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UE amplia aplicação do imposto de carbono para incluir produtos acabados | Café com ESG, 08/12 

UE vai estender a aplicação de impostos de importação sobre emissões de carbono; EUA vai assumir participação para comercializar minerais do Congo

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Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.

Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.

Principais tópicos do dia

• O mercado fechou a semana passada em território negativo, com o IBOV recuando 1,07% e o ISE 2,73%. No pregão de sexta-feira, o Ibovespa e o ISE registraram quedas de 4,31% e 5,25%, respectivamente.

• Nos Estados Unidos, o credor de desenvolvimento do país anunciou na sexta-feira planos de assumir participação em uma nova parceria para comercializar os minerais do Congo, o que pode dar aos usuários finais dos EUA o direito de preferência sobre o fornecimento de cobre e cobalto – o país está em uma disputa acirrada com a China para garantir minerais cruciais na fabricação de uma série de produtos, desde iPhones até carros.

• Na União Europeia, (i) o grupo vai estender a aplicação do primeiro imposto de importação do mundo sobre emissões de carbono em produtos acabados, como parte de uma revisão duramente disputada de seu Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM), que também incluirá subsídios para exportadores europeus; (ii) a Comissão Europeia elaborou propostas para reduzir mais leis ambientais da UE, mirando os requisitos para que as indústrias relatem sua poluição e resíduos, segundo um documento preliminar da UE – o rascunho da proposta, previsto para ser publicado na quarta-feira, é a mais recente parte do esforço “omnibus” da União Europeia para reduzir a burocracia das empresas e cortar regulamentações que, segundo as indústrias, prejudicam sua lucratividade.

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Brasil

Mais 15 empresas devem fazer adesão voluntária a reportes de sustentabilidade 

“As últimas semanas de 2025 não são apenas uma contagem regressiva para o fim do ano. Elas marcam também o fim do período estabelecido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a adesão voluntária das companhias abertas aos novos reportes de sustentabilidade que seguem as normas IFRS S1 e S2. O órgão regulador divulgou os resultados de uma pesquisa feita no primeiro semestre com os principais afetados pelas novas normas. Além de Vale e Renner, outras 15 empresas disseram que pretendem se comprometer de forma voluntária. O período obrigatório começa apenas no exercício de 2026, com divulgação no ano seguinte, mas o órgão regulador vem tentando incentivar a adesão antecipada. Até agora, porém, apenas quatro das cerca de 700 empresas de capital aberto decidiram pela divulgação no período voluntário. As pioneiras foram Renner e Vale, que apresentaram os primeiros dados neste ano, referentes a 2024. Natura e Irani Papel e Embalagens são as outras duas companhias que comunicaram recentemente a adesão. Apesar do número baixo, a expectativa da CVM é de que mais empresas comuniquem a decisão até 31 de dezembro. Novas adesões são esperadas também pela empresa de auditoria EY. “Temos clientes com o comunicado pronto [para divulgar a decisão ao mercado], mas estão em meio à decisão final, avaliando se está tudo certo”, diz Shirley Silva, sócia-líder de asseguração de sustentabilidade da EY Brasil, que cerca de 20 contratos fechados para prestar serviços de adequação à S1 e à S2.”

Fonte: Capital Reset; 8/12/2025

Instituto criará centro especializado em energia renovável no oceano

“Um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) prevê a criação do Centro Temático de Energia Renovável no Oceano – Energia Azul. Por meio dele, serão desenvolvidas quatro tecnologias para produção de energia renovável offshore (em alto-mar): conversão de energia das ondas, correntes de maré, gradiente térmico do oceano (OTEC) e produção de hidrogênio verde. Para colocar o projeto em prática, o instituto venceu, recentemente, um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) no valor de cerca de R$ 15 milhões. Segundo o INPO, as soluções têm aplicação industrial e podem reduzir emissões em setores de difícil abatimento, o que inclui plataformas de óleo e gás, fertilizantes, siderurgia, transporte e cimento. As unidades flutuantes que hoje utilizam turbinas movidas a gás natural, por exemplo, poderão substituir parte da geração por fontes limpas produzidas no oceano. O diretor-geral do INPO, Segen Estefen, reforça o potencial estratégico da iniciativa. “A disponibilidade de recursos renováveis no oceano e a experiência brasileira em atividades offshore são diferenciais importantes. Podemos transformar o oceano em um aliado estratégico na transição energética, produzindo eletricidade, hidrogênio e água dessalinizada de forma sustentável”, diz ele.”

