Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território misto, com o IBOV subindo 0,22%, enquanto o ISE andou de lado (0,00%).
• No Brasil, (i) a usina nuclear Angra 2, no Rio de Janeiro, alcançou em julho a maior geração mensal de energia elétrica desde agosto de 2019 - no mês passado, a usina produziu 1.015.070 megawatts-hora (MWh), a maior quantidade nos últimos cinco anos, segundo informações da Eletronuclear; (ii) o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas observou um crescimento considerável no número de organizações que relatam suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) – segundo relatório, 539 organizações aderiram ao programa GHG Protocol em 2024, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano anterior e um crescimento de 77% nos últimos três anos.
• No internacional, a União Europeia anunciou ontem que irá reduzir as tarifas para veículos da Tesla fabricados na China, em um recuo do plano de bloco europeu em impor grandes taxas a veículos elétricos produzidos no país asiático - com a decisão, veículos da Tesla produzidos na China serão alvo de imposto de 9%, em vez de 20,8% como inicialmente previsto.
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Brasil
Empresas
Estudo do Ipea mostra impacto de lei antidesmatamento da UE na exportação brasileira de carne e soja
"O impacto da lei antidesmatamento da União Europeia, que passa a valer em 1º de janeiro de 2025, pode ser menor sobre as exportações brasileiras do que se tem dito. Diante da grita de governo e exportadores contra a European Union Deforestation Act (EUDR), que vai barrar produtos importados originados de áreas que foram desmatadas a partir de 2020, a equipe da Diretoria de Estudos Internacionais (Dinte) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou o cruzamento de informações de uso da terra e exportações por bioma, dos principais produtos da pauta brasileira, carne e soja, e o resultado surpreendeu. O percentual exportado para a União Europeia com risco de vinculação ao desmatamento é pequeno. As exportações de soja de áreas críticas da Amazônia representam 7% do total exportado pela região, enquanto no Cerrado esse percentual seria de 3%. Quando se fala d carne, os percentuais são de 0,4% Cerrado, 1,3% na Amazônia e 3,2% no Pantanal. O tamanho do impacto nas exportações do país para o bloco, no entanto, não muda a urgência de que se discuta uma mudança no modelo de produção do agronegócios na direção de um Brasil mais sustentável, diz Marcelo José Braga Nonnemberg, técnico de planejamento e pesquisa na Dinte, um dos autores do estudo. O fato é que o Brasil está fazendo essa análise de um ponto de vista equivocado, querendo flexibilizar a lei, quando deveria por conta própria adotar medidas que reduzissem essas práticas agrícolas ligadas ao desmatamento por que isso é ruim para o país. O nível dos rios, as chuvas, o aquecimento que provocam os desmatamentos. Se alguém tem dúvida, basta olhar para a tragédia gaúcha, as secas nos rios do Amazonas ou as queimadas do Pantanal."
Fonte: O Globo; 20/08/2024
Restrições do ONS para geração eólica podem impactar na geração de caixa em 2024, diz Voltalia
"A empresa francesa de energia renovável Voltalia disse que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está “impondo uma restrição pronunciada” para a geração eólica em certas partes do país, e que a medida pode impactar a geração de caixa da companhia em 2024. Em comunicado, a empresa afirmou que a restrição teria forte impacto no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2024, com redução estimada em 40 milhões de euros, caso estendida nos próximos meses e sem compensação financeira. Procurado pela reportagem, o ONS afirmou que não comenta o tema. As restrições são conhecidas no setor elétrico pelos jargões em inglês “curtailment” ou “constrained off” e consistem, basicamente, na limitação da rede de transmissão, por determinado período, para escoamento da produção de eletricidade de uma usina ou de um conjunto de ativos, como forma de preservar a estabilidade do sistema elétrico. Em agosto de 2023, um apagão que afetou quase todos os Estados do país foi causado por falha num equipamento denominado regulador de tensão, em subestação no Ceará. O Nordeste tem alta concentração de energias eólica e solar, consideradas fontes variáveis ou intermitentes, dependentes de vento ou sol, o que pode causar a entrada ou a saída de grandesvolumes de energia elétrica da rede. Esse comportamento pode causar sobrecarga, com desligamentos, e os reguladores de tensão atuam quando há problemas do tipo. A partir de então, por causa do apagão, o ONS passou a adotar uma operação mais conservadora, o “curtailment”, para evitar instabilidades na rede elétrica."
