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Vale (VALE3) adota o ISSB; Paralisação parcial no Ibama e mais destaques | Café com ESG, 31/05

Vale adota ISSB dois anos antes da CVM; Prolongação da greve de servidores ambientais impacta produtividade

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado encerrou o pregão de quarta-feira, pré feriado de Corpus Christi, em queda, com o IBOV e o ISE caindo 0,86% e 1,01%, respectivamente.

• No Brasil, (i) a Vale anunciou que vai adotar de forma voluntária o padrão global do International Sustainability Standards Board (ISSB), ligado à IFRS Foundation, para a divulgação de seus relatórios financeiros relacionados à sustentabilidade - a expectativa da companhia é divulgar o primeiro reporte já em 2025, se antecipando em dois anos à adoção obrigatória pela CVM; e (ii) o prolongamento da greve de servidores, com paralisação parcial das atividades, nos órgãos de licenciamento ambiental tem aumentado a agonia entre investidores com empreendimentos já contratados e com cronograma de obras a cumprir - no Ibama, a redução do ritmo de trabalho diminuiu o volume de autorizações a menos da metade.

• No internacional, o governo dos EUA propôs na última quarta-feira a expansão de créditos fiscais para além dos setores de energia solar e eólica, visando cobrir uma gama mais ampla de tecnologias, incluindo fusão nuclear e hidroelétricas - segundo o Departamento do Tesouro, os novos créditos de eletricidade limpa estarão disponíveis em 2025.

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Brasil

Empresas

Vale vai adotar padrão ISSB em relatório de sustentabilidade de 2024

"A Vale acaba de anunciar que vai adotar de forma voluntária o padrão global do International Sustainability Standards Board (ISSB), ligado à IFRS Foundation, para a divulgação de seus relatórios financeiros relacionados à sustentabilidade. A expectativa da companhia é divulgar o primeiro reporte já em 2025, referente ao exercício de 2024. Com isso, a companhia se antecipa em dois anos à adoção obrigatória do novo padrão, fixado para o exercício de 2026 (publicação em 2027) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A CVM foi pioneira na adoção do novo padrão. A Vale informou ainda que, desde o exercício de 2020, já faz seus relatórios em conformidade com as normas da Global Reporting Initiative (GRI), em conjunto com as recomendações da Task Force on Climate Related Financial Disclosures (TCFD) e padrões do Sustainability Accounting Standards Board (SASB). Lançadas em 2023, as normas do ISSB que criam o padrão global de reporte de financeiro de sustentabilidade facilitarão a compreensão dos números por parte dos investidores, que poderão comparar dados de empresas de diferentes países e avaliar riscos e oportunidades. Até agora, mais de 20 jurisdições já decidiram aderir às normas da ISSB ou estão se preparando para adotá-las, segundo informou a IFRS Foundation nesta semana. No Brasil, de acordo com um relatório divulgado em abril pela consultoria PwC, a maioria das empresas ainda está na fase de entendimento das normas para se prepararem para a divulgação. Um dos maiores desafios, segundo o estudo, para as empresas brasileiras está na integração de diferentes áreas das companhias para a compilação dos dados."

Fonte: Capital Reset, 29/05/2024

Navio próprio da BYD atraca no Brasil pela primeira vez, com 5.000 carros

"Um navio da montadora chinesa BYD atracou no continente americano pela primeira vez na segunda-feira (27), no Porto de Suape (PE), região metropolitana do Recife, carregando 5.459 veículos destinados ao mercado brasileiro. Foi a segunda viagem do chamado Explorer Nº1 BYD, que levou 27 dias da China até o Brasil. O navio foi entregue em janeiro no Porto de Yantai, na província de Shandong, no leste do país. Com capacidade para até 7.000 carros, a embarcação tem 200 metros de comprimento e conta com 23 tripulantes, a maioria da Bulgária. Segundo a montadora, essa foi a maior movimentação de carros da história do Porto de Suape, que visa atender a demanda dos brasileiros por carros elétricos e híbridos. Neste ano, a BYD emplacou 25,5 mil unidades no país, 43% a mais do que todos os emplacamentos de 2023 (17,9 mil). No ano passado, as vendas de veículos elétricos leves no Brasil atingiram um patamar recorde de quase 94 mil unidades, segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). O volume representou um crescimento de 91% em relação às vendas de 2022, mas cerca de 5% do total de vendas no país. Em abril deste ano, a BYD se tornou a nona montadora a emplacar mais carros no país, no ranking de automóveis da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com uma participação de mercado de 4,24%."