Fonte: Valor Econômico; 6/12/2025

Leilão de baterias pode movimentar R$ 4 bi, mas corre risco de ‘encolher demais’, alerta CELA

“O principal risco é tratarmos a bateria como coadjuvante e não com o protagonismo que a tecnologia tem o potencial de ter”. O alerta é de Vinicius Berná, diretor estratégico de novos mercados da Clean Energy Latin America (CELA), em entrevista à EXAME sobre o anúncio do primeiro leilão de baterias do Brasil, previsto para abril de 2026. Segundo modelagem da consultoria, um projeto com cerca de 1 GWh de armazenamento poderia movimentar R$ 4 bilhões ao longo da cadeia produtiva, desde a fabricação dos equipamentos até a construção, operação e financiamento dos sistemas. O leilão, anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a COP30 em Belém, é considerado um marco para a transição energética do Brasil. A consulta pública, que reuniu contribuições até 1º de dezembro, retomou discussões iniciadas em 2024, e é fruto de um esforço para garantir segurança e estabilidade ao sistema elétrico brasileiro. Inicialmente, o processo era para ter acontecido em 2025, mas foi adiado algumas vezes devido a disputas políticas e judiciais no setor. Apesar do otimismo do mercado, o especialista alerta para um risco que pode comprometer o potencial do leilão: a falta de volume suficiente para viabilizar o desenvolvimento de uma cadeia industrial nacional de armazenamento.”

Fonte: Exame; 5/12/2025

Internacional

UE estende taxação do imposto de carbono a produtos acabados

“A União Europeia vai estender a aplicação do primeiro imposto de importação do mundo sobre emissões de carbono a portas de carros, ferramentas de jardinagem, máquinas de lavar roupa e fogões de cozinha, como parte de uma revisão duramente disputada de seu Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, na sigla em inglês), que também incluirá subsídios para exportadores europeus. A apresentação da revisão está prevista para 10 de dezembro, mas segundo duas autoridades da UE é provável que seja adiada em uma semana, por causa de negociações internas a respeito das propostas, que preveem ainda medidas contra evasão e os subsídios para exportadores. As autoridades insistiram, porém, que a revisão será concluída e apresentada ainda este ano, antes de que os importadores precisem começar a pagar a taxa de carbono, que entrará em vigor em 1º de janeiro. O Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira é uma iniciativa inédita para tributar importações de produtos que fazem uso intensivo de carbono. O objetivo é impedir que uma enxurrada de produtos baratos prejudique as indústrias pesadas da UE, que estão sujeitas a regulamentações rigorosas relativas às mudanças climáticas e precisam pagar impostos pela poluição com gases de efeito estufa no âmbito do Sistema de Comércio de Emissões do bloco.”

Fonte: Valor Econômico; 8/12/2025

UE enfraquecerá mais regras de reporte ambiental, segundo documento preliminar

“A Comissão Europeia elaborou propostas para reduzir mais leis ambientais da UE, mirando os requisitos para que as indústrias relatem sua poluição e resíduos, segundo um documento preliminar da UE visto pela Reuters. O rascunho da proposta, previsto para ser publicado na quarta-feira, é a mais recente parte do esforço “omnibus” da União Europeia para reduzir a burocracia das empresas e cortar regulamentações que, segundo as indústrias, prejudicam sua lucratividade. As regulamentações ambientais da Europa estão entre as mais rigorosas do mundo, abrangendo questões como emissões de CO2, qualidade da água e proibições de produtos químicos nocivos. A Comissão, órgão executivo da UE, propõe o fim da exigência da UE de que instalações industriais individuais e fazendas pecuárias possuam um “sistema de gestão ambiental” (EMS) detalhando suas ações para reduzir a poluição e o resíduo, diz o documento preliminar. Em vez disso, uma empresa poderá realizar um EMS reduzido cobrindo todos os seus locais, o que eliminará alguns requisitos existentes de EMS – por exemplo, divulgar o uso de produtos químicos perigosos em instalações. A proposta também eliminaria a exigência de que as instalações industriais tenham um “plano de transformação” para alinhá-las às metas climáticas, e as fazendas de pecuária e peixes não precisariam mais declarar seu uso de água e energia.”