Fonte: Valor Econômico; 20/08/2024
Usina nuclear Angra 2 registra em julho maior produção de energia em 5 anos
"A usina nuclear Angra 2, no Rio de Janeiro, alcançou em julho a maior geração mensal de energia elétrica desde agosto de 2019. No mês passado, a usina produziu 1.015.070 megawatts-hora (MWh), a maior quantidade nos últimos cinco anos, segundo informações da Eletronuclear. A segunda usina nuclear brasileira começou a operar comercialmente em 2001, o que permitiu ao Brasil economizar água dos reservatórios das hidrelétricas em um momento em que o país vivia um racionamento de energia. Com 1.350 megawatts (MW) de capacidade instalada, Angra 2 é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 4 milhões de habitantes, como Porto Alegre e Brasília, somadas. O anúncio do recorde ocorre enquanto o Brasil discute se vai ou não terminar a construção da terceira central de energia nucelar. Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, defendeu a conclusão das obras e a entrada em operação da central. Segundo ele, abandonar o projeto deve causar um prejuízo de R$ 14 bilhões e mais de 11 mil equipamentos nucleares podem ir parar no ferro-velho. O valor se refere a multas e penalidades, além da devolução de incentivos fiscais, já que a empresa obteve benefícios na aquisição dos equipamentos. A construção de Angra 3 se arrasta desde os anos 1980 e parou por conta da crise econômica e de denúncias de corrupção. Até o momento, foram investidos R$ 7,8 bilhões e é necessário quase o triplo desse valor para colocá-la em pé. Já foi realizada 67% da obra civil. Se concluída, a usina terá uma capacidade instalada de 1,4 GW."
Fonte: Valor Econômico; 20/08/2024
Número de inventários de emissões sobe 24% neste ano
"O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces) observou um crescimento considerável no número de organizações que relatam suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). A instituição é responsável pela coordenação, no Brasil, do Programa Brasileiro GHG Protocol, e, junto com o Inmetro, adaptou as regras internacionais à realidade brasileira, seguindo também os padrões ISO. Pelo relatório, no ciclo 2024, 539 organizações aderiram ao programa GHG Protocol, o que representa um aumento de 24% em relação ao ano anterior e um crescimento de 77% nos últimos três anos, conforme obteve com exclusividade o Prática ESG. O estudo completo com os dados deste ano será divulgado pelo FGVces nesta quarta-feira (21). Em 2024, o programa, que já tem 15 anos, atingiu novo recorde, com 986 inventários de emissões publicados no Registro Público de Emissões (RPE), principal referência para a divulgação voluntária de dados do tipo. “O inventário é uma ferramenta de gestão. Não dá para fazer gestão daquilo que não mensura. É importante para a organização saber onde está e atuar para mitigar as emissões e o impacto que ela produz”, diz Guilherme Lefèvre, pesquisador e gestor do Programa pelo FGVces. Para o pesquisador, o crescente número de empresas que relatam suas emissões de gases de efeito estufa é sinal de maior comprometimento com transparência e responsabilidade frente às mudanças climáticas. Mas ele faz ressalvas. “O evento anual é um momento de celebração, mas também para reflexão sobre o tamanho do desafio."
Fonte: Valor Econômico; 21/08/2024
Política
Combustível do Futuro adiado para setembro e já recebe novas emendas
"Apresentado na semana passada, o parecer do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) ao projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020) teve sua discussão adiada nesta terça (20/8) e deve voltar à pauta do Senado apenas em setembro. O relatório foi lido na Comissão de Infraestrutura (CI) nesta manhã e recebeu pedido de vistas coletivo dos senadores, contrariando expectativas de que fosse votado e seguisse para o Plenário na próxima semana. De acordo com o presidente da CI, senador Confúcio Moura (MDB/RO), a matéria será discutida na primeira semana de setembro. Mais tempo para os senadores avaliarem o texto, receberem sugestões dos agentes insatisfeitos com trechos propostos, e apresentarem emendas. Só nesta terça foram protocoladas mais três emendas ao projeto, duas de Zequinha Marinho (PODEMOS/PA) e uma de Otto Alencar (PSD/BA). Os dois senadores tentam incluir de volta as termelétricas flexíveis conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na meta compulsória de redução de gases de efeito estufa (GEE) no mercado de gás natural – ampliando a demanda para o biometano. Marinho também propôs restaurar a redação original do artigo 19, trazendo para o parágrafo único a previsão de que o volume de biometano utilizado para queima em flares ou ventilação não fará jus aos Certificados de Garantia de Origem (CGOB), o que daria mais segurança à rastreabilidade e credibilidade, justifica o senador. Durante a discussão na CI, o senador Esperidião Amin (PP/SC) também indicou que pretende apresentar uma sugestão de “advertência” sobre regulações internacionais para taxar o carbono do frete marítimo, o que poderia impactar o comércio internacional brasileiro."