Fonte: Valor Econômico, 29/05/2024

Brasil teve 65 dias de calor extremo a mais nos últimos 12 meses devido às mudanças climáticas

"Nos últimos 12 meses, o Brasil teve dois meses a mais de calor extremo, que não teriam ocorrido sem as mudanças climáticas. De 15 de maio de 2023 a 15 de maio de 2024 o país registrou, em média, 65,9 dias adicionais de altas temperaturas devido ao aquecimento global provocado pelas atividades humanas. Na média mundial, o índice foi de 26 dias. Os dados são de um relatório elaborado pelas organizações WWA (World Weather Attribution), Climate Central e Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. O levantamento se baseia em técnicas de atribuição climática, ciência que busca determinar a influência do aquecimento global em eventos climáticos extremos. A partir de critérios como a duração de eventos com temperaturas muito altas, mortes por calor e perturbações em setores econômicos, o estudo identificou 76 ondas de calor extremo em 90 países diferentes no último ano. Nesse período, 6,3 bilhões de pessoas (cerca de 78% da população global) viveram pelo menos 31 dias de calor extremo definidos como aqueles mais quentes do que 90% das temperaturas observadas na região durante o período de 1991 a 2020. No Brasil, 81,8 dias atingiram esse patamar de maio de 2023 a maio de 2024 em um cenário sem a influência da mudança climática, seriam 17,8 dias. O ano de 2023 foi o mais quente registrado na história, com diferentes recordes sendo superados, como o da temperatura dos oceanos e o de degelo marinho. Todos os últimos 12 meses quebraram o recorde de calor para aquele respectivo mês."

Fonte: Valor Econômico, 29/05/2024

Política

Greve de órgãos ambientais acende alerta em investidores

"O prolongamento da greve de servidores - com paralisação parcial das atividades - nos órgãos de licenciamento ambiental tem aumentado a agonia entre investidores com empreendimentos já contratados e com cronograma de obras a cumprir. Além da preocupação com a eventual perda da receita, que seria recebida no período de atraso, existe o risco de ser penalizado pela agência reguladora que fiscaliza o contrato. No Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), a redução do ritmo de trabalho diminuiu o volume de autorizações a menos da metade. As licenças e autorizações emitidas entre janeiro e abril do ano passado tiveram queda de 180 para 69 no mesmo período deste ano, segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema). A atual produtividade no Ibama está abaixo da registrada na gestão do então presidente Jair Bolsonaro, período no qual os servidores alegam ter ocorrido “desmonte” dos órgãos ambientais. O setor de transmissão de energia, responsável pelas redes de alta tensão, tem feito apelos, por ofícios, aos ministros e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que intervenham nas negociações ou considerem, desde já, a razão da demora na entrega do projeto. Ao Valor o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), Mário Miranda, afirmou que o Ibama analisa projetos que somam R$ 75,4 bilhões em investimentos, dos lotes arrematados em leilões realizados entre 2021 e 2024."

