nos permitiu reduzir o consumo de coque dos fornos, reduzindo sob maneira essa emissão de CO2”, diz."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
Mercado brasileiro de ‘data centers’ está atraindo investidores estrangeiros
"Investidores estrangeiros, incluindo grandes fundos globais, estão participando ativamente de processos para a compra de centros de dados no país. Há crescente demanda por infraestrutura de dados combinada a uma intenção de diversificação de investimentos. O Brasil, que tem disponibilidade de energia para operar “data centers”, está na mira desses investidores, em operações bilionárias que já estão começando a sair do papel. O setor cresce a uma taxa de dois dígitos por ano. A Scala Data Center, por exemplo, que já possui investidores estrangeiros como Rosewood Capital e Banco Mundial, recebeu neste ano investimentos de US$ 500 milhões, com aportes da gestora americana Coatue Tactical Solutions e do fundo de pensão canadense Imco, recursos que serão utilizados para acelerar a expansão da empresa. Há também um movimento de venda de empresas, aproveitando o interesse dos investidores globais. Recentemente, por exemplo, a Scala contratou o Deutsche Bank para estruturar sua venda, apurou o Valor. Já a Ascenty não lançou processo de venda formal, mas a Brookfield, sua acionista, está sondando o mercado, disse um interlocutor. Há dois anos, o Pátria vendeu a Odata para a Aligned Data por US$ 1,8 bilhão. A Elea Digital também estaria analisando a venda de uma fatia minoritária, segundo fontes. Procurada, a Piemonte Holding, controladora da Elea Data Centers, nega que busque a venda de uma fatia da companhia e diz que pretende seguir com seus planos de investimento no país no longo prazo. O fundador e CEO da Piemonte Holding, Alessandro Lombardi, reforça que “ qualquer venda seria uma violação de compromissos firmados com stakeholders”."
Fonte: Valor Econômico; 12/12/2024
Política
CNPE define meta de 40,39 milhões de créditos de descarbonização para distribuidoras em 2025
"O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, na terça (10/12), a meta anual de 40,39 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) do RenovaBio a serem adquiridos por distribuidoras de combustíveis para compensar emissões com as vendas de gasolina e diesel. O volume é inferior ao previsto em 2023, quando se projetava uma meta de 42,56 milhões de CBIOs para 2025. A revisão ocorreu em consulta pública aberta em setembro de 2024, a partir do balanço da comercialização de combustíveis ao longo deste ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a meta global é alcançar redução de 11,37% da intensidade de carbono em 2034 em relação a 2018. Até até 9 de dezembro, cerca de 28 milhões de CBIOs haviam sido aposentados pelas distribuidoras, o que corresponde a 60,5% do total das metas individuais estabelecidas para 2024 (46,3 milhões de títulos), de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cada CBIO equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida na produção de biocombustíveis. As distribuidoras precisam adquirir os ativos para compensar as emissões das vendas de gasolina e diesel fóssil. O levantamento da ANP mostra que 46 empresas já cumpriram integramente suas metas."
Fonte: Eixos; 11/12/2024
Clima e energia estão entre prioridades da presidência do Brasil no Brics em 2025, diz ministra
"Em janeiro de 2025, o Brasil assume a presidência do Brics com uma agenda que inclui a transição energética e a reforma dos mecanismos financeiros globais, em que pretende fazer uma ponte entre os acordos alcançados durante a presidência do G20, este ano, e a COP30, que acontece em Belém, no final do ano que vem. Atualmente, o Brics é um grupo de países do Sul Global formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Irã e Arábia Saudita – este último ainda não integrado formalmente. Além dos países-membros, este ano foram anunciados os países parceiros, que incluem Cuba, Bolívia, Turquia, Cazaquistão, Belarus, Tailândia, Vietnã, Nigéria, Uganda, entre outros. Segundo a ministra Paula Barboza, chefe da Coordenação-Geral de Negociações Comerciais Extrarregionais do Itamaraty, responsável pela cúpula do Brics no ano que vem, o Brasil pretende aproveitar a oportunidade para alcançar um alinhamento entre os compromissos nacionais dos países-membros, conhecidos como NDCs, a fim de garantir a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. “Um dos temas principais que a gente vai tratar nessa área de mudança do clima e meio ambiente é justamente na área de financiamento de projetos e na área de alinhamento dos NDCs”, afirmou à agência eixos, durante evento promovido pelo Centro de Estudos e Pesquisa Brics, nesta quarta (11/12), no Rio de Janeiro. Barboza explica que a agenda da presidência do Brasil possui dois eixos principais: a reforma da governança global e a cooperação Sul-Sul."