Fonte: Epbr; 20/08/2024
Sem presença de relator, Senado debate emendas em projeto das eólicas offshore
"Sem a presença do relator, a Comissão de Infraestrutura do Senado realizou nesta terça-feira (20/08) a primeira audiência pública para debater o projeto de lei das eólicas offshore, desde que o texto foi aprovado na Câmara dos Deputados. Ainda não há um acordo para, de fato, encaminhar a votação do texto, que era uma das prioridades da política industrial do governo Lula este ano. O que menos se discute são as eólicas em si, dado que há previsão de contratação de térmicas a gás, extensão de contratos de usinas a carvão – dois principais temas – além da alocação de projetos menos, como uma planta de hidrogênio em Pernambuco. Não foram feitos convites para o governo federal. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já demonstrou preocupação com efeitos nas tarifas de energia caso a proposta seja aprovada e defendeu que as emendas deverão ser vetadas. A assessoria do senador Weverton Rocha (PDT/MA), relator da proposta, foi procurada para comentar a ausência do parlamentar, mas não respondeu até o fechamento deste texto. O texto foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2023, mas ainda não há consenso para avançar no Senado. Há duas propostas: as térmicas locacionais, criadas na privatização da Eletrobras, mas repaginadas para facilitar a contratação de usinas em regiões sem gasodutos; e a extensão dos contratos de térmicas existentes, pauta de parlamentares e geradores do Paraná e Santa Catarina. Todas questionadas por entidades de consumidores e ambientalistas, reunidos na Frente Nacional de Consumidores de Energia."
Fonte: Epbr; 20/08/2024
Governo espera fechar meta do clima até novembro
"O governo quer ter um novo compromisso climático para anunciar na conferência do clima de Baku, a COP29, no Azerbaijão, em novembro. O país, que sedia a COP30, em Belém, em 2025, quer liderar pelo exemplo. Segundo o calendário, as novas NDCs (sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada) devem ser entregues por todos os países até fevereiro. O órgão da ONU que recebe os compromissos é o secretariado da Convenção do Clima, a UNFCCC. “Estamos correndo atrás para ver se conseguimos. O certo é que iremos cumprir o deadline da ONU. Mas se conseguirmos antes, melhor”, diz Ana Toni, secretária nacional de mudança do clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, o MMA. Estamos correndo atrás. A nova NDC americana deve ser uma das primeiras tarefas de Kamala Harris, a candidata democrata ao governo dos EUA, caso ganhe a eleição em novembro - como ela própria tem dito. Se o republicano Donald Trump vencer, o mais provável é que ele retire, novamente, os EUA do Acordo de Paris. No caso do Brasil, a nova NDC depende do Plano Clima. “A NDC é consequência do Plano Clima”, explica Ana Toni. O compromisso climático brasileiro -estruturado sobre uma meta de redução de emissões de gases-estufa - será para 2035 e abrangerá toda a economia. “Queremos fazer direito. Teremos uma meta e saberemos como vamos implementá-la”, diz. O governo brasileiro está preparando o Plano Clima que terá dois pilares - a Estratégia Nacional de Mitigação, para reduzir as emissões de gases-estufa, e a Estratégia Nacional de Adaptação, para diminuir a vulnerabilidade de cidades e biomas à mudança do clima e garantir melhor condições para o país enfrentar eventos climáticos extremos."