Fonte: Valor Econômico, 31/05/2024

94% das cidades brasileiras falham na prevenção a tragédias climáticas

"Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 29, pela organização social Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) mostra que 94% dos municípios brasileiros não estão preparadas de forma suficiente para a prevenção de tragédias climáticas. Fazem parte desse grupo todos aqueles que têm menos da metade de um total de 25 estratégias para o enfrentamento de eventos como enchentes, inundações e deslizamentos de encostas. O levantamento investigou, por exemplo, se existem medidas preventivas no Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação de Solo. Também foi observado se existe uma lei específica para medidas de combate às tragédias climáticas, um plano municipal de redução de riscos, um mapa das áreas vulneráveis, um programa habitacional para realocação da população que vive nesses locais e um plano de contingência, entre outros dispositivos. A existência ou não de cada uma das 25 estratégias foi apurada na edição de 2020 da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic). Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seus dados são públicos e decorrem de questionário respondido pelos próprios municípios. Com base nas informações colhidas, o ICS elaborou um mapa. Em vermelho, foram destacadas as cidades que têm menos de 20% das estratégias. Nas faixas intermediárias, estão municípios em laranja, que possuem de 20% a 49%, e em amarelo os que têm de 50% a 79%. As cidades em verde são aquelas que têm mais de 80% das estratégias."

Fonte: Exame, 29/05/2024

Internacional

Empresas

Custo do ESG é um desafio crescente para alguns gestores de fundos asiáticos

"Os gestores de ativos asiáticos locais estão a ter mais dificuldade em fazer face aos custos crescentes da criação de equipas ambientais, sociais e de governação e de cumprir políticas de investimento sustentável cada vez mais onerosas que estão a pressionar ainda mais as margens de lucro. Os proprietários de ativos na região exigem cada vez mais capacidades ESG como um “requisito mínimo”, mas tentar acompanhar o ritmo das grandes empresas de fundos europeias e norte-americanas é um desafio crescente para as pequenas empresas da região. A Lion Global Investors é a maior instituição de fundos com sede em Singapura, com 71 mil milhões de dólares de Singapura (52,6 mil milhões de dólares) em ativos sob gestão no final de Março, mas ainda é minúscula em comparação com os gigantes dos fundos globais de triliões de dólares. O presidente-executivo, Teo Joo Wah, disse que embora o baixo carbono e a energia verde sejam considerações importantes para a Lion Global, “a verdade é que isso está realmente adicionando custos para mim”. O desafio é que mais investidores institucionais esperam que os gestores de fundos tenham processos ESG e tenham capacidade para reportar sobre as emissões de carbono e outras medidas. “Não há como fugir – você terá que arcar com custos em termos de contratação de mais pessoas, assinatura de bancos de dados, etc”, disse Teo. Mas esses custos têm aumentado e tornou-se mais difícil mantê-los no topo face aos desafios constantes nos mercados regionais, que ele descreve como “um período bastante difícil para os gestores asiáticos”. “Se você é um gestor de fundos asiático especializado em ações asiáticas, acho que os últimos cinco anos foram muito difíceis”, disse Teo."

Fonte: Financial Times, 31/05/2024

Duke Energy assina acordos com Amazon, Google, Microsoft para fornecimento de energia limpa

"Duke Energy (DUK.N), abre uma nova guia na quarta-feira, anunciou acordos com Amazon, Google, Microsoft e Nucor para apoiar a geração de energia livre de carbono em resposta à crescente demanda por data centers. Nos memorandos de entendimento (MOU) assinados este mês, as empresas propuseram o desenvolvimento de novas estruturas tarifárias, ou “tarifas”, para reduzir os custos a longo prazo do investimento em tecnologias de energia limpa, como novas armas nucleares e armazenamento de longa duração, através de compromissos iniciais."

Fonte: Reuters, 29/05/2024

Combustível mais limpo para transporte marítimo está contribuindo para o aquecimento dos oceanos, dizem cientistas