Fonte: Reuters; 8/12/2025

Os EUA dão seguimento ao acordo de paz Congo-Ruanda com plano para garantir minerais

“O credor de desenvolvimento dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira planos de assumir participação em uma nova parceria para comercializar os minerais do Congo, o que pode dar aos usuários finais dos EUA o direito de preferência sobre o fornecimento de cobre e cobalto. Os EUA estão em uma disputa acirrada com a China para garantir minerais cruciais na fabricação de tudo, desde iPhones até carros. O Congo abriga cerca de 72% das reservas globais de cobalto e responde por mais de 74% do fornecimento, grande parte proveniente de minas artesanais. Os planos de investimento surgiram um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, receber os líderes da República Democrática do Congo e de Ruanda para assinar um acordo para encerrar um conflito prolongado no leste rico em minerais do Congo e estabilizar as cadeias de suprimentos. Trump chamou isso de uma nova era de harmonia e cooperação que traria paz e prosperidade para toda a região, embora nenhum dos países tenha implementado promessas que sustentam o acordo e os combates retomados tenham eclodido na sexta-feira. O acordo de paz vincula os compromissos de segurança a um quadro econômico que abre as reservas de cobre, cobalto, lítio e ouro do Congo para investidores ocidentais que buscam minerais críticos para veículos elétricos e energia limpa.”

Fonte: Reuters; 5/12/2025

Fóssil dá um novo “gás” ao hidrogênio na Europa

“A União Europeia entrou, enfim, na fase em que a narrativa “verde” começa a ceder espaço a um pragmatismo energético forçado por pressões econômicas, atrasos nos desenvolvimentos tecnológicos e um setor industrial inquieto. Após anos defendendo o hidrogênio verde (via eletrólise) como a espinha dorsal da descarbonização da economia, Bruxelas ampliou oficialmente o leque, com o hidrogênio azul, produzido a partir de gás natural associado à captura e armazenamento de carbono (CCS), e de baixo carbono, que ganhou status regulatório e incentivos financeiros. O movimento, que até pouco tempo atrás enfrentava forte resistência, marca a vitória do lobby do gás e de países produtores como a Noruega, hoje protagonista não apenas no fornecimento de gás ao continente, mas também no avanço de tecnologias de CCS. E sinaliza que, para a transição energética europeia, antes dogmática em eólica, solar e hidrogênio renovável, está dando lugar à urgência de colocar moléculas no mercado, ainda que elas não sejam tão verdes quanto o imaginado no auge do RePowerEU. O divisor de águas veio com a aprovação do Ato Delegado que define o que a UE considera hidrogênio de baixo carbono — e, portanto, elegível a financiamentos comunitários. A regra exige redução mínima de 70% nas emissões em comparação às rotas fósseis convencionais.”

Fonte: Eixos; 7/12/2025

Seis Estados-membros pressionam a UE para suavizar a proibição de 2035 sobre carros com motor de combustão interna

“Seis países da União Europeia solicitaram na sexta-feira à Comissão Europeia que suavize uma proibição efetiva da venda de carros com motor de combustão interna, prevista para 2035, antes do lançamento de um novo pacote automotivo na próxima semana. Os países pediram à Comissão Europeia que permita a venda de carros híbridos ou veículos movidos por outras tecnologias, existentes ou futuras, “que possam contribuir para a meta de redução das emissões” além de 2035, mostrou uma carta conjunta vista pela Reuters na sexta-feira. A carta foi assinada pelos primeiros-ministros da Bulgária, República Tcheca, Hungria, Itália, Polônia e Eslováquia. Eles também pediram a inclusão de combustíveis de baixo carbono e renováveis no plano para reduzir as emissões de carbono do transporte. A Comissão Europeia está prestes a apresentar um pacote de medidas para apoiar as montadoras europeias, como o afrouxamento da proibição efetiva de motores de combustão interna a partir de 2035. O pacote deve ser publicado em 10 de dezembro, mas pode ser adiado. Desde que adotaram um regulamento que determina que todos os veículos novos a partir de 2035 devem ter zero emissões em março de 2023, os países da UE agora estão tendo dúvidas. Naquela época, as perspectivas para veículos elétricos a bateria eram positivas, mas os esforços das montadoras depois colidiram com a realidade de uma demanda menor do que o esperado e uma forte concorrência da China.”

Fonte: Reuters; 5/12/2025

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
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