Fonte: Valor Econômico; 21/08/2024
Internacional
Empresas
Roubini, o Dr. Apocalipse, lança fundo de olho (também) no clima
"Conhecido por seus cenários pessimistas sobre economia e mercados, o economista Nouriel Roubini previu a crise financeira global de 2008. Por isso, ganhou o apelido de Dr. Catástrofe ou Apocalipse. Agora, aos 66 anos, vai aplicar pela primeira vez suas previsões na administração de recursos. Spoiler: os riscos climáticos ocupam lugar de destaque em sua tese de investimentos. Ele será um dos três gestores do Atlas America Fund, um fundo listado em bolsa, classe conhecida como ETFs. A carteira será administrada ativamente e aplicará em uma variedade de ativos, como títulos do governo americano, títulos corporativos, imóveis, ações e ouro, de acordo com o registro do fundo na Securities and Exchange Commission (SEC). “Depois que publiquei [o livro] ‘Megathreats’ há dois anos, percebi que há uma variedade de riscos que estão surgindo, que são novos e diferentes e com os quais precisamos nos preocupar”, disse Roubini ao Financial Times. Ele lista inflação mais alta, desvalorização do dólar, desdolarização global, escassez de alimentos e recursos, mudanças climáticas, pandemias, polarização política, guerras (quentes e frias), ataques cibernéticos e manipulação orientada por inteligência artificial (IA). Para se proteger da inflação crescente, a estratégia da Atlas Capital será investir em títulos do Tesouro americano de até dois anos juntamente com uma cesta de ativos de baixa ou negativamente correlacionados: ouro, fundos de investimento imobiliário (conhecidos como REITs) “resilientes ao clima”, títulos do Tesouro protegidos contra a inflação e commodities agrícolas, considerados estrategicamente importantes por Roubini “quando o fornecimento de alimentos é ameaçado pelo clima e conflitos geopolíticos”."
Fonte: Capital Reset; 20/08/2024
Fortescue inicia obras de unidade de produção de metais verdes na Austrália
"A mineradora australiana Fortescue anunciou nesta terça (20/8) o início das obras em seu Projeto Green Iron Metal (Metal Verde) na região de Pilbara, na Austrália Ocidental. Localizado no Green Energy Hub em Christmas Creek, o projeto de US$ 50 milhões deverá produzir mais de 1.500 toneladas por ano de metal verde, com a primeira produção prevista para 2025. A planta usará hidrogênio verde, obtido a partir da eletrólise com energia fotovoltaica, para alimentar um forno de fusão elétrica, onde será produzido o metal verde de alta pureza. Segundo a companhia, que planeja desenvolver uma cadeia de suprimentos para a siderurgia de baixo carbono, este metal será adequado para uso geral em qualquer planta siderúrgica do mundo. “O ferro e o aço são a espinha dorsal da nossa infraestrutura, no entanto, os processos tradicionais de produção de ferro e aço estão entre as maiores fontes de emissões de gases de efeito estufa. Repensando toda a cadeia de valor do ferro e do aço, podemos produzir uma indústria inteiramente nova e verde aqui na Austrália”, disse o o presidente executivo da Fortescue, Andrew Forrest, durante a cerimônia de início das obras em Christmas Creek. Alimentada parcialmente por energia solar durante o dia, a planta compreende uma estação de reabastecimento de hidrogênio gasoso para reabastecer uma frota de 10 ônibus movidos a células a combustível. Este projeto recebeu apoio de US$ 2 milhões do Fundo de Hidrogênio Renovável do Governo da Austrália Ocidental. Com dois eletrolisadores de 700kW, a planta de hidrogênio verde terá capacidade para produzir cerca de 530 kg do gás por dia, ou cerca de 195 toneladas anualmente."
Fonte: Epbr; 20/08/2024
Uber contrata ex-executiva da Tesla para gerir esforços de sustentabilidade
"A Uber Technologies contratou Rebecca Tinucci para supervisionar a mudança da plataforma para veículos elétricos. A executiva vai ser chefe global de sustentabilidade, com início em 16 de setembro, conforme anúncio interno da empresa obtido pela Bloomberg. Tinucci, uma ex-executiva da Tesla, supervisionará a transição da plataforma de transporte para veículos elétricos. Ela se reportará a Andrew Macdonald, o principal executivo responsável pelo negócio de transporte da empresa, segundo o relatório. A Uber pretende atingir a sua meta de emissões zero nos Estados Unidos, Canadá e cidades europeias até 2030, com uma meta global de 2040. Ainda há um longo caminho a percorrer. No fim do primeiro trimestre, a Uber afirmou que 8,2% das milhas de viagens compartilhadas nos EUA e no Canadá foram concluídas em veículos com emissão zero. O número era de 9% na Europa."