"As regulamentações sobre combustíveis para transporte marítimo introduzidas em 2020 levaram a uma redução substancial na poluição por dióxido de enxofre (SO2), mas também podem ter tornado o oceano mais quente ao reduzir a cobertura de nuvens, de acordo com um estudo de modelagem publicado em um artigo publicado na noite de quinta-feira. As regras da Organização Marítima Internacional (IMO) para combater a poluição marinha forçaram os transportadores a reduzir o teor de enxofre do combustível de 3,5% para 0,5%, levando a um declínio de 80% nas emissões de SO2, de acordo com uma equipe de pesquisa liderada por Tianle Yuan, da Universidade de Maryland. O SO2, porém, além de ser um grande poluente, também mascara o aquecimento global ao formar aerossóis que engrossam e iluminam as nuvens, refletindo os raios solares de volta ao espaço. Os padrões de combustível da IMO podem ter sido responsáveis ​​por 80% da absorção líquida total de calor do planeta desde 2020, com o impacto particularmente pronunciado em rotas marítimas movimentadas, estimaram os investigadores no artigo, abre um novo separador publicado pela revista Communications Earth & Environment. Os cientistas climáticos identificaram a redução do SO2 como um potencial contribuinte para as temperaturas recordes dos oceanos no ano passado. Alguns também sugerem que os cortes na poluição atmosférica em todo o mundo poderiam ter acelerado o aquecimento global. "Este efeito de resfriamento (do SO2) é bem compreendido - e episódios documentados ocorreram como consequência de várias grandes erupções vulcânicas que emitiram SO2 durante os últimos 2.000 anos", disse Stuart Haszeldine, diretor do Instituto de Mudanças Climáticas de Edimburgo, na Universidade de Edimburgo."

Fonte: Reuters, 31/05/2024

Política

Casa Branca apoiará novas usinas nucleares nos EUA

"A Casa Branca planeja anunciar na quarta-feira novas medidas para apoiar o desenvolvimento de novas usinas nucleares nos EUA, uma grande fonte potencial de eletricidade livre de carbono que o governo diz ser necessária para combater as mudanças climáticas. O conjunto de ações, que não foram divulgadas anteriormente, visa ajudar a indústria da energia nuclear a combater o aumento dos custos de segurança e a concorrência de centrais mais baratas alimentadas por gás natural, eólica e solar. Os proponentes nucleares dizem que a tecnologia é crítica para fornecer fornecimentos grandes e ininterruptos de energia livre de emissões para atender à crescente demanda de eletricidade de data centers e veículos elétricos e ainda cumprir a meta do presidente Joe Biden de descarbonizar a economia dos EUA até 2050. “Na década decisiva para a ação climática, precisamos de retirar o máximo de ferramentas para a descarbonização dos bastidores e colocá-las no terreno”, disse Ali Zaidi, conselheiro nacional para o clima de Biden. Os críticos preocupam-se com a acumulação de resíduos radioactivos armazenados em fábricas de todo o país e alertam para os riscos potenciais para a saúde humana e a natureza, especialmente em caso de acidentes ou avarias. Biden assinou uma lei no início deste mês proibindo o uso de urânio enriquecido da Rússia, o maior fornecedor mundial. Num evento na Casa Branca na quarta-feira centrado na implantação da energia nuclear, a administração Biden anunciará um novo grupo que procurará identificar formas de mitigar custos e atrasos no cronograma na construção de centrais."

Fonte: Reuters, 29/05/2024

Pouco ou nenhum etanol se qualificará para crédito de combustível de aviação nos EUA

"Pouco ou nenhum etanol se qualificará para subsídios ao combustível de aviação sustentável (SAF) dos EUA no âmbito de um novo programa piloto da administração do presidente Joe Biden, que endureceu as exigências climáticas no último minuto, de acordo com uma análise da Reuters de dados do governo e de pessoas familiarizadas com o assunto. A questão poderá prejudicar a indústria dos biocombustíveis, que vê o SAF como a melhor oportunidade de crescimento do etanol desde que os carros eléctricos entraram no seu mercado como aditivo à gasolina. Também poderia prejudicar o objetivo de Biden de produzir 3 mil milhões de galões de SAF até 2030. Certa vez, ele prometeu que 95% do SAF – um biocombustível que pode ser produzido a partir de óleos, resíduos ou grãos – viria dos agricultores. Detalhes sobre quão pouco etanol se qualificará para os subsídios do programa piloto, e como os requisitos foram aumentados na hora final, não foram divulgados anteriormente. Em causa está um crédito fiscal de produção de 1,25 dólares por galão incorporado na Lei de Redução da Inflação de 2022 reservada para SAF, que demonstra uma redução de 50% nas emissões de gases com efeito de estufa ao longo do ciclo de vida em comparação com o combustível de aviação normal. No âmbito do programa piloto finalizado em 30 de Abril, os produtores de etanol que pretendem reivindicar esse crédito devem verificar se o seu milho provém de explorações que utilizam três práticas agrícolas amigas do clima em conjunto: não cultivar o solo, plantar culturas de cobertura e utilizar fertilizantes de maior eficiência. O secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, elogiou o programa como "um grande começo à medida que desenvolvemos novos mercados para combustível de aviação sustentável que utiliza culturas agrícolas cultivadas localmente"."