Fonte: Eixos; 11/12/2024
BNDES busca projetos de restauração da Mata Atlântica para investir até R$ 8,88 milhões
"Visando a formação de corredores ecológicos em uma área florestal de Mata Atlântica bastante degradada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Philip Morris Brasil lançaram um edital para selecionar projetos de restauração ambiental na mesorregião do Sudeste do Paraná. O bioma é o terceiro maior da América do Sul, abrangendo cerca de 15% do território brasileiro -- e também é o mais devastado do país. A iniciativa Floresta Viva irá investir até R$ 8,88 milhões em ações de impacto positivo que visem o fortalecimento da cadeia produtiva de conservação da biodiversidade na área escolhida estrategicamente. No total, R$ 4,4 milhões são investidos pelo Fundo Socioambiental do BNDES e a outra metade pela empresa multinacional produtora de tabaco. O edital, gerido pelo e operacionalizado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), está com inscrições abertas até 10 de março de 2025 e contempla 21 municípios e 25 unidades de conservação -- incluindo áreas especiais de uso regulamentado. Segundo o BNDES, podem se inscrever instituições sem fins lucrativos e os projetos devem abranger no mínimo 200 hectares, sendo realizados nas seguintes localidades: Ipiranga, Ivaí, Guamiranga, Prudentópolis, Imbituva, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Irati, Rebouças, São João do Triunfo, Rio Azul, São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Mallet, Paulo Frontin, Paula Freitas, União da Vitória, Porto Vitória, Cruz Machado, Bituruna e General Carneiro. Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, destacou em nota a importância da iniciativa e sua contribuição para a conservação, a manutenção de serviços ecossistêmicos e o bem-estar das comunidades locais."
Fonte: Exame; 11/12/2024
Disputas geopolíticas, econômicas e eleitorais atrapalharam COP de Baku, diz Marina Silva
"A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou que disputas geopolíticas, econômicas e eleitorais atrapalharam as negociações no ambito da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de Baku (COP29), no Azerbaijão. O encontro, que terminou no fim de novembro, teve poucos avanços de acordos multilaterais para adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Em em seminário promovido pelo Valor e pelo jornal “O Globo”, nesta quarta-feira (11), Marina instou que as discussões para conter o avanço do aquecimento sejam mais centradas e não se influenciem pelas disputa vistas em 2024. Sobretudo, ressaltou a ministra, pois novos desafios já se projetam para o próximo ano, como o novo mandato de Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos. “Qual foi a natureza dessa tensão que, no meu entendimento, atravessou todo o processo de negociação difícil que tivemos em Baku? Exatamente as disputas geopolíticas, as disputas econômicas e as disputas eleitorais existentes no âmbito dos Estados nacionais”, disse Marina. “Nós acabamos de ter uma situação muito complexa dos Estados Unidos, que vai se revelar e já se revela um grande problema para o enfrentamento da mudança do clima em todo o mundo”, completou a ministra. Trump tomará posse em janeiro de 2025, e a expectativa é de que o novo presidente americano tire o país de todos as negociações de combate às mudanças climáticas. O próximo chefe da Casa Branca também deve retirar os EUA do Acordo de Paris, assim como o fez em seu primeiro mandato (2017-2020)."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
COP se tornou a reunião mais importante do mundo nos últimos anos, diz embaixador