Fonte: Valor Econômico; 20/08/2024
UE reduz tarifa para carros da Tesla produzidos na China
"A União Europeia (UE) anunciou nesta terça-feira que irá reduzir as tarifas para veículos da Tesla fabricados na China, em um recuo do plano de bloco europeu em impor grandes taxas a veículos elétricos produzidos no país asiático. Com a decisão, veículos da Tesla produzidos na China serão alvo de imposto de 9%, em vez de 20,8% como havia decidido anteriormente a Comissão Europeia, braço executivo da UE. Em junho, a UE anunciou novos impostos contra veículos elétricos chineses sob a justificativa de que recebiam “subsídios injustos” de Pequim, o que afetaria a competitividade do setor elétrico europeu. No relatório que embasou a decisão, a Comissão Europeia disse que a cadeia de valor dos veículos elétricos a bateria na China "se beneficia de subsídios injustos" e declarou que é do interesse da UE impor "direitos compensatórios provisórios" sobre as importações de veículos elétricos a bateria da China. A UE revisou os impostos sobre produtos da Tesla após a montadora solicitar uma investigação individual sobre suas operações na China para evitar o novo imposto, que pode chegar a até 47% no caso de algumas marcas de elétricos chineses. A Comissão Europeia justificou a mudança dos impostos para a Tesla devido a um "ajuste ligeiro nas taxas de direitos propostas com base em comentários fundamentados sobre as medidas provisórias"."
Fonte: Valor Econômico; 20/08/2024
Política
EUA devem fazer mais para proteger as espécies da exploração no Golfo do México: juiz
"Um juiz dos Estados Unidos, a pedido de grupos ambientalistas, descartou uma avaliação feita por uma agência federal que regulamenta como as espécies marinhas ameaçadas e em perigo de extinção devem ser protegidas da exploração de petróleo e gás no Golfo do México. A juíza distrital dos EUA, Deborah Boardman, em Greenbelt, Maryland, decidiu na segunda-feira que a chamada “opinião biológica” dos Serviços Nacionais de Pesca Marinha dos EUA era falha e não abordava adequadamente os riscos que as espécies enfrentam devido a derramamentos de petróleo e ataques de navios. A avaliação foi emitida em 2020, durante o governo do ex-presidente republicano Donald Trump, e era legalmente necessária para que a exploração e perfuração de petróleo e gás fossem realizadas. A juíza, nomeada pelo presidente democrata Joe Biden, disse que a avaliação violou a Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção. Ela criticou o fato de a avaliação presumir que um derramamento de petróleo como o catastrófico da Deepwater Horizon em 2010 não ocorreria. Boardman deu à agência até 20 de dezembro para concluir um novo parecer ou “planejar as mudanças que virão”, citando o risco de que sua decisão, se implementada imediatamente, “interromperia a atividade de petróleo e gás no Golfo sem necessariamente mitigar os perigos para as espécies listadas”. A decisão atraiu elogios de grupos ambientalistas, incluindo o Sierra Club e o Center for Biological Diversity, que, em uma ação movida em 2020, argumentaram que eram necessárias mais salvaguardas para baleias, tartarugas marinhas e outras espécies ameaçadas."
Fonte: Reuters; 20/08/2024
Austrália irá construir maior central de energia solar do mundo
"O governo australiano aprovou, nesta quarta-feira (21, noite de terça, em Brasília) um plano para construir o "maior complexo de energia solar do mundo", no remoto Norte da ilha, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Tanya Plibersek. A ministra explicou que a instalação gerará energia suficiente para abastecer três milhões de residências e, eventualmente, contará com um cabo de conexão para Singapura, a fim de vender eletricidade para a cidade-Estado. "Será o maior complexo de energia solar do mundo e elevará a Austrália ao status de líder mundial em energia verde", declarou Plibersek. Apesar do perfil ecológico apresentado junto ao projeto, nas redes sociais o plano do governo australiano gera críticas, baseadas sobretudo no fato de o complexo de placas solares ser instalado em uma área intocada da natureza, o que vai gerar impactos ao meio ambiente local. O complexo projetado, de 12 mil hectares, conhecido como SunCable, está localizado na ensolarada região do Território do Norte e é apoiado pelo magnata australiano da tecnologia e ativista ambiental Mike Cannon-Brookes. A usina terá uma capacidade instalada de quatro gigawatts-hora, destinados ao uso doméstico; e outros dois sistemas para venda a Singapura. Atualmente, a Austrália é um dos principais exportadores de gás e carvão, e os últimos governos não tinham demonstrado grande entusiasmo pela transição para fontes de energia renováveis. No entanto, a consciência ecológica tem crescido no país, que sofreu severos efeitos das mudanças climáticas, como ondas de calor intenso, enormes incêndios e inundações. Em 2022, as energias renováveis geraram 32% da eletricidade da Austrália, ainda abaixo dos 47% provenientes do carvão, segundo os dados mais recentes do governo."
Fonte: Reuters; 20/08/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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