Fonte: Reuters, 30/05/2024

Administração Biden expande créditos fiscais além da energia eólica e solar

"A administração Biden propôs na quarta-feira a expansão dos créditos fiscais que durante anos impulsionaram os projetos de energia solar e eólica dos EUA para cobrir uma gama mais ampla de tecnologias de energia limpa, incluindo fissão e fusão nuclear. O Departamento do Tesouro anunciou sua orientação para Créditos de Produção de Eletricidade Limpa e Créditos de Investimento em Eletricidade Limpa, criados sob a Lei de Redução da Inflação de 2022, que estarão disponíveis em 2025 quando os créditos fiscais de investimento e produção eólica e solar anteriormente disponíveis expirarem. “Os novos créditos de eletricidade limpa, tecnologicamente neutros, da Lei de Redução da Inflação, que entrarão em vigor em 2025, são uma das contribuições mais significativas da lei para enfrentar a crise climática”, disse John Podesta, Conselheiro Sênior do Presidente para Política Climática Internacional. em um comunicado. Ele disse que eles ajudarão os EUA a cumprir sua meta de alcançar um setor de energia com emissões líquidas zero até 2035. A proposta identifica meia dúzia de tecnologias que podem ser elegíveis para se qualificarem para os lucrativos créditos fiscais, incluindo energia marinha e hidrocinética, fissão e fusão nuclear, energia hidroeléctrica, geotérmica e algumas formas de recuperação de energia residual. Os créditos chegavam a 30% para projetos eólicos e solares se todas as condições fossem atendidas. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse aos jornalistas que o IRA já gerou mais de 850 mil milhões de dólares em energia limpa e investimento industrial do sector privado e levou a acréscimos recordes de capacidade de energia renovável. O novo programa é “o próximo passo fundamental”, disse ela."

Fonte: Reuters, 29/05/2024

Países ricos atingiram meta climática de US$ 100 bilhões com dois anos de atraso, diz OCDE

"Os países ricos finalmente cumpriram a sua meta de entregar 100 bilhões de dólares em financiamento climático às nações mais pobres em 2022, dois anos mais tarde do que o prometido, afirmou a OCDE, um objetivo que provou ser um ponto crítico nas negociações globais. As nações ricas comprometeram-se pela primeira vez a ajudar os países em desenvolvimento a reduzir as emissões e a adaptar-se às alterações climáticas na cimeira de Copenhaga em 2009. O montante tornou-se frequentemente invocado como a principal prova da inação e indiferença das nações mais ricas relativamente ao destino daqueles mais vulneráveis ​​aos efeitos do aquecimento global. As 20 principais economias contribuíram com mais de 80% dos gases com efeito de estufa que estão na origem das alterações climáticas. Essas nações desenvolvidas forneceram pouco menos de 116 mil milhões de dólares em 2022 para atingir pela primeira vez o seu objetivo coletivo anual, afirmou a OCDE. “A meta, tal como estava definida na altura, foi cumprida e isso é positivo. Mas agora sabemos mais e é necessário muito mais”, disse Joe Thwaites, defensor internacional do financiamento climático na organização sem fins lucrativos Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. De acordo com um relatório do ano passado da Iniciativa de Política Climática, será necessário um financiamento climático global de cerca de 9 biliões de dólares por ano até 2030, para limitar o aumento da temperatura média global, em linha com o objetivo ideal do Acordo de Paris de 1,5ºC e não mais do que 2C. Ao longo da última década, os fluxos públicos impulsionaram a maior parte do crescimento das transferências relacionadas com o clima para os países mais pobres, afirmou a OCDE."

Fonte: Financial Times, 29/05/2024

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6)
O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.


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