"O embaixador André Corrêa do Lago, secretário do clima, energia e meio-ambiente do ministério das Relações Exteriores, afirmou nesta quarta-feira (11) que a principal agenda brasileira na COP30, que será realizada em Belém, no Pará, contempla a publicação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) e a discussão sobre financiamento climático. O ano de 2025 será o período de redefinição das metas de emissões, com a publicação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), que precisam ser reapresentadas a cada cinco anos. Além disso, a COP de Belém será realizada após a frustração sobre os resultados financeiros da conferência deste ano, no Azerbaijão. Corrêa do Lago caracterizou as COPs como os encontros internacionais mais importantes feitos atualmente. Segundo Corrêa do Lago, as conferências se tornaram fóruns de debates não só sobre o clima, mas também econômicos e políticos. “Não há exagero em dizer que a COP se tornou a mais importante reunião do mundo nos últimos anos. As decisões são sobre mudança do clima, mas as soluções para mudança do clima são econômicas, políticas e geopolíticas. Por isso que a COP desperta tanto interesse”, disse durante o seminário "De Baku a Belém: o futuro climático em debate nas COPs", organizado pelos jornais Valor e O Globo. O embaixador aponta que as conferências do clima começaram a ganhar importância à medida que os desastres climáticos passaram a acontecer com mais frequência e que a comunidade internacional entendeu que os países em desenvolvimento não tinham recursos financeiro para crescerem de forma limpa."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
Internacional
Empresas
Os planos da CEO da Verra para resgatar o mercado de créditos de carbono
"A sul-africana Mandy Rambharos assumiu em julho o cargo de CEO da Verra, a maior certificadora de créditos de carbono do mundo. Por quê? “Me amarraram e amordaçaram”, diz ela, brincando. A piada tem explicação. Rambharos aceitou o emprego na empresa que muitos acreditam simbolizar tudo o que há de errado com um mercado em crise profunda há pelo menos dois anos – e que é visto com desconfiança pelos críticos praticamente desde o dia em que foi criado. A Verra, uma entidade sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos, é a maior certificadora de projetos que geram créditos de carbono, principalmente os que protegem a floresta, chamados de REDD+. São esses os créditos envolvidos nas denúncias de exagero dos benefícios climáticos, exploração de populações indígenas e comunidades empobrecidas e em fraudes milionárias – como a revelada na Operação Greenwashing. Entre outras atribuições, Rambharos precisa ajudar a salvar a credibilidade desse tipo de instrumento financeiro. Ela também tem de transformar a Verra, uma operação lenta e criticada por ainda usar PDFs e revisões manuais enquanto concorrentes montam sistemas automatizados e baseados em blockchain. Rambharos está ciente de tudo isso. “Não vamos olhar para a realidade com lentes cor-de-rosa. Como ecossistema, temos um trabalho a fazer para melhorar a narrativa em torno do REDD+”, disse ela ao Reset durante a COP29, no Azerbaijão. Uma nova metodologia para gerar créditos preservando florestas, conhecida pelo código VM0048, é um aspecto central."
Fonte: Capital Reset; 11/12/2024
Política
Biden irá impor novas taxas a produtos da China usados na geração de energia renovável
"O governo dos Estados Unidos irá aplicar novas tarifas a produtos da China usados na geração de energia renovável como forma de proteger a indústria local, que recebeu fortes incentivos durante o governo do presidente Joe Biden. Segundo o “Financial Times” (FT), os EUA irão anunciar nesta quarta-feira (11) um aumento de 50% nas taxas de wafers solares e polissilício chineses, usados para a produção de placas solares, e uma nova taxa de 25% sobre produtos que usam tungstênio. As novas tarifas entrarão em vigor no dia 1º de janeiro e deverão ser uma das últimas medidas do governo Biden antes da posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro. Durante seu governo, Biden aprovou grandes pacotes de subsídio para financiar a transição verde no país, que inclui incentivos para a fabricação de placas solares, setor dominado pela produção chinesa. Os wafers solares e o polissilício são essenciais na fabricação de células solares, enquanto o tungstênio é utilizado em produtos que vão de armas a chips de computador. As novas tarifas destacam a preocupação de Washington com a dependência excessiva dos EUA em relação à China para materiais cruciais à segurança energética e ao setor tecnológico."
Fonte: Valor Econômico; 11/12/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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